RPD da Coreia exige compensações

EUA com dívida nuclear

A RPDC acusou, segunda-feira, os EUA de não terem levado à prática nenhum dos pontos acordados no final da quarta ronda negocial sobre a proliferação nuclear na península coreana, a qual decorreu, no final do ano passado, na capital chinesa, Pequim.
Para além disso, Pyongyang reclama compensações de Washington por danos causados na sequência do cancelamento dos projectos de construção de reactores destinados à produção de energia.
Os norte-coreanos recordam que, em 1994, nos encontros de Genebra, os dois países estabeleceram um compromisso onde se previa o arranque da construção de infra-estruturas nucleares para fins pacíficos, obra que ficou a cargo da KEDO, organização subsidiada pela UE, EUA, Japão e Coreia do Sul.
Em 2002, a KEDO suspendeu definitivamente os trabalhos em curso cedendo às pressões exercidas pela administração Bush, que insiste em considerar a RPDC como um dos países do «eixo do mal» e um alvo potencial para um ataque nuclear «preventivo», isto apesar do suposto entendimento sobre a necessidade de produção de energia pelo país asiático.

Japão tem que reconhecer crimes

Acrescente-se que o governo coreano pretende do seu congénere japonês um sincero pedido de desculpas pelos crimes cometidos contra o povo durante a II Grande Guerra Mundial.
É uma questão de «responsabilidade histórica», afirma Pyongyang. Da mesma forma que a Alemanha foi obrigada a pedir perdão e indemnizar os sobreviventes dos crimes cometidos pelo nazi-fascismo, também o Japão tem que fazer o mesmo, insiste a RPD da Coreia, que acusa Tóquio de querer branquear o sucedido.
Estima-se que na Coreia tenham perdido a vida mais de um milhão de civis durante o conflito, isto para além dos cerca de nove milhões de pessoas que foram sujeitas a trabalhos forçados nos campos de concentração, e as 200 mil mulheres usadas pelos nipónicos como escravas sexuais.


Mais artigos de: Internacional

Direita derrotada no Chile

Michelle Bachelet venceu, domingo, as eleições presidências no Chile. Os comunistas apelaram ao voto na candidata, mas exigem o cumprimento das mudanças democráticas.

Atolados no Iraque e Afeganistão

Com o início de 2006, o exército norte-americano enfrenta o endurecimento da resistência no Iraque e no Afeganistão contra a presença estrangeira nos respectivos territórios.Desde sábado, na província de Kandahar, já morreram mais de uma vintena de pessoas e um número indefinido de outras ficaram feridas em resultado de...

CIA mata 18 civis

Milhares de paquistaneses manifestaram-se, em Islamabad, capital do país, contra o ataque perpetrado pelos norte-americanos numa aldeia fronteiriça junto ao vizinho Afeganistão.O bombardeamento aéreo, supostamente levado a cabo por operacionais da CIA, ocorreu na sexta-feira da semana passada vitimando 18 civis, entre os...

Ocupação gera revolta

Dezenas de pessoas atacaram, sexta-feira da semana passada, um tanque da missão das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) que patrulhava uma zona de fronteira com a vizinha República Dominicana.Do incidente não resultaram quaisquer vítimas mortais ou feridos, mas testemunhos indicam que os manifestantes permanecem no local...

PCP recebe PCE

Uma delegação do Partido Comunista de Espanha (PCE) composta pelos Camaradas Jose Luís Centella, Secretário das Relações Internacionais, Francisco Martínez, Secretario de Finanças e Director da Festa do Mundo Obrero e acompanhada por um jornalista do Mundo Obrero, deslocou-se no passado dia 12 de Janeiro a Lisboa para...

«Vergonha!»

O Conselho da Europa prepara-se para aprovar um documento no qual condena os supostos «crimes» do comunismo e algumas das mais importantes experiências e conquistas da humanidade.