CGTP-IN promove luta nacional

Protestos na rua dia 8

Pelo progresso da Segurança Social e contra a proposta governamental de redução das pensões e aumento da idade de reforma, são os objectivos destacados pela central para as concentrações distritais da próxima quinta-feira.

O au­mento da es­pe­rança de vida não é um pre­juízo

O dia nacional de luta é igualmente uma oportunidade para dar expressão pública a processos em curso, em várias empresas e sectores, trazendo para as ruas o justo protesto de muitos milhares de trabalhadores. Assim, a CGTP-IN inclui, igualmente, entre os objectivos desta jornada, o combate contra o aumento do custo de vida e pela melhoria dos salários; em defesa do emprego, contra a precariedade; pela contratação colectiva e pela revogação das normas gravosas do Código de Trabalho; em defesa de uma administração Pública ao serviço dos cidadãos e pelos direitos sociais.

Ina­cei­tável!

«Estamos dispostos a discutir todas as medidas necessárias à perenidade do sistema, mas não aceitamos que a sustentabilidade se tenha de traduzir na redução de direitos», declara a CGTP-IN, que na segunda-feira divulgou a sua apreciação das «linhas estratégicas da reforma da Segurança Social». As medidas anunciadas pelo Governo foram relacionadas com a sustentabilidade do sistema público de Segurança Social, mas a central considera que esta é «uma lógica redutora que pode ter feitos perversos» e frisa que «não é aceitável relacionar a redução de direitos com a sustentabilidade».
A proposta do Governo, acusa a CGTP-IN, provocaria «uma mudança profunda na Segurança Social, ao arrepio de declarações anteriores do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, no sentido de reajustamentos graduais do sistema, já que o principal problema resulta da difícil situação económica e não do funcionamento do sistema».
Condenando a insegurança e o alarmismo que a mudança constante de normas importantes do sistema cria na população (apenas cinco anos depois de o Governo ter firmado o Acordo de Modernização da Protecção Social, que então permitiu afirmar que a sustentabilidade estava assegurada durante um longo período, mas que ainda nem está posto em prática), a Inter sublinha que «ligar as pensões à esperança média de vida é totalmente inaceitável»e antevê, por tal via, «uma redução do nível de Segurança Social ou um aumento da idade de reforma», que até agora o ministro da tutela desmentia.

Ac­ções mar­cadas

Concentração às 15 horas, junto ao edifício da Segurança Social (Rotunda de Entrecampos), em Lisboa (iniciativa conjunta das uniões de sindicatos de Lisboa e Setúbal)
Concentração às 15 horas, na Praça da Batalha, no Porto

Con­cen­tra­ções

Às15 horas, na Praça Velha, em Angra do He­roísmo; às15 horas, junto ao edifício da Segurança Social, em Aveiro; às 14.30 horas, na Praça da República, em Beja; às15 horas, junto ao edifício da Segurança Social, em Braga; às 10 e às 17 horas, no Largo dos Correios, em Bra­gança; às 16.30 horas, no Largo da Sé, em Cas­telo Branco; às15.30 horas, junto ao edifício da Segurança Social, em Coimbra; às14 horas, na Praça do Giraldo, em Évora; às16 horas, junto à Praça Alexandre Herculano, em Faro; às 15.30 horas, na Praça do Carmo, no Fun­chal; às 15 horas, junto à praça de táxis, frente à Misericórdia, na Guarda; às 15 horas, frente à sede da US de Leiria, junto à delegação do Ministério do Trabalho; às 10 horas, em Elvas, e às 18 horas, no Largo Luís de Camões, em Por­ta­legre; às 15 horas, no Parque Sá da Bandeira, em San­tarém; às 10 horas, no Jardim D. Fernando, em Viana do Cas­telo; às 15 horas, no Rossio, em Viseu.

Ple­ná­rios

Às14.30 horas, na Horta, com saída à rua; às 14.30 horas, em Ponta Del­gada, com saída à rua; às 14.30 horas, na sede da US Vila Real, com saída à rua.


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