Luta firme nos CTT pelo emprego e o futuro
Os trabalhadores dos centros de tratamento postal iniciaram segunda-feira, com uma adesão de cerca de 80 por cento, uma série de greves parciais, de duas horas e meia por turno, contra decisões da administração dos CTT que ameaçam destruir centenas de postos de trabalho, minam a qualidade do serviço e põem em causa o próprio futuro da empresa.
A luta, convocada pelo Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações, abrange as centrais de tratamento de correspondência do Sul (Cabo Ruivo, Lisboa), do Centro (Taveiro, Coimbra) e do Norte (Devesas, Vila Nova de Gaia), durante toda esta semana e até dia 29. Para dia 30, o SNTCT/CGTP-IN anunciou uma greve no transporte postal e, para 4 de Dezembro, uma greve geral no tratamento (que abrange também os centros de Castelo Branco, Évora, Funchal, Guia e Vila Real), no transporte e na distribuição, apenas ficando de fora o atendimento.
Anteontem, junto às instalações da Mailtec, em Pinheiro de Fora (Moscavide), teve lugar uma concentração de trabalhadores, em protesto contra o facto de os CTT estarem a transferir para ali o tratamento de correspondência dos grandes clientes (como os bancos), que representam quase metade das correspondências.
Um dos objectivos desta decisão, previne o SNTCT/CGTP-IN, será preparar os CTT para uma eventual privatização ou para a alienação de áreas mais rentáveis.
«A política desta administração está a levar os CTT para um buraco sem saída», pois a alienação de serviços «faz com que a empresa possa ficar mais fragilizada », afirma o sindicato, que considera como «uma forma habilidosa de contornar a lei» a diminuição de «centenas de postos de trabalho com direitos», depois substituídos «por tarefeiros, a trabalhar noutras empresas e a efectuar serviço reservado aos CTT».
Na área do tratamento de correio, os trabalhadores que vissem os seus postos de trabalho extintos seriam «transferidos para outros locais de trabalho, nomeadamente, para a distribuição, com todos os inconvenientes que isso acarreta».
Está ainda em causa, alerta o sindicato, «um serviço social que não se compadece com uma gestão puramente economicista e aventureirista», como a actual.
Efeitos
Ao fim do primeiro dia de greve, as declarações da administração dos CTT quanto aos efeitos da luta mostravam alguma confusão. Por um lado, uma fonte oficial assegurou à agência Lusa que a greve teve um «impacto nulo» na prestação do serviço, até porque a empresa «reforçou muito» no sábado. Mas a administração disse, também à Lusa, que a greve pode afectar os níveis de qualidade do serviço acordados com a entidade reguladora do sector, a Anacom (o que o SNTCT prontamente refutou, sublinhando que a quebra da qualidade de serviço é consequência da política seguida pela administração).
Um dirigente do SNTCT informou que ficaram por dividir, na segunda-feira, dois milhões de correspondências, num total de seis milhões recebidas nos três centros de tratamento.
A luta, convocada pelo Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações, abrange as centrais de tratamento de correspondência do Sul (Cabo Ruivo, Lisboa), do Centro (Taveiro, Coimbra) e do Norte (Devesas, Vila Nova de Gaia), durante toda esta semana e até dia 29. Para dia 30, o SNTCT/CGTP-IN anunciou uma greve no transporte postal e, para 4 de Dezembro, uma greve geral no tratamento (que abrange também os centros de Castelo Branco, Évora, Funchal, Guia e Vila Real), no transporte e na distribuição, apenas ficando de fora o atendimento.
Anteontem, junto às instalações da Mailtec, em Pinheiro de Fora (Moscavide), teve lugar uma concentração de trabalhadores, em protesto contra o facto de os CTT estarem a transferir para ali o tratamento de correspondência dos grandes clientes (como os bancos), que representam quase metade das correspondências.
Um dos objectivos desta decisão, previne o SNTCT/CGTP-IN, será preparar os CTT para uma eventual privatização ou para a alienação de áreas mais rentáveis.
«A política desta administração está a levar os CTT para um buraco sem saída», pois a alienação de serviços «faz com que a empresa possa ficar mais fragilizada », afirma o sindicato, que considera como «uma forma habilidosa de contornar a lei» a diminuição de «centenas de postos de trabalho com direitos», depois substituídos «por tarefeiros, a trabalhar noutras empresas e a efectuar serviço reservado aos CTT».
Na área do tratamento de correio, os trabalhadores que vissem os seus postos de trabalho extintos seriam «transferidos para outros locais de trabalho, nomeadamente, para a distribuição, com todos os inconvenientes que isso acarreta».
Está ainda em causa, alerta o sindicato, «um serviço social que não se compadece com uma gestão puramente economicista e aventureirista», como a actual.
Efeitos
Ao fim do primeiro dia de greve, as declarações da administração dos CTT quanto aos efeitos da luta mostravam alguma confusão. Por um lado, uma fonte oficial assegurou à agência Lusa que a greve teve um «impacto nulo» na prestação do serviço, até porque a empresa «reforçou muito» no sábado. Mas a administração disse, também à Lusa, que a greve pode afectar os níveis de qualidade do serviço acordados com a entidade reguladora do sector, a Anacom (o que o SNTCT prontamente refutou, sublinhando que a quebra da qualidade de serviço é consequência da política seguida pela administração).
Um dirigente do SNTCT informou que ficaram por dividir, na segunda-feira, dois milhões de correspondências, num total de seis milhões recebidas nos três centros de tratamento.