O futuro é o socialismo
Teve um grande impacto no nosso país, bem visível pelo espaço que ocupou na comunicação social, o Encontro de partidos comunistas e operários que recentemente se realizou em Lisboa.
O Encontro foi dominado por uma grande confiança
Tão grande interesse resultou certamente duma enorme estranheza. Como era possível o PCP anunciar que mais de 60 partidos comunistas se iam reunir em Lisboa quando a ideia veiculada há década e meia pelas multinacionais da (des)informação é que a desagregação da União Soviética tinha arrastado consigo os partidos comunistas? E que, caso houvesse mais partidos como o PCP, que teimavam em resistir, intervir e lutar, deveriam constituir casos raros, pelo que tal reunião era inimaginável.
O Encontro de Lisboa constituiu pois um inequívoco desmentindo às atoardas daqueles que, em Portugal, em clara consonância com as centrais da ofensiva ideológica do capitalismo, há muito anunciaram o fim da história e o fim da época dos partidos comunistas.
O PCP dando continuidade a um processo iniciado em 1998 pelo Partido Comunista da Grécia, de reuniões anuais de partidos comunistas e operários, acolheu a reunião deste ano, o que naturalmente permitiu projectar no nosso país e dar grande visibilidade a um importante espaço de reflexão, troca de experiências e de cooperação dos partidos comunistas. Este processo põe em evidência que, apesar das dificuldades e dos retrocessos, o movimento comunista não morreu, estando, pelo contrário, vivo e actuante.
O Encontro, que contou com a participação de 63 partidos de todos os continentes, possibilitou não apenas uma ampla troca de opiniões sobre os principais problemas com que os trabalhadores e os povos se confrontam, como permitiu avaliar as principais tendências de evolução da situação internacional, conhecer mais de perto os conteúdos e as formas de luta que se desenvolvem por todo o mundo, lançar algumas linhas de intervenção comum no imediato e reafirmar o socialismo como alternativa ao capitalismo.
As intervenções em torno do tema do Encontro – «Perigos e potencialidades da situação internacional. A estratégia do imperialismo e a questão energética. A luta dos povos e a experiência da América Latina, a perspectiva do socialismo» – puseram em evidência, tal como nos Encontros anteriores, que face a «uma situação carregada de perigos e incertezas», decorrente da brutal ofensiva do imperialismo, se torna cada vez mais necessário, a par da luta em cada país, o reforço da solidariedade entre todas as forças de esquerda e progressistas e o aprofundamento do internacionalismo proletário. Objectivo e necessidade que decorre das flagrantes contradições dos nossos dias, da agudização da luta de classes, dos ataques a direitos, liberdades e garantias fundamentais, da criminalização da resistência, do ressurgimento do racismo, do fascismo e do anti-comunismo e não de qualquer «nostalgia» ou de afirmação de «sobrevivência».
Lutar e agir
O Apelo adoptado pelo Encontro fala por si. «Contra o militarismo e a guerra, pela liberdade, a democracia, a paz e o progresso social» são linhas de intervenção da hora presente. A ofensiva do imperialismo assim o exige, e reclama a mais ampla convergência na acção dos comunistas e de todas as forças democráticas e patrióticas, como necessária ao fortalecimento de uma vasta frente anti-imperialista que «impeça que o capitalismo lance o mundo numa nova catástrofe». Lutar e agir em defesa da paz, contra a exploração e a opressão, em defesa da soberania e independência nacionais está hoje no centro da luta de resistência dos trabalhadores e dos povos e em importantes processos de mudanças progressistas, nomeadamente na América Latina, reveladores de que o imperialismo não tem as mãos totalmente livres para prosseguir a sua política de exploração e opressão. Aliás, aSolidariedade com a América Latina e Cuba realça que os povos latino-americanos priorizam a luta pela soberania política e económica que levou já ao malogro do ALCA, projecto neocolonista dos EUA, e ao lançamento do ALBA, processo de integração assente no desenvolvimento de programas sociais; valoriza o papel de Cuba socialista no avanço da luta anti-imperialista, denuncia a desfaçatez com que o imperialismo anunciou acções de destabilização, repudia o bloqueio e exige a libertação dos 5 patriotas presos nos EUA.
Estes dois documentos, que saíram do Encontro Internacional, salientam que a par da perigosa e complexa situação internacional se abrem igualmente novas possibilidades e potencialidades da luta dos trabalhadores e dos povos pela afirmação dos seus direitos e pela defesa da sua soberania. A heróica luta do povo palestiniano, a resistência iraquiana e a do povo afegão, a derrota que o povo libanês infligiu a Israel, a revolução bolivariana e a viragem na Bolívia, as eleições no Brasil e outros processos democráticos estiveram sempre presentes.
A realização deste Encontro, em Lisboa, num ano de reforço do Partido e num momento em que está em curso uma importante dinâmica de massas, em que o ascenso da luta contra as políticas neoliberais que estavam a ser debatidas na reunião internacional está no cerne da nossa intervenção partidária, concorreu também para o seu êxito.
