A miragem e os encómios
Há um mês, na festa de aniversário do Governo, depois da recorrente entrada em cena ao som do «gladiador»(!), e perante os seus «notáveis», arregimentados na configuração «novas fronteiras», Sócrates arengou largamente sobre as enormes qualidades e bravos feitos do seu governo, e de tal forma adornou a realidade que ele próprio se sentiu obrigado a relativizar a gabarolice, esclarecendo que não estava a ressuscitar a «teoria do oásis», isto é, reconhecendo implicitamente que a sua delirante apologética era pouco mais que uma miragem, factualmente imaterial.
Mas a verdade é que estamos confrontados com essa artificiosa miragem. Dizem-se nos media dominantes resmas de laudatória e «palettes» de encómios sobre este Governo, quando a realidade são as medidas radicalmente adversas dos direitos e aspirações dos trabalhadores e da grande massa do povo e a continuidade e agravamento das políticas mais negativas dos governos da direita sem disfarce – que hoje não poderiam arrogar-se a um ataque tão execrável ao regime democrático e em tão evidente benefício dos grandes interesses.
Reconheça-se ao Governo PS/Sócrates a eficiência da sua discretíssima «central de comunicação», na produção de Sócrates «herói da BD», «reformador», «determinado» e «líder corajoso», na encenação da «agenda espectáculo» e das mesmas 333 medidas, coreografadas ora em ritmo anti burocracia, ora em harmonia «PRACE», ora em melodia «empresa na hora», escamoteando que a «confiança» é só para o grande capital, que o investimento cai, que o défice não descola, que a economia continua estagnada e que são sempre os mesmos a pagar a concentração da riqueza.
E é ver os grandes senhores do dinheiro feitos louvaminheiros deste Governo, depois de Belmiro, é o Van Zeller da CIP a identificar-se com a «boa surpresa» para os «interesses das empresas», o «trajecto certo» e a «autoridade» do P. Ministro; os conselheiros de Cavaco Silva, Manuela F. Leite a enaltecer as «medidas de sentido correcto» e Marcelo R. Sousa a atribuir-lhe a nota de Bom; Mª. José N. Pinto do CDS-PP a babar-se de tanto panegírico, as «medidas que devíamos ter tomado», «só um PS desta geração podia governar assim», a «liderança eficaz», «um espanto»; e até o indizível Luís Delgado, «dezenas de medidas governamentais são de centro direita e de direita – isso mostra o génio»!
Já não é tempo de miragens. É preciso ver quem são os seus amigos e encomiastas e avisar toda a gente de quem é (e do que pretende) o Governo PS/Sócrates.
Mas a verdade é que estamos confrontados com essa artificiosa miragem. Dizem-se nos media dominantes resmas de laudatória e «palettes» de encómios sobre este Governo, quando a realidade são as medidas radicalmente adversas dos direitos e aspirações dos trabalhadores e da grande massa do povo e a continuidade e agravamento das políticas mais negativas dos governos da direita sem disfarce – que hoje não poderiam arrogar-se a um ataque tão execrável ao regime democrático e em tão evidente benefício dos grandes interesses.
Reconheça-se ao Governo PS/Sócrates a eficiência da sua discretíssima «central de comunicação», na produção de Sócrates «herói da BD», «reformador», «determinado» e «líder corajoso», na encenação da «agenda espectáculo» e das mesmas 333 medidas, coreografadas ora em ritmo anti burocracia, ora em harmonia «PRACE», ora em melodia «empresa na hora», escamoteando que a «confiança» é só para o grande capital, que o investimento cai, que o défice não descola, que a economia continua estagnada e que são sempre os mesmos a pagar a concentração da riqueza.
E é ver os grandes senhores do dinheiro feitos louvaminheiros deste Governo, depois de Belmiro, é o Van Zeller da CIP a identificar-se com a «boa surpresa» para os «interesses das empresas», o «trajecto certo» e a «autoridade» do P. Ministro; os conselheiros de Cavaco Silva, Manuela F. Leite a enaltecer as «medidas de sentido correcto» e Marcelo R. Sousa a atribuir-lhe a nota de Bom; Mª. José N. Pinto do CDS-PP a babar-se de tanto panegírico, as «medidas que devíamos ter tomado», «só um PS desta geração podia governar assim», a «liderança eficaz», «um espanto»; e até o indizível Luís Delgado, «dezenas de medidas governamentais são de centro direita e de direita – isso mostra o génio»!
Já não é tempo de miragens. É preciso ver quem são os seus amigos e encomiastas e avisar toda a gente de quem é (e do que pretende) o Governo PS/Sócrates.