«Não à privatização das Águas da Covilhã»

No dia 24 de Junho de 2004, confrontado com a denúncia da CDU de querer privatizar a água, o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, afirmava ao jornal «O Interior»: «Entendo que há zonas onde eles – os privados – não devem meter a mão e a água é uma delas», chamando a atenção para o investimento que tem sido feito ao longo dos anos pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento.
Em mais uma prova provada de que as palavras já não querem dizer o que antes diziam, o mesmo presidente, quer agora privatizar 49 por cento do capital social das «Águas da Covilhã».
«É hoje claro como a água que a criação da Empresa Municipal bem como os sucessivos aumentos do tarifário, visaram “dar uma nova fatiota e engordar a galinha para torná-la mais apetitosa”», lê-se na moção apresentada pela CDU, na Assembleia Municipal, intitulada «Por uma gestão pública de qualidade. Não há privatização das Águas da Covilhã, Empresa Municipal», rejeitada com os votos do PSD.
Os dados são claros. Em 2001, o preço médio do metro cúbico de água na Covilhã custava 1,27 euros; em 2006, o preço médio do metro cúbico, sem contar com o mais recente aumento, é de 2,5 euros. Note-se ainda que, segundo dados da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), relativos a 2004, um consumo doméstico anual de 120 metros cúbicos custava na Covilhã 186 euros, em Castelo Branco 173,52 euros e no Fundão 87 euros.
«A privatização da água é negócio de milhões, mas é um caminho com muitas privações. A água não é um recurso qualquer», lembra a CDU, sublinhando que a água é «um bem comum, indispensável à vida e um factor básico em qualquer política de saúde pública, reconhecido como um direito humano fundamental. Falamos de um bem que é escasso, e que por isso precisa de ser cuidado e preservado. Todos sabemos que o sector privado só estará interessado em entrar num negócio se tiver a possibilidade de o tratar como outro negócio qualquer.»


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