Uma visita à RP da China
Escrevo este texto no final de uma visita à República Popular da China que realizei integrada numa delegação do Grupo da Esquerda Unitária Europeia de que fazem parte os deputados comunistas no Parlamento Europeu.
Para mim e outros deputados do PE, que estiveram pela primeira vez na China, foi uma visita inesquecível que ultrapassou todas as expectativas, apesar de se limitar a uma semana e incluir apenas três zonas: Pequim, com mais de 12 milhões de habitantes; Xangai, com cerca de 14 milhões de habitantes permanentes e mais de três milhões temporários e Chongqing, com cerca de 31,5 milhões de habitantes, na zona montanhosa e rural central. As três municipalidades têm em comum serem directamente administradas pelo Governo central, o que não acontece nas 23 províncias, cinco regiões autónomas e duas regiões administrativas especiais (Macau e Hong Kong) em que se subdivide administrativamente a República Popular da China, além das quatro cidades administradas pelo governo central, de que visitámos as três acima referidas
Já sabia que a República Popular da China é o terceiro maior país do mundo e o mais populoso do planeta, com mais de 1300 milhões de habitantes, ocupando uma parte considerável da Ásia oriental. Mas atravessar partes significativas do seu território em deslocações de avião que demoraram sempre mais de duas horas, percorrer ruas modernas de Pequim ou Xangai idênticas a Paris, Londres ou Nova Iorque, no meio de multidões que impressionavam pela simpatia e civismo, com um tráfico imenso de automóveis a que ainda se juntam muitas bicicletas, em corredores próprios nas largas e longas avenidas, sobretudo em Pequim, mergulhar na beleza e deslumbramento da sua cultura ancestral, visitar centros populares de cultura e desporto, dançar com milhares de pessoas na praça central de Chonquing, num fim de tarde e visitar recentes e diversificados projectos privados de turismo rural, nas montanhas, para as diversas possibilidades financeiras das famílias, visualizar o planeamento urbanístico de uma Xangai moderna, utilizando as tecnologias audiovisuais e simuladores do que existe de mais avançado, foi uma experiência que ultrapassou toda a minha imaginação sobre a China e o que ali se passa actualmente.
É claro que as expectativas eram muitas também relativamente ao pensamento e à prática política, à evolução dos direitos sociais, dos trabalhadores, dos jovens, das mulheres, das populações rurais, dos milhões de migrantes da China profunda para as zonas urbanas em rápido crescimento. Foram temas de informação e debate nas diversas
reuniões realizadas aos diversos níveis, seja do Partido Comunista Chinês, seja das municipalidades, distritos e bairros das três zonas que visitámos, seja com jovens e professores numa universidade em Pequim, com dirigentes sindicais da República Popular da China, com responsáveis de uma fábrica têxtil no interior, com famílias cujas casas visitámos em Chongquing e Xangai, permitiram verificar que há avanços notáveis no crescimento económico, cujas taxas anuais estão a ultrapassar os 9%, que está a melhorar o sistema de cobertura da segurança social, que os trabalhadores têm muito mais direitos do que aqui se diz, incluindo no horário de trabalho de 40 horas semanais, distribuídas por cinco dias da semana, que a pobreza foi substancialmente reduzida, designadamente nas zonas do interior onde prossegue um ritmo impressionante de construção de habitações, infra-estruturas e equipamentos diversos. No entanto, são ainda bem visíveis as desigualdades entre uma Xangai ultra-moderna, cujo investimento em investigação ultrapassa os 2,3% do PIB - enquanto em Portugal mal chega aos 0,8% e na média da União Europeia aos1,9% - com zonas do interior da República Popular da China ou bairros menos centrais da própria cidade, com as pressões e preocupações que se mantém relativamente aos milhões de pessoas que se querem fixar e trabalhar nos grandes centros urbanos em crescimento acelerado..
Claro que no momento em que o Presidente da República Popular da China visitava os EUA, a política internacional esteve também sempre presente nos nossos diálogos, algumas vezes sem o aprofundamento desejado, mas com a certeza de que os seus dirigentes, que lutam pelo reconhecimento de uma só China (em relação ao qual receberam o apoio do nosso Grupo), querem reforçar a cooperação e o diálogo com todos os povos, acreditando que o desenvolvimento é essencial para o seu país e para a paz no mundo. A nossa visita vai permitir, estou certa, reforçar esta componente do diálogo entre a República Popular da China e o Parlamento Europeu visando a resolução de problemas existentes.
