Sacrifícios na PT dão milhões ao capital

Lutar pela saúde

Uma nova concentração está marcada para a tarde de 31 de Outubro, terça-feira, frente à sede da PT, nas Picoas, no quadro das acções aprovadas em plenário.
Os beneficiários do Plano de Saúde da PT Comunicações devem manter-se unidos e firmes, na defesa dos direitos para que contribuem com 1,5 por cento do salário-base, além dos descontos legais, apelaram os participantes no plenário realizado dia 17, na Praça da Ribeira, em Lisboa, por iniciativa da Frente Comum de ORTs, que integra a Comissão de Trabalhadores e os sindicatos STPT, SNTCT e STT.
A moção ali aprovada por unanimidade previa ainda a realização de uma primeira concentração regional (tal como sucederá no dia 31, abrangendo os distritos de Lisboa e Setúbal), a qual teve lugar anteontem à tarde, frente à sede da PTC, na Rua Andrade Corvo. Uma concentração nacional está prevista para 16 de Novembro, frente à sede da holding, nas Picoas.
Um plenário regional está marcado para amanhã, às 10 horas, no Círculo Católico de Operários do Porto (junto à Batalha) e outro já teve lugar em Coimbra.
Em causa está uma série de alterações que, unilateralmente, as administrações da PT e da PTC decidiram aplicar, alegando como objectivo a sustentabilidade dos benefícios. Para as organizações da Frente Comum, este argumento é «uma falácia», já que a empresa fala em aumentos de 40 por cento, desde 1999, dos custos com a saúde, e esquece que os seus lucros aumentaram 317 por cento, entre 2000 e 2005.
Os aumentos de encargos, que vão atingir todos os beneficiários, incluindo os doentes graves, destinam-se, na verdade, a «libertar fundos para a prometida remuneração aos accionistas, de 3,5 mil milhões de euros no triénio 2006-2008», acusa-se na moção. Segundo os cálculos dos representantes dos trabalhadores, as medidas constantes da Ordem de Serviço N.º 33/06, publicada dia 12 de Outubro pela administração da PTC, representam: uma poupança directa de dez milhões de euros e uma redução de responsabilidades futuras com os trabalhadores não activos na ordem dos 150 milhões.
Caso o Ministério da Saúde permita a denúncia unilateral do protocolo de co-financiamento, devido a uma dívida de 36 milhões de euros que se arrasta, cerca de 52 mil beneficiários do Plano de Saúde da PTC passarão para o SNS e, aliviada de mais estas responsabilidades futuras, a empresa contabiliza mais uma receita extraordinária de 150 milhões de euros no exercício de 2006.


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