A solidariedade internacionalista e o carácter de reciprocidade que encerra foram igualmente evidentes no Comício de Solidariedade Internacional, que na altura se realizou em Almada, e para o qual o PCP convidou outros partidos com quem se relaciona e que têm representantes em Portugal.
O Encontro foi dominado por uma grande confiança. Confiança que não subestima nem os enormes problemas que temos pela frente nem as grandes dificuldades a vencer. Mas confiança que radica, para lá da grande diversidade de situações em que cada partido actua, na avaliação unânime de que o capitalismo não é capaz de resolver as suas contradições internas e de que se confirma a necessidade, colocada há muito pelos teóricos do marxismo-leninismo, de reorganizar a sociedade em novas bases. O futuro é o socialismo.
O Encontro de Lisboa constituiu pois um inequívoco desmentindo às atoardas daqueles que, em Portugal, em clara consonância com as centrais da ofensiva ideológica do capitalismo, há muito anunciaram o fim da história e o fim da época dos partidos comunistas.
O PCP dando continuidade a um processo iniciado em 1998 pelo Partido Comunista da Grécia, de reuniões anuais de partidos comunistas e operários, acolheu a reunião deste ano, o que naturalmente permitiu projectar no nosso país e dar grande visibilidade a um importante espaço de reflexão, troca de experiências e de cooperação dos partidos comunistas. Este processo põe em evidência que, apesar das dificuldades e dos retrocessos, o movimento comunista não morreu, estando, pelo contrário, vivo e actuante.
O Encontro, que contou com a participação de 63 partidos de todos os continentes, possibilitou não apenas uma ampla troca de opiniões sobre os principais problemas com que os trabalhadores e os povos se confrontam, como permitiu avaliar as principais tendências de evolução da situação internacional, conhecer mais de perto os conteúdos e as formas de luta que se desenvolvem por todo o mundo, lançar algumas linhas de intervenção comum no imediato e reafirmar o socialismo como alternativa ao capitalismo.
As intervenções em torno do tema do Encontro – «Perigos e potencialidades da situação internacional. A estratégia do imperialismo e a questão energética. A luta dos povos e a experiência da América Latina, a perspectiva do socialismo» – puseram em evidência, tal como nos Encontros anteriores, que face a «uma situação carregada de perigos e incertezas», decorrente da brutal ofensiva do imperialismo, se torna cada vez mais necessário, a par da luta em cada país, o reforço da solidariedade entre todas as forças de esquerda e progressistas e o aprofundamento do internacionalismo proletário. Objectivo e necessidade que decorre das flagrantes contradições dos nossos dias, da agudização da luta de classes, dos ataques a direitos, liberdades e garantias fundamentais, da criminalização da resistência, do ressurgimento do racismo, do fascismo e do anti-comunismo e não de qualquer «nostalgia» ou de afirmação de «sobrevivência».
Lutar e agir
O Apelo adoptado pelo Encontro fala por si. «Contra o militarismo e a guerra, pela liberdade, a democracia, a paz e o progresso social» são linhas de intervenção da hora presente. A ofensiva do imperialismo assim o exige, e reclama a mais ampla convergência na acção dos comunistas e de todas as forças democráticas e patrióticas, como necessária ao fortalecimento de uma vasta frente anti-imperialista que «impeça que o capitalismo lance o mundo numa nova catástrofe». Lutar e agir em defesa da paz, contra a exploração e a opressão, em defesa da soberania e independência nacionais está hoje no centro da luta de resistência dos trabalhadores e dos povos e em importantes processos de mudanças progressistas, nomeadamente na América Latina, reveladores de que o imperialismo não tem as mãos totalmente livres para prosseguir a sua política de exploração e opressão. Aliás, a
Estes dois documentos, que saíram do Encontro Internacional, salientam que a par da perigosa e complexa situação internacional se abrem igualmente novas possibilidades e potencialidades da luta dos trabalhadores e dos povos pela afirmação dos seus direitos e pela defesa da sua soberania. A heróica luta do povo palestiniano, a resistência iraquiana e a do povo afegão, a derrota que o povo libanês infligiu a Israel, a revolução bolivariana e a viragem na Bolívia, as eleições no Brasil e outros processos democráticos estiveram sempre presentes.
A realização deste Encontro, em Lisboa, num ano de reforço do Partido e num momento em que está em curso uma importante dinâmica de massas, em que o ascenso da luta contra as políticas neoliberais que estavam a ser debatidas na reunião internacional está no cerne da nossa intervenção partidária, concorreu também para o seu êxito.
A solidariedade internacionalista e o carácter de reciprocidade que encerra foram igualmente evidentes no Comício de Solidariedade Internacional, que na altura se realizou em Almada, e para o qual o PCP convidou outros partidos com quem se relaciona e que têm representantes em Portugal.
O Encontro foi dominado por uma grande confiança. Confiança que não subestima nem os enormes problemas que temos pela frente nem as grandes dificuldades a vencer. Mas confiança que radica, para lá da grande diversidade de situações em que cada partido actua, na avaliação unânime de que o capitalismo não é capaz de resolver as suas contradições internas e de que se confirma a necessidade, colocada há muito pelos teóricos do marxismo-leninismo, de reorganizar a sociedade em novas bases. O futuro é o socialismo.