O «número da besta»
Diz o «Livro do Apocalipse» que 666 é o «número da besta» - uma marca satânica que anuncia o «fim do mundo» -, apenas uma das superstições e reaccionarices que, nestes anos, têm recuperado espaço ideológico ao ritmo da ofensiva dos grandes interesses. Por coincidência - coisa rara em política - a semana passada, em 06.06.06, ficou-se a conhecer mais um «número» bem urdido da «besta» fascista.
Com o espectáculo mediático «inevitável», veio à luz a entrevista televisiva de Mário Machado, um cadastrado nazi - segundo o «expresso» - «presidente da Portugal Hammerskin», «líder da Frente Nacional» e «militante do PNR», que cumpriu dois anos e meio de prisão por participação no assassínio racista do cabo-verdiano Alcino Monteiro, em julgamento por «sequestro, extorsão e posse ilegal de armas» e sujeito a investigação, por «crimes contra a humanidade – organização de movimentos que promovem o racismo e a violência - tráfico de seres humanos armas e estupefacientes, extorsão e assassínio por encomenda», para «financiamento dos movimentos» de que emerge como dirigente.
Na entrevista fez propaganda nazi e um apelo «nacionalista» às armas e «para que, se o dia chegar, tomemos de assalto as nossas ruas». Nessa mesma data foi detido e solto na manhã seguinte, acusado de posse ilegal de armas e sujeito apenas a «Termo de Identidade e Residência», frustrando assim, segundo o Director da PJ, uma investigação bem mais importante.
De facto, o que resultou foi um grande «número» de propaganda, com a provocação aos sindicatos das Forças de Segurança, com a desmedida cobertura mediática dos seus dirigentes, da «manifestação de 10 de Junho» e da presença na acção da «Internacional Nazi» na Alemanha no campeonato de futebol.
A história ensina que, face ao agravamento da crise social e política, o fascismo cumpre os desígnios dos círculos mais reaccionários das classes exploradoras, para confundir as massas e servir de instrumento à sua perpetuação no poder, por todos os meios.
Em Portugal, a natureza e complexidade de algumas acções fascistas indicia apoio significativo no poder económico e mediático e em sectores do Estado próximos da «comunidade de informações» - prova-o este «número», tal como o ano passado o «arrastão» de Carcavelos de 10 de Junho e o que se lhe seguiu.
E este Governo, quando, pela voz do MAI, se limita a falar do «oportunismo» destas acções, parece preferir que o ruído nazi-fascista faça esquecer as suas desgraçadas políticas de direita, em vez de accionar a Lei que comanda a sua extinção.
Com o espectáculo mediático «inevitável», veio à luz a entrevista televisiva de Mário Machado, um cadastrado nazi - segundo o «expresso» - «presidente da Portugal Hammerskin», «líder da Frente Nacional» e «militante do PNR», que cumpriu dois anos e meio de prisão por participação no assassínio racista do cabo-verdiano Alcino Monteiro, em julgamento por «sequestro, extorsão e posse ilegal de armas» e sujeito a investigação, por «crimes contra a humanidade – organização de movimentos que promovem o racismo e a violência - tráfico de seres humanos armas e estupefacientes, extorsão e assassínio por encomenda», para «financiamento dos movimentos» de que emerge como dirigente.
Na entrevista fez propaganda nazi e um apelo «nacionalista» às armas e «para que, se o dia chegar, tomemos de assalto as nossas ruas». Nessa mesma data foi detido e solto na manhã seguinte, acusado de posse ilegal de armas e sujeito apenas a «Termo de Identidade e Residência», frustrando assim, segundo o Director da PJ, uma investigação bem mais importante.
De facto, o que resultou foi um grande «número» de propaganda, com a provocação aos sindicatos das Forças de Segurança, com a desmedida cobertura mediática dos seus dirigentes, da «manifestação de 10 de Junho» e da presença na acção da «Internacional Nazi» na Alemanha no campeonato de futebol.
A história ensina que, face ao agravamento da crise social e política, o fascismo cumpre os desígnios dos círculos mais reaccionários das classes exploradoras, para confundir as massas e servir de instrumento à sua perpetuação no poder, por todos os meios.
Em Portugal, a natureza e complexidade de algumas acções fascistas indicia apoio significativo no poder económico e mediático e em sectores do Estado próximos da «comunidade de informações» - prova-o este «número», tal como o ano passado o «arrastão» de Carcavelos de 10 de Junho e o que se lhe seguiu.
E este Governo, quando, pela voz do MAI, se limita a falar do «oportunismo» destas acções, parece preferir que o ruído nazi-fascista faça esquecer as suas desgraçadas políticas de direita, em vez de accionar a Lei que comanda a sua extinção.