Conluio policial
A polícia britânica da Irlanda do Norte permitiu que as forças paramilitares unionistas cometessem assassínios e dezenas de crimes graves durante mais de uma década.
Um relatório divulgado, na segunda-feira, 22, pela provedora da polícia da região, Nuala O'Loan, afirma que vários oficiais da polícia trabalharam em conluio com paramilitares unionistas em acções criminosas contra militantes republicanos.
Segundo apurou a investigação realizada ao longo de três anos, pelo menos 15 pessoas foram assassinadas em Belfast, registando-se tentativas para aniquilar outras dez, entre 1991 e 2003, com a conivência da Secção Especial da antiga polícia autónoma, a Royal Ulster Constablary (RUC).
Na lista dos crimes encobertos pela polícia destacam-se ainda 23 ataques de punição, um ataque bombista, dezenas de roubos, intimidações e tráfico de droga.
Os oficiais envolvidos terão igualmente colaborado com a UVF (Força Voluntária do Ulster), impedindo buscas e apreensões de armas aos locais controlados por esta organização.
O relatório recomenda a reabertura das investigações aos assassínios apesar de reconhecer que dificilmente os agentes em causa possam ser julgados uma vez que as provas foram «destruídas deliberadamente».
O actual comandante da região, Hugh Orde, aceitou as conclusões da investigação e pediu desculpas às famílias das vítimas, afirmando-se «horrorizado» com os factos revelados. Contudo, recusou divulgar os nomes dos agentes e dos informadores identificados no relatório.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, através do seu porta-voz, comentou o relatório, considerando que «os eventos descritos são totalmente errados e nunca deviam ter acontecido».
Por seu lado, o partido republicano Sinn Fein salientou que o documento apenas revela «a ponta do iceberg».
Recorde-se que, em Novembro último, um outro relatório elaborado pelo Comité de Justiça do Parlamento irlandês tinha apurado que paramilitares protestantes e membros das forças de segurança britânicas colaboraram na realização de atentados. Este documento baseou-se nas investigações do juiz Henry Barron sobre 18 vítimas mortais de atentados perpetrados no território durante a década de 70.
Segundo apurou a investigação realizada ao longo de três anos, pelo menos 15 pessoas foram assassinadas em Belfast, registando-se tentativas para aniquilar outras dez, entre 1991 e 2003, com a conivência da Secção Especial da antiga polícia autónoma, a Royal Ulster Constablary (RUC).
Na lista dos crimes encobertos pela polícia destacam-se ainda 23 ataques de punição, um ataque bombista, dezenas de roubos, intimidações e tráfico de droga.
Os oficiais envolvidos terão igualmente colaborado com a UVF (Força Voluntária do Ulster), impedindo buscas e apreensões de armas aos locais controlados por esta organização.
O relatório recomenda a reabertura das investigações aos assassínios apesar de reconhecer que dificilmente os agentes em causa possam ser julgados uma vez que as provas foram «destruídas deliberadamente».
O actual comandante da região, Hugh Orde, aceitou as conclusões da investigação e pediu desculpas às famílias das vítimas, afirmando-se «horrorizado» com os factos revelados. Contudo, recusou divulgar os nomes dos agentes e dos informadores identificados no relatório.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, através do seu porta-voz, comentou o relatório, considerando que «os eventos descritos são totalmente errados e nunca deviam ter acontecido».
Por seu lado, o partido republicano Sinn Fein salientou que o documento apenas revela «a ponta do iceberg».
Recorde-se que, em Novembro último, um outro relatório elaborado pelo Comité de Justiça do Parlamento irlandês tinha apurado que paramilitares protestantes e membros das forças de segurança britânicas colaboraram na realização de atentados. Este documento baseou-se nas investigações do juiz Henry Barron sobre 18 vítimas mortais de atentados perpetrados no território durante a década de 70.