NATO – Perigo para a humanidade
Criada em 1949, após a vitória dos povos sobre o nazifascismo, a NATO assumiu-se desde cedo como o braço armado do imperialismo, elemento estruturador da sua natureza opressora, peça insubstituível no projecto de domínio planetário derrotado na II Guerra Mundial. O seu primeiro objectivo imediato, foi o de contenção do avanço dos países socialistas, dos movimentos patrióticos e de libertação nacional - que se alastravam por todo o mundo - e do movimento operário confiante na sua força e capacidade transformadora. Daí que, na sua formação original, potencias vitoriosas da Grande Guerra se tenham aliado ao Portugal fascista de então.
Após a desagregação da URSS e das derrotas do socialismo no Leste da Europa, o imperialismo reconfigurou a estrutura e os objectivos imediatos da Aliança Atlântica. Não podendo assumir que é a resistência anti-imperialista e a livre determinação dos povos que combate, o inimigo de hoje dá pelo nome de «terrorismo», que de forma fictícia ou real, anima a escalada militarista e belicista que estamos a assistir. A NATO, já não é apenas uma grande estrutura de coordenação militar, assume-se sim, como estrutura supranacional disponível e capaz de intervir em qualquer parte do mundo.
No desenvolvimento das orientações que emergiram da cimeira de Washington(1999) e de Praga(2001), decorreu na semana passada uma reunião em Bruxelas com os Ministros da Defesa dos 26 países que lhe dão corpo. No final da reunião, um porta-voz, depois de informar do aumento de 9 para 25 mil soldados no Afeganistão até ao final do ano, adiantava a seguinte ideia - «Não temos necessidade de nos prepararmos para uma única grande guerra ...temos de nos preparar para manter um conjunto de operações ao mesmo tempo».
Como não se fazem omeletas sem ovos, aprovaram um documento com novos objectivos de planeamento militar que apontam para que na sua máxima força, a organização poderá dispor de 300 mil soldados em acção, distribuídos por duas operações de grande envergadura, da dimensão de corpo de exército (60 mil homens cada) e seis operações menores, de nível de divisão (20 mil a 30 mil militares). O Diário de Notícias adianta que o «documento é classificado e as razões da mudança operacional não foram explicadas».
A NATO não trouxe nem mais estabilidade nem segurança para o mundo. O aumento no plano internacional da produção e comércio de armamento, convergente com o objectivo colocado a cada país membro de destinar 2% do PIB às políticas de «defesa», é uma garantia da continuação e agravamento dos conflitos militares. A Guerra e o militarismo são elementos indissociáveis do desenvolvimento capitalista e é hoje uma preocupante evidência a forma como o imperialismo projecta os dias de amanhã - de onde emergem grandes perigos para a humanidade, fazendo da guerra o quotidiano para milhões de seres humanos.
É por isso urgente, uma cada vez maior expressão da luta pela dissolução dos blocos político-militares, contributo indispensável na luta pela paz.
Após a desagregação da URSS e das derrotas do socialismo no Leste da Europa, o imperialismo reconfigurou a estrutura e os objectivos imediatos da Aliança Atlântica. Não podendo assumir que é a resistência anti-imperialista e a livre determinação dos povos que combate, o inimigo de hoje dá pelo nome de «terrorismo», que de forma fictícia ou real, anima a escalada militarista e belicista que estamos a assistir. A NATO, já não é apenas uma grande estrutura de coordenação militar, assume-se sim, como estrutura supranacional disponível e capaz de intervir em qualquer parte do mundo.
No desenvolvimento das orientações que emergiram da cimeira de Washington(1999) e de Praga(2001), decorreu na semana passada uma reunião em Bruxelas com os Ministros da Defesa dos 26 países que lhe dão corpo. No final da reunião, um porta-voz, depois de informar do aumento de 9 para 25 mil soldados no Afeganistão até ao final do ano, adiantava a seguinte ideia - «Não temos necessidade de nos prepararmos para uma única grande guerra ...temos de nos preparar para manter um conjunto de operações ao mesmo tempo».
Como não se fazem omeletas sem ovos, aprovaram um documento com novos objectivos de planeamento militar que apontam para que na sua máxima força, a organização poderá dispor de 300 mil soldados em acção, distribuídos por duas operações de grande envergadura, da dimensão de corpo de exército (60 mil homens cada) e seis operações menores, de nível de divisão (20 mil a 30 mil militares). O Diário de Notícias adianta que o «documento é classificado e as razões da mudança operacional não foram explicadas».
A NATO não trouxe nem mais estabilidade nem segurança para o mundo. O aumento no plano internacional da produção e comércio de armamento, convergente com o objectivo colocado a cada país membro de destinar 2% do PIB às políticas de «defesa», é uma garantia da continuação e agravamento dos conflitos militares. A Guerra e o militarismo são elementos indissociáveis do desenvolvimento capitalista e é hoje uma preocupante evidência a forma como o imperialismo projecta os dias de amanhã - de onde emergem grandes perigos para a humanidade, fazendo da guerra o quotidiano para milhões de seres humanos.
É por isso urgente, uma cada vez maior expressão da luta pela dissolução dos blocos político-militares, contributo indispensável na luta pela paz.