Para mim e outros deputados do PE, que estiveram pela primeira vez na China, foi uma visita inesquecível que ultrapassou todas as expectativas, apesar de se limitar a uma semana e incluir apenas três zonas: Pequim, com mais de 12 milhões de habitantes; Xangai, com cerca de 14 milhões de habitantes permanentes e mais de três milhões temporários e Chongqing, com cerca de 31,5 milhões de habitantes, na zona montanhosa e rural central. As três municipalidades têm em comum serem directamente administradas pelo Governo central, o que não acontece nas 23 províncias, cinco regiões autónomas e duas regiões administrativas especiais (Macau e Hong Kong) em que se subdivide administrativamente a República Popular da China, além das quatro cidades administradas pelo governo central, de que visitámos as três acima referidas
Já sabia que a República Popular da China é o terceiro maior país do mundo e o mais populoso do planeta, com mais de 1300 milhões de habitantes, ocupando uma parte considerável da Ásia oriental. Mas atravessar partes significativas do seu território em deslocações de avião que demoraram sempre mais de duas horas, percorrer ruas modernas de Pequim ou Xangai idênticas a Paris, Londres ou Nova Iorque, no meio de multidões que impressionavam pela simpatia e civismo, com um tráfico imenso de automóveis a que ainda se juntam muitas bicicletas, em corredores próprios nas largas e longas avenidas, sobretudo em Pequim, mergulhar na beleza e deslumbramento da sua cultura ancestral, visitar centros populares de cultura e desporto, dançar com milhares de pessoas na praça central de Chonquing, num fim de tarde e visitar recentes e diversificados projectos privados de turismo rural, nas montanhas, para as diversas possibilidades financeiras das famílias, visualizar o planeamento urbanístico de uma Xangai moderna, utilizando as tecnologias audiovisuais e simuladores do que existe de mais avançado, foi uma experiência que ultrapassou toda a minha imaginação sobre a China e o que ali se passa actualmente.
É claro que as expectativas eram muitas também relativamente ao pensamento e à prática política, à evolução dos direitos sociais, dos trabalhadores, dos jovens, das mulheres, das populações rurais, dos milhões de migrantes da China profunda para as zonas urbanas em rápido crescimento. Foram temas de informação e debate nas diversas
reuniões realizadas aos diversos níveis, seja do Partido Comunista Chinês, seja das municipalidades, distritos e bairros das três zonas que visitámos, seja com jovens e professores numa universidade em Pequim, com dirigentes sindicais da República Popular da China, com responsáveis de uma fábrica têxtil no interior, com famílias cujas casas visitámos em Chongquing e Xangai, permitiram verificar que há avanços notáveis no crescimento económico, cujas taxas anuais estão a ultrapassar os 9%, que está a melhorar o sistema de cobertura da segurança social, que os trabalhadores têm muito mais direitos do que aqui se diz, incluindo no horário de trabalho de 40 horas semanais, distribuídas por cinco dias da semana, que a pobreza foi substancialmente reduzida, designadamente nas zonas do interior onde prossegue um ritmo impressionante de construção de habitações, infra-estruturas e equipamentos diversos. No entanto, são ainda bem visíveis as desigualdades entre uma Xangai ultra-moderna, cujo investimento em investigação ultrapassa os 2,3% do PIB - enquanto em Portugal mal chega aos 0,8% e na média da União Europeia aos1,9% - com zonas do interior da República Popular da China ou bairros menos centrais da própria cidade, com as pressões e preocupações que se mantém relativamente aos milhões de pessoas que se querem fixar e trabalhar nos grandes centros urbanos em crescimento acelerado..
Claro que no momento em que o Presidente da República Popular da China visitava os EUA, a política internacional esteve também sempre presente nos nossos diálogos, algumas vezes sem o aprofundamento desejado, mas com a certeza de que os seus dirigentes, que lutam pelo reconhecimento de uma só China (em relação ao qual receberam o apoio do nosso Grupo), querem reforçar a cooperação e o diálogo com todos os povos, acreditando que o desenvolvimento é essencial para o seu país e para a paz no mundo. A nossa visita vai permitir, estou certa, reforçar esta componente do diálogo entre a República Popular da China e o Parlamento Europeu visando a resolução de problemas existentes.