Por melhores salários

A melhoria dos salários e uma mais justa repartição da riqueza criada são objectivos centrais da CGTP-IN e dos trabalhadores. Estas reivindicações constituem um dos principais motivos para a participação no protesto de hoje. Em muitos sectores, a negociação colectiva é negada pelo boicote das associações patronais, que procuram destruir direitos conquistados pelos trabalhadores e, simultaneamente, semeiam a instabilidade laboral e multiplicam as formas de chantagem, o que acaba por reflectir-se na redução das remunerações do trabalho.
Mantendo-se um nível salarial extremamente baixo, só pela luta dos trabalhadores tem sido possível evitar perdas ainda maiores. A compressão dos salários é estimulada pelo Governo, de duas formas:
- a limitação da actualização salarial na Administração Pública, punindo os trabalhadores e dando um exemplo às empresas;
- a definição de referenciais de inflação irrealistas, estimando a CGTP-IN que, entre 1998 e 2005, é de 5,5 por cento a diferença acumulada entre a inflação prevista pelos governos e a inflação verificada.
O crescimento real dos salários, reivindica a Inter, deve ter em conta o agravamento do custo de vida, os ganhos de produtividade e a aproximação (repetidamente prometida) dos salários portugueses à média da União Europeia (15 países).
Nas reivindicações do movimento sindical unitário, a valorização do salário mínimo nacional é de especial importância, como instrumento de luta contra a pobreza laboral. No quadro de uma nova política para o salário mínimo, a CGTP-IN reclama que o seu valor atinja 500 euros, em 2010, fixando-se em 410 euros, a partir de Janeiro de 2007.


Mais artigos de: Em Foco

Protesto geral <br>justo e justificado

Vindos de todo o País, trabalhadores e trabalhadoras dos diferentes ramos de actividade, do sector empresarial e da Administração Pública, reformados ou no activo, jovens ou seniores manifestam-se esta tarde em Lisboa, no âmbito do «protesto geral pela mudança de políticas», convocado pela CGTP-IN, para as 14.30 horas, no Rossio. Antes, os trabalhadores do Estado concentram-se junto ao Ministério das Finanças.

Lutar vale a pena

Nas experiências vividas em inúmeras empresas e sectores, comprova-se que a luta dos trabalhadores, não sendo, à partida, garantia de vitória, é o caminho mais seguro para evitar graves derrotas na luta contra a intensificação da exploração.

Contra a redução das pensões

A proposta do Governo sobre a «reforma» da Segurança Social impõe uma redução gradual do valor de todas as pensões, já a partir de 2008, a pretexto do aumento da esperança média de vida.Outras medidas previstas para a nova Lei de Bases (com o acordo do patronato) confirmam que serão os trabalhadores a pagar os custos de...

Professores lutam por carreiras e dignidade

Na grandiosa manifestação de dia 5, do Marquês ao Rossio, largos milhares de docentes exigiram, em Lisboa, respeito pelas carreiras e a sua dignidade profissional. A luta foi tão participada que o membro do secretariado da Fenprof, Mário Nogueira, salientou, no plenário que decorreu no fim da marcha, no Rossio, os...

Travar o PRACE e impedir a destruição

Os trabalhadores da Administração Pública concentram-se hoje, às 14 horas, junto ao Ministério das Finanças e vão depois juntar-se ao protesto nacional da CGTP-IN, para exigir a dignificação do seu estatuto profissional, a melhoria das condições de vida, recuperando o poder de compra perdido nos últimos anos e para...

Por emprego com direitos

No protesto de hoje, é exigida a alteração da política que promove uma matriz económica assente em salários baixos, emprego precário e pouca qualificação, ao mesmo tempo que privilegia o enriquecimento dos detentores do poder económico e financeiro. A CGTP-IN reclama mais emprego e menos precariedade, com valorização da...

Mais razões para lutar

Pela Galp públicaMembros da comissão de trabalhadores da Petrogal, delegados e dirigentes sindicais e outros trabalhadores das empresas do grupo Galp Energia concentram-se esta manhã, pelas 11 horas, junto à sede da empresa (nas Torres de Lisboa). Esta foi uma das decisões tomadas no quadro da recente série de plenários,...