Do 11 de Setembro/01 ao Líbano/06
O PCP não vê menos mas mais razões para prosseguir a sua luta contra o militarismo e a guerra
O quinto aniversário dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001 tem sido o pretexto para inúmeros artigos, livros, filmes, programas especiais de TV. Porém, mesmo se cresce o questionamento da propaganda oficial norte-americana, esta continua a dominar de forma esmagadora enquanto a voz dos comunistas e de quantos desde o primeiro momento denunciaram a instrumentalização do «11 de Setembro» é praticamente inaudível.
É por isso necessário lembrar aqui o que de essencial há cinco anos o PCP afirmou e que a experiência prática inteiramente confirmou, tanto mais que Portugal se encontra envolvido em várias operações militares imperialistas e, no Médio Oriente, espreita uma guerra de vastas proporções que só pode ser impedida pela mobilização popular e com base na clara compreensão dos objectivos de domínio planetário dos EUA, inerentes à brutal ofensiva agressiva e liberticida desencadeada a pretexto da chamada «guerra global ao terrorismo».
Passaremos uma vez mais ao lado dos «mistérios» que subsistem em torno dos atentados de 11 de Setembro que, não o esqueçamos, foram realizados por uma criatura dos EUA e da CIA. O essencial, seja qual for o envolvimento dos serviços secretos e da extrema-direita norte-americana, é que eles foram utilizados para justificar planos que só aguardavam o momento apropriado para serem levados à prática. E isso aconteceu a uma incrível velocidade, com a pronta cobertura da ONU ao bombardeamento do Afeganistão; os acordos «anti-terroristas» EUA/UE de manifesta submissão aos objectivos estratégicos norte-americanos; o «eixo do mal» e a doutrina da «guerra preventiva»; o «Patriot Act» e a escalada securitária contra direitos, liberdades e garantias, nomeadamente a banalização do sequestro, da tortura, do assassinato; a corrida armamentista incluindo a ameaça do recurso à arma nuclear. Depois do Afeganistão o Iraque, o holocausto na Palestina, o bombardeamento e destruição do Líbano, e tudo o mais que se conhece por todo o mundo em matéria de violações de soberania, bases e forças militares estrangeiras sistemática violação da Carta da ONU para impor «democracia» e abrir espaço ao saque das multinacionais.
Este caminho não tem sido um passeio. A resistência dos povos ao imperialismo, sob formas muito diversificadas, não tem parado de crescer, como no Iraque onde os EUA se afundam, no Afeganistão onde se reclamam reforços da NATO, no Líbano onde as tropas israelitas conheceram uma humilhante derrota. É isso – que no contexto de uma situação económica e financeira vulnerável e do crescente descrédito da administração Bush – obriga os EUA a manobrar, a moderar os seus impulsos «unilateralistas», a negociar compromissos com a França e outras potências da UE em relação ao Líbano ou ao Irão, sem entretanto abrir mão do essencial.
É neste quadro que temos de dar grande atenção à situação no Líbano e em todo o Médio Oriente. Que está realmente por detrás da «robusta» força da UNIFIL que, com a firme oposição do PCP o governo do PS decidiu integrar? Porque é que de modo absurdo e violando a soberania libanesa, se está a concentrar tão poderoso potencial de fogo no Líbano e respectivas águas territoriais, com porta-aviões, centenas de caças bombardeiros e helicópteros, aviões espiões, fuzileiros e outras forças especiais? Que se prepara contra a Síria, o Irão e outros países? Que papel está a ser reservado para o sinistro poder de Tel-Aviv no redesenhar de fronteiras e redistribuição imperialista de esferas de influência.
São perguntas pertinentes e inquietantes. Sobretudo quando entre os EUA e as principais potências capitalistas européias se verificam compromissos com o fatídico recorte de «Munique». E quando no campo democrático surgem nalguns países vozes conciliatórias com a política militarista dos respectivos governos como acontece em Itália. Pelo seu lado, cinco anos após o 11 de Setembro, o PCP não vê menos mas mais razões para prosseguir a sua luta contra o militarismo e a guerra e contra a política de submissão de Portugal ao imperialismo.
É por isso necessário lembrar aqui o que de essencial há cinco anos o PCP afirmou e que a experiência prática inteiramente confirmou, tanto mais que Portugal se encontra envolvido em várias operações militares imperialistas e, no Médio Oriente, espreita uma guerra de vastas proporções que só pode ser impedida pela mobilização popular e com base na clara compreensão dos objectivos de domínio planetário dos EUA, inerentes à brutal ofensiva agressiva e liberticida desencadeada a pretexto da chamada «guerra global ao terrorismo».
Passaremos uma vez mais ao lado dos «mistérios» que subsistem em torno dos atentados de 11 de Setembro que, não o esqueçamos, foram realizados por uma criatura dos EUA e da CIA. O essencial, seja qual for o envolvimento dos serviços secretos e da extrema-direita norte-americana, é que eles foram utilizados para justificar planos que só aguardavam o momento apropriado para serem levados à prática. E isso aconteceu a uma incrível velocidade, com a pronta cobertura da ONU ao bombardeamento do Afeganistão; os acordos «anti-terroristas» EUA/UE de manifesta submissão aos objectivos estratégicos norte-americanos; o «eixo do mal» e a doutrina da «guerra preventiva»; o «Patriot Act» e a escalada securitária contra direitos, liberdades e garantias, nomeadamente a banalização do sequestro, da tortura, do assassinato; a corrida armamentista incluindo a ameaça do recurso à arma nuclear. Depois do Afeganistão o Iraque, o holocausto na Palestina, o bombardeamento e destruição do Líbano, e tudo o mais que se conhece por todo o mundo em matéria de violações de soberania, bases e forças militares estrangeiras sistemática violação da Carta da ONU para impor «democracia» e abrir espaço ao saque das multinacionais.
Este caminho não tem sido um passeio. A resistência dos povos ao imperialismo, sob formas muito diversificadas, não tem parado de crescer, como no Iraque onde os EUA se afundam, no Afeganistão onde se reclamam reforços da NATO, no Líbano onde as tropas israelitas conheceram uma humilhante derrota. É isso – que no contexto de uma situação económica e financeira vulnerável e do crescente descrédito da administração Bush – obriga os EUA a manobrar, a moderar os seus impulsos «unilateralistas», a negociar compromissos com a França e outras potências da UE em relação ao Líbano ou ao Irão, sem entretanto abrir mão do essencial.
É neste quadro que temos de dar grande atenção à situação no Líbano e em todo o Médio Oriente. Que está realmente por detrás da «robusta» força da UNIFIL que, com a firme oposição do PCP o governo do PS decidiu integrar? Porque é que de modo absurdo e violando a soberania libanesa, se está a concentrar tão poderoso potencial de fogo no Líbano e respectivas águas territoriais, com porta-aviões, centenas de caças bombardeiros e helicópteros, aviões espiões, fuzileiros e outras forças especiais? Que se prepara contra a Síria, o Irão e outros países? Que papel está a ser reservado para o sinistro poder de Tel-Aviv no redesenhar de fronteiras e redistribuição imperialista de esferas de influência.
São perguntas pertinentes e inquietantes. Sobretudo quando entre os EUA e as principais potências capitalistas européias se verificam compromissos com o fatídico recorte de «Munique». E quando no campo democrático surgem nalguns países vozes conciliatórias com a política militarista dos respectivos governos como acontece em Itália. Pelo seu lado, cinco anos após o 11 de Setembro, o PCP não vê menos mas mais razões para prosseguir a sua luta contra o militarismo e a guerra e contra a política de submissão de Portugal ao imperialismo.