«Roteiro» da paz contestado
Três palestinianos mataram quatro soldados israelitas, no domingo, num posto de controlo na Faixa de Gaza. A acção foi reivindicada em comunicado conjunto do Hamas, Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa e Jihad Islâmica, um facto inédito que é visto como um desafio ao primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Na cimeira da semana passada com Ariel Sharon e George Bush, em Aqaba, na Jordânia, Abbas comprometeu-se a usar «todos os meios» para pôr fim à «Intifada armada». A declaração levou o Hamas a retirar-se das negociações com o primeiro-ministro palestiniano, exigindo que este se retrate.
«Hoje, o sangue dos palestinos diz que estamos unidos nas trincheiras da resistência», afirmou após o atentado o dirigente do Hamas em Gaza, Abdel Aziz Rantisi, garantindo que «a guerra contra o terrorismo de Israel vai prosseguir enquanto durar a ocupação»
No sábado já se tinham registado outros confrontos, com mortos dos dois lados, e Israel tinha voltado a isolar a Cisjordânia, cujo cerco tinha sido levantado após o encontro de Aqaba.
Ao contrário do que é habitual, desta vez o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, reagiu com prudência aos atentados, pedindo a israelitas e palestinianos para não se desviarem do «roteiro» da paz.
«Todos nós temos que trabalhar juntos para conseguir manter o terrorismo sob controle, mas, ao mesmo tempo, não deixar que o terrorismo impeça o nosso progresso», disse Powell, sublinhando que «este trágico e terrível incidente» não deve entravar o impulso das negociações da semana passada.
A reacção mais forte esteve a cabo de Condoleezza Rice, responsável pela Segurança Nacional, que intimou a «comunidade internacional» a agir contra as organizações que reivindicaram o atentado de domingo.
«Aqueles que dizem desejar a paz - falo dos vizinhos árabes - terão que agir igualmente contra o Hamas, a Jihad Islâmica e as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, disse Rice.
Os EUA, recorda-se, não costumam comentar as agressões israelitas contra os palestinianos.
Entretanto, segundo a Lusa, uma sondagem divulgada no início da semana em Telavive revela que 56 por cento dos cidadãos judeus de Israel concorda com a «separação» dos palestinianos e com a retirada da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
Segundo a sondagem, do Centro de Estudos Estratégicos da Universidade de Telavive, essa maioria está também disposta a renunciar a todos os colonatos judeus.
«Hoje, o sangue dos palestinos diz que estamos unidos nas trincheiras da resistência», afirmou após o atentado o dirigente do Hamas em Gaza, Abdel Aziz Rantisi, garantindo que «a guerra contra o terrorismo de Israel vai prosseguir enquanto durar a ocupação»
No sábado já se tinham registado outros confrontos, com mortos dos dois lados, e Israel tinha voltado a isolar a Cisjordânia, cujo cerco tinha sido levantado após o encontro de Aqaba.
Ao contrário do que é habitual, desta vez o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, reagiu com prudência aos atentados, pedindo a israelitas e palestinianos para não se desviarem do «roteiro» da paz.
«Todos nós temos que trabalhar juntos para conseguir manter o terrorismo sob controle, mas, ao mesmo tempo, não deixar que o terrorismo impeça o nosso progresso», disse Powell, sublinhando que «este trágico e terrível incidente» não deve entravar o impulso das negociações da semana passada.
A reacção mais forte esteve a cabo de Condoleezza Rice, responsável pela Segurança Nacional, que intimou a «comunidade internacional» a agir contra as organizações que reivindicaram o atentado de domingo.
«Aqueles que dizem desejar a paz - falo dos vizinhos árabes - terão que agir igualmente contra o Hamas, a Jihad Islâmica e as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, disse Rice.
Os EUA, recorda-se, não costumam comentar as agressões israelitas contra os palestinianos.
Entretanto, segundo a Lusa, uma sondagem divulgada no início da semana em Telavive revela que 56 por cento dos cidadãos judeus de Israel concorda com a «separação» dos palestinianos e com a retirada da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
Segundo a sondagem, do Centro de Estudos Estratégicos da Universidade de Telavive, essa maioria está também disposta a renunciar a todos os colonatos judeus.