Uma candidatura com horizontes largos
Dezenas de pessoas acolheram Jerónimo de Sousa, domingo, numa sessão pública realizada no salão da Associação de Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém.
«Jerónimo de Sousa tem um historial de luta que dá garantias ao povo»
Nem a tarde chuvosa e fria arrefeceu a vontade de participar na sessão pública com o candidato presidencial comunista. À entrada para o recinto, as caras ensombradas pelas caretas da intempérie transfiguravam-se esboçando o sorriso de quem encontra um camarada, um amigo a quem se aperta a mão dizendo: «Então? Isto está mau, mas cá estamos». E a conversa continuou alheando-se do tempo, acrescentando razões para ali permanecerem, juntando argumentos em que se acredita quando se continua na luta de todos os dias, com sol ou com aguaceiros, tanto faz.
O que realmente importa é que a política de direita faz entrar a crise na casa de cada um, reduz o já parco orçamento familiar e agrava as condições de vida independentemente das previsões ditadas pela meteorologia.
Em passo decidido, com determinação e confiança, como afirma o lema da nossa campanha, chega o candidato. Antes de explicar porque é que concorre à presidência da república foi visitar as instalações dos bombeiros – explicaram-nos depois - e aproveitou para dar uma vista de olhos ao Festival de Natação que ali decorre no âmbito do 74.º aniversário daquela corporação.
«Vamos entrando camaradas», ouviu-se ao fundo do corredor de acesso à sala que já se apinhava de gente. Vamos embora – acrescentamos nós – está na hora de explicar porque é que as restantes candidaturas trazem água no bico.
Afirmar a diferença
A abrir a sessão, coube a Maria do Carmo Tavares, mandatária concelhia da candidatura de Jerónimo de Sousa, destacar a importância das eleições do próximo dia 22 de Janeiro.
«Os vários presidentes têm desfigurado a democracia conquistada com Abril», por isso, disse ainda, do resultado ditado pelas urnas «pode sair um impulso para a mudança de política»,.
A exigência de uma outra política é um combate travado ao longo dos últimos 28 anos por milhares de trabalhadores. Também aqui os comunistas marcam a diferença. Estiveram sempre na vanguarda das reivindicações populares e o candidato que agora apresentam «tem um historial de luta que dá garantias ao povo», sublinhou a mandatária.
«Constituição é o pacto de referência»
«O povo português quer ouvir, quer ser esclarecido para depois votar», e nessa medida «interessa saber como sair da crise, mas também apurar as responsabilidades, as causas e os protagonistas» começou por dizer Jerónimo de Sousa.
O contexto é o de uma candidatura da direita que, pretendendo apresentar-se descomprometida com o passado recente, tem como objectivo ajustar contas com Abril, por isso «considerámos esta uma batalha democrática e apresentámos a nossa candidatura, apoiada pelo PCP, mas que hoje tem objectivos muito mais largos».
Objectivos que, explicou o candidato comunista, passam por «propor uma ruptura com esta política» com a certeza de que «quanto mais se alargar essa torrente de esquerda, mais fácil será no futuro mudar».
Quando muitos propõem pactos de regime, o secretário-geral do PCP considerou que «a Constituição da República é o pacto de referência». Para Jerónimo, «todos dizem que vão cumprir e fazer cumprir o texto fundamental, mas esquecem-se que a Constituição não é um documento neutro, não garante apenas os direitos, liberdades e garantias, mas define a democracia económica, cultural e social, e aprofunda a democracia participativa».
A privatização do sector público do Estado e os ataques aos direitos dos trabalhadores foram exemplos referidos pelo candidato para demonstrar o comprometimento dos restantes candidatos com o actual rumo político, e assim, reafirmou Jerónimo, «somos a única candidatura que pode levantar a bandeira da esperança porque somos os únicos que não estamos comprometidos com esta política», concluiu.
O que realmente importa é que a política de direita faz entrar a crise na casa de cada um, reduz o já parco orçamento familiar e agrava as condições de vida independentemente das previsões ditadas pela meteorologia.
Em passo decidido, com determinação e confiança, como afirma o lema da nossa campanha, chega o candidato. Antes de explicar porque é que concorre à presidência da república foi visitar as instalações dos bombeiros – explicaram-nos depois - e aproveitou para dar uma vista de olhos ao Festival de Natação que ali decorre no âmbito do 74.º aniversário daquela corporação.
«Vamos entrando camaradas», ouviu-se ao fundo do corredor de acesso à sala que já se apinhava de gente. Vamos embora – acrescentamos nós – está na hora de explicar porque é que as restantes candidaturas trazem água no bico.
Afirmar a diferença
A abrir a sessão, coube a Maria do Carmo Tavares, mandatária concelhia da candidatura de Jerónimo de Sousa, destacar a importância das eleições do próximo dia 22 de Janeiro.
«Os vários presidentes têm desfigurado a democracia conquistada com Abril», por isso, disse ainda, do resultado ditado pelas urnas «pode sair um impulso para a mudança de política»,.
A exigência de uma outra política é um combate travado ao longo dos últimos 28 anos por milhares de trabalhadores. Também aqui os comunistas marcam a diferença. Estiveram sempre na vanguarda das reivindicações populares e o candidato que agora apresentam «tem um historial de luta que dá garantias ao povo», sublinhou a mandatária.
«Constituição é o pacto de referência»
«O povo português quer ouvir, quer ser esclarecido para depois votar», e nessa medida «interessa saber como sair da crise, mas também apurar as responsabilidades, as causas e os protagonistas» começou por dizer Jerónimo de Sousa.
O contexto é o de uma candidatura da direita que, pretendendo apresentar-se descomprometida com o passado recente, tem como objectivo ajustar contas com Abril, por isso «considerámos esta uma batalha democrática e apresentámos a nossa candidatura, apoiada pelo PCP, mas que hoje tem objectivos muito mais largos».
Objectivos que, explicou o candidato comunista, passam por «propor uma ruptura com esta política» com a certeza de que «quanto mais se alargar essa torrente de esquerda, mais fácil será no futuro mudar».
Quando muitos propõem pactos de regime, o secretário-geral do PCP considerou que «a Constituição da República é o pacto de referência». Para Jerónimo, «todos dizem que vão cumprir e fazer cumprir o texto fundamental, mas esquecem-se que a Constituição não é um documento neutro, não garante apenas os direitos, liberdades e garantias, mas define a democracia económica, cultural e social, e aprofunda a democracia participativa».
A privatização do sector público do Estado e os ataques aos direitos dos trabalhadores foram exemplos referidos pelo candidato para demonstrar o comprometimento dos restantes candidatos com o actual rumo político, e assim, reafirmou Jerónimo, «somos a única candidatura que pode levantar a bandeira da esperança porque somos os únicos que não estamos comprometidos com esta política», concluiu.