Concentração
Não sei se foi a memória de ter sido alguns anos exilado político, com estatuto de refugiado, ou se terá sido a recente evocação da inauguração de um centro de refugiados em Portugal que me chamou a atenção para a notícia que o Correio de Manhã divulga sobre a abertura, em Portugal, de um centro de refugiados. António Guterres, hoje alto-comissário da ONU para os Refugiados, e anteriormente um também alto responsável pela política portuguesa que persiste em enviar para a emigração muitos dos que por cá não encontram nem trabalho nem condições de vida dignas, presidiu à cerimónia, acompanhado de António Costa, ministro de Sócrates hoje, como ontem foi ministro de Guterres e que, tanto na Justiça como na Administração Interna, é homem para distribuir descontentamentos entre os tutelados pelos seus ministérios como entre os portugueses todos que se vêem a braços com o aparelho da justiça e com os aparelhos técnicos e financeiros colocados à disposição das autarquias e do combate aos incêndios.
E reflecti sobre o que terá levado estes dois homens desta política de direita que o PS tantas vezes protagonizou, à compita com o PSD, com ou sem ajuda do CDS, a dedicarem um dia das suas preocupações com a obra.
Fiquei com a impressão de que encontraram finalmente uma vocação – talvez a de ajudar os pobrezinhos. E assim se perceberá o empenho, que um deles pôs e o outro continua a pôr, em contribuir para a pobreza nacional. Criando pobreza, terão a satisfação de a cumular de afagos, de esmolas e de refúgios...
É verdade, porém, que a coisa não lhes tem sido fácil, a estes e a outros socialistas e social-democratas, deparando-se, de cada vez que aprofundam a pobreza e a insegurança no País com o protesto e a luta dos que, produzindo e tendo produzido riqueza, exigem os seus direitos respeitados. O primeiro, tendo envidado todos os esforços para o empobrecimento dos trabalhadores e do País, não resistiu a uma derrota eleitoral e fugiu à pressa, sem dúvida com o fito de prosseguir, com a música de Vangelis por fundo, a sua missão noutros lugares. Mais determinado, António Costa, prossegue, desta vez na equipa de Sócrates, no caridoso rumo de abrir a Portugal horizontes de deserto, nomeadamente concertando planos para a erradicação da floresta e da riqueza que esta pode proporcionar.
Ambos, porém, comungam de grandes sonhos para o País. A inauguração de um centro de refugiados será, assim, uma espécie de teste. Porque, a continuar esta política de direita, só os portugueses que emigram é que vão safar-se de passarem a ser atendidos na desgraça numa espécie de campo de concentração de refugiados. Cá dentro.
E reflecti sobre o que terá levado estes dois homens desta política de direita que o PS tantas vezes protagonizou, à compita com o PSD, com ou sem ajuda do CDS, a dedicarem um dia das suas preocupações com a obra.
Fiquei com a impressão de que encontraram finalmente uma vocação – talvez a de ajudar os pobrezinhos. E assim se perceberá o empenho, que um deles pôs e o outro continua a pôr, em contribuir para a pobreza nacional. Criando pobreza, terão a satisfação de a cumular de afagos, de esmolas e de refúgios...
É verdade, porém, que a coisa não lhes tem sido fácil, a estes e a outros socialistas e social-democratas, deparando-se, de cada vez que aprofundam a pobreza e a insegurança no País com o protesto e a luta dos que, produzindo e tendo produzido riqueza, exigem os seus direitos respeitados. O primeiro, tendo envidado todos os esforços para o empobrecimento dos trabalhadores e do País, não resistiu a uma derrota eleitoral e fugiu à pressa, sem dúvida com o fito de prosseguir, com a música de Vangelis por fundo, a sua missão noutros lugares. Mais determinado, António Costa, prossegue, desta vez na equipa de Sócrates, no caridoso rumo de abrir a Portugal horizontes de deserto, nomeadamente concertando planos para a erradicação da floresta e da riqueza que esta pode proporcionar.
Ambos, porém, comungam de grandes sonhos para o País. A inauguração de um centro de refugiados será, assim, uma espécie de teste. Porque, a continuar esta política de direita, só os portugueses que emigram é que vão safar-se de passarem a ser atendidos na desgraça numa espécie de campo de concentração de refugiados. Cá dentro.