Timor-Leste, independência e dignidade
Timor-Leste tem petróleo e situa-se numa região estratégica
A caminhada dos trabalhadores para a sua emancipação do jugo do capital é um processo irregular e acidentado que comporta avanços e recuos, vitórias e derrotas. Processo que se revelou bem mais complexo, difícil e prolongado do que imaginado quando o movimento comunista vivia tempos de conquistas e avanços revolucionários que se consideraram irreversíveis. Processo que pode ser interrompido e invertido mas nunca liquidado.
Todos os dias nos chegam testemunhos de que, apesar da desfavorável correlação de forças resultante das derrotas do socialismo e da violenta ofensiva com que o capitalismo procura saída para as suas insanáveis contradições, é possível resistir, lutar e vencer. Eles chegam-nos nomeadamente da América Latina com Cuba socialista e a Venezuela bolivariana, e as esperanças que renascem na Bolívia. Eles chegam-nos da Ásia com a extraordinária vitória da insurreição no Nepal e os magníficos avanços dos comunistas na Índia com o triunfo eleitoral nos Estados de Kerala e Bengala Ocidental. Eles chegam-nos do Médio Oriente com a forte resistência à ocupação no Afeganistão, no Iraque e na Palestina, e mesmo do Egipto, o principal país do mundo árabe e, após a derrota do «nasserismo», o grande pilar da estratégia do imperialismo norte-americano na região. Eles chegam-nos também desta Europa onde, contra a ideologia dominante da colaboração de classes, despontam importantes lutas populares.
Mas é sobre a evolução de Timor-Leste que se impõe uma anotação. Trata-se de um processo que tem muito de específico e original, como o tem qualquer genuíno processo libertador assente na participação criadora das massas. Mas que por isso mesmo comporta experiências e ensinamentos de valor universal que é oportuno sublinhar no momento em que a Fretilin acaba de realizar com sucesso o seu 2º Congresso, derrotando assim no imediato quantos, no país e no estrangeiro, manobraram e conspiraram para descredibilizar e dividir esta grande força política, desautorizar a sua Direcção, enfraquecer o legítimo governo timorense.
Timor-Leste constitui um belo exemplo de como um povo, mesmo nas condições mais adversas, é capaz de encontrar o seu próprio caminho libertador, construir a sua própria vanguarda revolucionária, alcançar grandes vitórias. A história do povo timorense das últimas décadas é particularmente acidentada. Colonização e ocupação estrangeira; proclamação da independência pela Fretilin e massacre indonésio-americano em Novembro de 1975; longos anos de isolamento internacional e de resistência armada com as Falantil; luta de massas e massacre do cemitério de Santa Cruz; reconhecimento internacional da «questão timorense» e liberdade vigiada; vitória massiva no referendo sobre a independência e operações de terror e massacre das «milícias indonésias»; proclamação da independência; eleições e vitória da Fretilin; governo soberano ... um processo em que o povo timorense afirma perante o mundo, com uma dignidade e um patriotismo exemplares, a firme determinação de construir o seu próprio destino.
Mas Timor-Leste tem petróleo e situa-se numa região estratégica e uma coisa e outra são cobiçadas pelo imperialismo, além de que a sua afirmação de independência lhe é intolerável. O que queria era ver o povo timorense rendido à exploração desenfreada das multinacionais e agradecido da pérfida «caridade» tipo «Life Aid» e «Marcha mundial contra a fome». Daí que, do paternalismo neocolonialista à ameaça de desembarque militar tudo tenha sido já usado contra Timor independente e que seja de prever a continuação das operações de pressão e desestabilização, nomeadamente em torno das eleições de 2007.
Temos pois de continuar atentos e solidários. O PCP, o único partido português que, tanto nas horas boas como nas horas más, esteve sempre ao lado do povo timorense, foi também o único que levou ao 2º Congresso da Fretilin a expressão da sua solidariedade. Porque é o único realmente patriótico e internacionalista e assim continuará a ser no futuro.
Todos os dias nos chegam testemunhos de que, apesar da desfavorável correlação de forças resultante das derrotas do socialismo e da violenta ofensiva com que o capitalismo procura saída para as suas insanáveis contradições, é possível resistir, lutar e vencer. Eles chegam-nos nomeadamente da América Latina com Cuba socialista e a Venezuela bolivariana, e as esperanças que renascem na Bolívia. Eles chegam-nos da Ásia com a extraordinária vitória da insurreição no Nepal e os magníficos avanços dos comunistas na Índia com o triunfo eleitoral nos Estados de Kerala e Bengala Ocidental. Eles chegam-nos do Médio Oriente com a forte resistência à ocupação no Afeganistão, no Iraque e na Palestina, e mesmo do Egipto, o principal país do mundo árabe e, após a derrota do «nasserismo», o grande pilar da estratégia do imperialismo norte-americano na região. Eles chegam-nos também desta Europa onde, contra a ideologia dominante da colaboração de classes, despontam importantes lutas populares.
Mas é sobre a evolução de Timor-Leste que se impõe uma anotação. Trata-se de um processo que tem muito de específico e original, como o tem qualquer genuíno processo libertador assente na participação criadora das massas. Mas que por isso mesmo comporta experiências e ensinamentos de valor universal que é oportuno sublinhar no momento em que a Fretilin acaba de realizar com sucesso o seu 2º Congresso, derrotando assim no imediato quantos, no país e no estrangeiro, manobraram e conspiraram para descredibilizar e dividir esta grande força política, desautorizar a sua Direcção, enfraquecer o legítimo governo timorense.
Timor-Leste constitui um belo exemplo de como um povo, mesmo nas condições mais adversas, é capaz de encontrar o seu próprio caminho libertador, construir a sua própria vanguarda revolucionária, alcançar grandes vitórias. A história do povo timorense das últimas décadas é particularmente acidentada. Colonização e ocupação estrangeira; proclamação da independência pela Fretilin e massacre indonésio-americano em Novembro de 1975; longos anos de isolamento internacional e de resistência armada com as Falantil; luta de massas e massacre do cemitério de Santa Cruz; reconhecimento internacional da «questão timorense» e liberdade vigiada; vitória massiva no referendo sobre a independência e operações de terror e massacre das «milícias indonésias»; proclamação da independência; eleições e vitória da Fretilin; governo soberano ... um processo em que o povo timorense afirma perante o mundo, com uma dignidade e um patriotismo exemplares, a firme determinação de construir o seu próprio destino.
Mas Timor-Leste tem petróleo e situa-se numa região estratégica e uma coisa e outra são cobiçadas pelo imperialismo, além de que a sua afirmação de independência lhe é intolerável. O que queria era ver o povo timorense rendido à exploração desenfreada das multinacionais e agradecido da pérfida «caridade» tipo «Life Aid» e «Marcha mundial contra a fome». Daí que, do paternalismo neocolonialista à ameaça de desembarque militar tudo tenha sido já usado contra Timor independente e que seja de prever a continuação das operações de pressão e desestabilização, nomeadamente em torno das eleições de 2007.
Temos pois de continuar atentos e solidários. O PCP, o único partido português que, tanto nas horas boas como nas horas más, esteve sempre ao lado do povo timorense, foi também o único que levou ao 2º Congresso da Fretilin a expressão da sua solidariedade. Porque é o único realmente patriótico e internacionalista e assim continuará a ser no futuro.