O anticomunismo, ideologia dos opressores
O relatório anticomunista do Conselho da Europa pretende legalizar o anticomunismo à escala supranacional
A ameaça de interdição contra a Juventude Comunista da Boémia e Morávia proferida pelo Ministro do Interior da República Checa não é uma medida isolada do contexto que hoje se vive na Europa e no mundo. Há sinais evidentes de que o capital está ansioso por liquidar princípios e direitos democráticos começando por atacar as forças que mais consequentemente lhe fazem frente e resistem à exploração capitalista. Na Polónia as contas de organizações comunistas foram congeladas e na Estónia o partido comunista foi ilegalizado no preciso momento em que no Báltico prolifera o racismo de estado. Na Alemanha intensifica-se a perseguição ideológica oficial contra os comunistas e as organizações antifascistas visando desacreditá-las como «extremistas». Em Portugal um objectivo fundamental das leis dos partidos é limitar a liberdade do funcionamento interno do PCP, ingerir-se na sua vida interna.Em Estrasburgo o relatório anticomunista do Conselho da Europa pretende legalizar o anticomunismo à escala supranacional.
Para o capital e as forças que o servem, a democracia só deve permitir a existência de partidos que reconheçam o direito eterno à exploração dos trabalhadores e dos povos. Hitler, Salazar, Suharto, Mobutu, Pinochet, Videla, e tantos outros ditadores, demonstraram já muito claramente que o anticomunismo é componente fundamental da ideologia dos opressores. Por isso, os ataques contra os direitos e princípios democráticos começam em geral com o anticomunismo. Desde há alguns anos que o imperialismo está a tentar rever a História negando o papel dos comunistas na luta contra o regime hitleriano e outras ditaduras terroristas, e escondendo as responsabilidades do grande capital na instauração do fascismo na Europa e no mundo. O objectivo é apagar da memória dos povos o papel libertador dos comunistas e criar condições para a intensificação do revanchismo e a instauração de regimes e governos autoritários e repressivos.
A recente viagem da nova chanceler da Alemanha à Polónia foi marcada pela proposta da criação de um monumento aos deslocados da Europa do leste na sequência da derrota de Hitler. O novo governo alemão, à semelhança de Bush, insiste que as regiões do Báltico, os Sudetas e a Silésia foram «vítimas» da libertação encobrindo as responsabilidades do nazismo no desencadeamento de uma guerra mortífera para submeter e escravizar os estados e os povos da Europa. Simultaneamente, o Ministro alemão do Interior, Wolfgang Schäuble, faz declarações destinadas a legitimar a prática criminosa da tortura e a necessidade da utilização das Forças Armadas em operações de policiamento interno. Na França o estado de emergência é prolongado e mantido indefinidamente enquanto na Itália de Berlusconi, já aconteceu jogadores de futebol despedirem-se dos espectadores fazendo a suadação fascista.
A cumplicidade dos Governos da União Europeia no alastrar da tortura, nas detenções ilegais de acusados e na negação dos direitos jurídicos de defesa assim como a multiplicação de medidas repressivas estão a conduzir à liquidação dos chamados princípios do «Estado de Direito» que o capital tanto gosta de invocar quando se trata de «legitimar» a exploração e os ataques contra os direitos fundamentais dos trabalhadores.
O genocídio económico e social dos povos e dos estados oprimidos pela globalização imperialista processa-se segundo a lógica de Ausschwitz. Quem não serve mais os interesses do lucro capitalista tem de ser eliminado. Não nas câmaras de gás e nos crematórios como acontecia no regime hitleriano mas destruindo-se-lhe a base material da existência através do desemprego e da miséria. O anticomunismo é a resposta dos sectores políticos mais reaccionários à intensificação da luta dos trabalhadores. Mas é também a confirmação de que no início do século XXI, os comunistas e os seus princípios continuam a ser a principal linha de defesa da civilização.
Para o capital e as forças que o servem, a democracia só deve permitir a existência de partidos que reconheçam o direito eterno à exploração dos trabalhadores e dos povos. Hitler, Salazar, Suharto, Mobutu, Pinochet, Videla, e tantos outros ditadores, demonstraram já muito claramente que o anticomunismo é componente fundamental da ideologia dos opressores. Por isso, os ataques contra os direitos e princípios democráticos começam em geral com o anticomunismo. Desde há alguns anos que o imperialismo está a tentar rever a História negando o papel dos comunistas na luta contra o regime hitleriano e outras ditaduras terroristas, e escondendo as responsabilidades do grande capital na instauração do fascismo na Europa e no mundo. O objectivo é apagar da memória dos povos o papel libertador dos comunistas e criar condições para a intensificação do revanchismo e a instauração de regimes e governos autoritários e repressivos.
A recente viagem da nova chanceler da Alemanha à Polónia foi marcada pela proposta da criação de um monumento aos deslocados da Europa do leste na sequência da derrota de Hitler. O novo governo alemão, à semelhança de Bush, insiste que as regiões do Báltico, os Sudetas e a Silésia foram «vítimas» da libertação encobrindo as responsabilidades do nazismo no desencadeamento de uma guerra mortífera para submeter e escravizar os estados e os povos da Europa. Simultaneamente, o Ministro alemão do Interior, Wolfgang Schäuble, faz declarações destinadas a legitimar a prática criminosa da tortura e a necessidade da utilização das Forças Armadas em operações de policiamento interno. Na França o estado de emergência é prolongado e mantido indefinidamente enquanto na Itália de Berlusconi, já aconteceu jogadores de futebol despedirem-se dos espectadores fazendo a suadação fascista.
A cumplicidade dos Governos da União Europeia no alastrar da tortura, nas detenções ilegais de acusados e na negação dos direitos jurídicos de defesa assim como a multiplicação de medidas repressivas estão a conduzir à liquidação dos chamados princípios do «Estado de Direito» que o capital tanto gosta de invocar quando se trata de «legitimar» a exploração e os ataques contra os direitos fundamentais dos trabalhadores.
O genocídio económico e social dos povos e dos estados oprimidos pela globalização imperialista processa-se segundo a lógica de Ausschwitz. Quem não serve mais os interesses do lucro capitalista tem de ser eliminado. Não nas câmaras de gás e nos crematórios como acontecia no regime hitleriano mas destruindo-se-lhe a base material da existência através do desemprego e da miséria. O anticomunismo é a resposta dos sectores políticos mais reaccionários à intensificação da luta dos trabalhadores. Mas é também a confirmação de que no início do século XXI, os comunistas e os seus princípios continuam a ser a principal linha de defesa da civilização.