Inevitável é a luta dos trabalhadores!
Os trabalhadores, o povo e o País estão hoje confrontados com uma situação extraordinariamente difícil. O governo PS, profundamente identificado com os interesses dos grandes grupos económico-financeiros, tem desenvolvido uma política que é não apenas de continuidade mas de agravamento das medidas contra quem trabalha e de descarado favorecimento do grande capital nacional e estrangeiro.
Nenhuma das lutas se travou sem o contributo ou o apoio do PCP
Podemos afirmar que a política de direita do PS se distingue hoje da política de direita do PSD (com ou sem CDS), não só pela maior intensidade e amplitude na liquidação de direitos, mas também pela capacidade de vender ilusões.
A propaganda do Governo e dos interesses que este defende – cujos meios são infinitamente superiores aos dos que se opõem à sua política – procura contornar e ofuscar a realidade objectiva e a natureza dos problemas com que o país se confronta. Ganham particular expressão a tese das «inevitabilidades» para que o Avante! chamava a atenção no seu último Editorial – inevitáveis são «todas as medidas consideradas indispensáveis para que os grandes grupos económicos e financeiros obtenham, todos os anos, maiores lucros» – e a tese do «combate aos privilégios», que passando ao lado dos verdadeiros privilégios e alimentando falsas divisões particularmente entre os trabalhadores – público/privado, efectivos/precários, empregados/desempregados – procura criar na sociedade condições de aceitação para a completa destruição dos direitos dos trabalhadores e das populações.
A par da ofensiva ideológica, os trabalhadores confrontam-se hoje com limitações objectivas na sua capacidade de luta e reivindicação: o trabalho precário, a pressão do desemprego, a repressão contra dirigentes sindicais e sindicatos, a cada vez maior dependência face ao crédito bancário que condiciona a opção de muitos trabalhadores, o falso trabalho temporário.
Tudo isto são elementos com um peso crescente, que não podem nem devem ser subestimados quando hoje avaliamos o nível da luta social no nosso País, mas que valorizam as muitas lutas com êxito que já tiveram lugar neste ano de 2006.
Intensifica-se a luta
Com um papel insubstituível da CGTP-IN, os últimos meses ficaram marcados pela crescente movimentação dos trabalhadores. Foi de grande significado a extraordinária luta dos trabalhadores dos Correios em torno do acordo de empresa e a vitória entretanto alcançada na manutenção de um conjunto de direitos. Foi de grande importância a demonstração que os trabalhadores do Metro deram, com a paralisação total da circulação, nas duas greves realizadas em Julho, e de outras áreas dos transportes nomeadamente da EMEF, CP, REFER, Soflusa e Carris. Mas também dos trabalhadores da Sorefame/Bombardier e Repsol, das indústrias eléctricas, do têxtil, vestuário e calçado, da hotelaria e indústria alimentar, nomeadamente dos hotéis Tivoli e Marriot, da Portugal Telecom e da GM Azambuja. Quanto aos trabalhadores do Estado – trabalhadores das autarquias, professores, enfermeiros, polícias, trabalhadores da administração central em geral – têm sido muitos milhares a participar em dezenas de acções de luta.
Nestes últimos meses assistimos também ao envolvimento e participação das populações em gigantescas acções de massas contra o encerramento de serviços públicos. Em Barcelos, Covilhã, Figueira da Foz e Seixal, como noutras regiões, o povo exigiu que não lhes fosse negado o direito dos seus filhos nascerem na sua terra.
No entanto, há ainda muito descontentamento que é necessário transformar em disponibilidade para a luta e tal só acontecerá com um mais firme, permanente e determinado papel do nosso Partido.
Com confiança, esclarecer e mobilizar
Partindo da organização do Partido nas empresas e locais de trabalho, mas também da influência social e política que temos junto da população, é necessário continuar a intensificar as acções de esclarecimento e mobilização. Perante a ofensiva geral que o Governo tem imposto, ganha particular significado a necessidade de contribuir para a convergência de lutas de vários sectores. Tal situação é, por si só, potenciadora de atrair e mobilizar outras camadas da população e sectores mais recuados que são igualmente atingidos pela política de direita. Mas é sobretudo uma necessidade que a realidade impõe.
A Festa do Avante!, pela expressão de massas, de afirmação do Partido e do seu projecto, pelo capital de consciencialização e esperança que transmite aos muitos milhares de visitantes, é seguramente um elemento que se integra neste objectivo geral. A dimensão que a nossa Festa alcançar contribuirá para a confiança dos trabalhadores nas muitas lutas que se avizinham.
A luta de massas é, como a experiência mostra, a grande força da resistência, transformação, da construção de um futuro diferente. E é, também, a mais sólida garantia para derrotar a política de direita e impor uma ruptura democrática e de esquerda.
Significa isto que o colectivo partidário tem não só que continuar a desempenhar o seu papel de vanguarda – pois nenhuma das pequenas e grandes lutas se desenvolveram sem o contributo e a solidaridade do PCP – como, desde já, concentrar as suas energias na criação de condições para que, a partir de Setembro, se eleve o nível de consciencialização e de mobilização dos trabalhadores e das populações. Se avance para formas superiores de luta.
Podemos, com confiança, afirmar que inevitável é a luta. Inevitável é a derrota desta política. Inevitável é o futuro.
A propaganda do Governo e dos interesses que este defende – cujos meios são infinitamente superiores aos dos que se opõem à sua política – procura contornar e ofuscar a realidade objectiva e a natureza dos problemas com que o país se confronta. Ganham particular expressão a tese das «inevitabilidades» para que o Avante! chamava a atenção no seu último Editorial – inevitáveis são «todas as medidas consideradas indispensáveis para que os grandes grupos económicos e financeiros obtenham, todos os anos, maiores lucros» – e a tese do «combate aos privilégios», que passando ao lado dos verdadeiros privilégios e alimentando falsas divisões particularmente entre os trabalhadores – público/privado, efectivos/precários, empregados/desempregados – procura criar na sociedade condições de aceitação para a completa destruição dos direitos dos trabalhadores e das populações.
A par da ofensiva ideológica, os trabalhadores confrontam-se hoje com limitações objectivas na sua capacidade de luta e reivindicação: o trabalho precário, a pressão do desemprego, a repressão contra dirigentes sindicais e sindicatos, a cada vez maior dependência face ao crédito bancário que condiciona a opção de muitos trabalhadores, o falso trabalho temporário.
Tudo isto são elementos com um peso crescente, que não podem nem devem ser subestimados quando hoje avaliamos o nível da luta social no nosso País, mas que valorizam as muitas lutas com êxito que já tiveram lugar neste ano de 2006.
Intensifica-se a luta
Com um papel insubstituível da CGTP-IN, os últimos meses ficaram marcados pela crescente movimentação dos trabalhadores. Foi de grande significado a extraordinária luta dos trabalhadores dos Correios em torno do acordo de empresa e a vitória entretanto alcançada na manutenção de um conjunto de direitos. Foi de grande importância a demonstração que os trabalhadores do Metro deram, com a paralisação total da circulação, nas duas greves realizadas em Julho, e de outras áreas dos transportes nomeadamente da EMEF, CP, REFER, Soflusa e Carris. Mas também dos trabalhadores da Sorefame/Bombardier e Repsol, das indústrias eléctricas, do têxtil, vestuário e calçado, da hotelaria e indústria alimentar, nomeadamente dos hotéis Tivoli e Marriot, da Portugal Telecom e da GM Azambuja. Quanto aos trabalhadores do Estado – trabalhadores das autarquias, professores, enfermeiros, polícias, trabalhadores da administração central em geral – têm sido muitos milhares a participar em dezenas de acções de luta.
Nestes últimos meses assistimos também ao envolvimento e participação das populações em gigantescas acções de massas contra o encerramento de serviços públicos. Em Barcelos, Covilhã, Figueira da Foz e Seixal, como noutras regiões, o povo exigiu que não lhes fosse negado o direito dos seus filhos nascerem na sua terra.
No entanto, há ainda muito descontentamento que é necessário transformar em disponibilidade para a luta e tal só acontecerá com um mais firme, permanente e determinado papel do nosso Partido.
Com confiança, esclarecer e mobilizar
Partindo da organização do Partido nas empresas e locais de trabalho, mas também da influência social e política que temos junto da população, é necessário continuar a intensificar as acções de esclarecimento e mobilização. Perante a ofensiva geral que o Governo tem imposto, ganha particular significado a necessidade de contribuir para a convergência de lutas de vários sectores. Tal situação é, por si só, potenciadora de atrair e mobilizar outras camadas da população e sectores mais recuados que são igualmente atingidos pela política de direita. Mas é sobretudo uma necessidade que a realidade impõe.
A Festa do Avante!, pela expressão de massas, de afirmação do Partido e do seu projecto, pelo capital de consciencialização e esperança que transmite aos muitos milhares de visitantes, é seguramente um elemento que se integra neste objectivo geral. A dimensão que a nossa Festa alcançar contribuirá para a confiança dos trabalhadores nas muitas lutas que se avizinham.
A luta de massas é, como a experiência mostra, a grande força da resistência, transformação, da construção de um futuro diferente. E é, também, a mais sólida garantia para derrotar a política de direita e impor uma ruptura democrática e de esquerda.
Significa isto que o colectivo partidário tem não só que continuar a desempenhar o seu papel de vanguarda – pois nenhuma das pequenas e grandes lutas se desenvolveram sem o contributo e a solidaridade do PCP – como, desde já, concentrar as suas energias na criação de condições para que, a partir de Setembro, se eleve o nível de consciencialização e de mobilização dos trabalhadores e das populações. Se avance para formas superiores de luta.
Podemos, com confiança, afirmar que inevitável é a luta. Inevitável é a derrota desta política. Inevitável é o futuro.