Chover no molhado
As eleições autárquicas já passaram. E, como é de costume, os fazedores de opinião e os jornais do capital onde escrevem, as tevês onde, muito «independentemente» ditam a moda, sempre com sabor a política de direita apesar das diferentes cores que os engalanam, já falam de outra coisa. Orçamento do Estado, gripe das aves, terramotos, furacões em dissipação. As autárquicas foram chão que deu uvas.
É que, de facto, deram uvas, das boas, com a vitória da CDU que foi a única força – não é demais repeti-lo porque não há mais ninguém que o faça – que registou aumentos significativos e importantes. Se tais comentadores arrastassem o comentário, estariam certamente a falar ainda de outros «independentes», os filhos dilectos do sistema caciquista que impera por aí fora, apadrinhado pelos partidos da política de direita, por mais de «esquerda» que se queiram apresentar. Estes «independentes», arguidos em processos com graves acusações, medraram à sombra de tais partidos que os promoveram e de que retiraram certamente benefícios até ao momento em que...
Mas, arriscando-nos a «chover no molhado», é de referir, uma vez mais, a postura que arvoraram os partidos bipolares e as suas muletas coxas. Ninguém perdeu as eleições. O PP, escondido nas coligações encabeçadas pelo PSD, não foi arrasado. O PS, que ficou muito aquém do apostado e recuou abaixo dos números que puseram Guterres em fuga, também não perdeu e Sócrates faz o favor de não se demitir e de, arrogante, apresentar um Orçamento do Estado que, se não fora a maioria absoluta que detém, veria certamente o PSD a ajudar a aprovar, com uma abstençãozinha. O PSD, que também recuou e só quase embandeira em Lisboa, beneficiando pelo menos da desastrada candidatura do PS, não ganhou para reforçar a oposição. E o inefável BE dá verdadeiros saltos mortais para justificar a sua quase ausência nas câmaras do País e esconder o recuo sofrido em Salvaterra.
Mas de uma coisa podemos estar certos, neste momento em que ainda se pode contar com a mesma lei para formar executivos e distribuir pelouros. É que a «esquerda» personificada pelo PS e pela sua muleta bloquista, não está para trabalhos. Vai fazer oposição renhida. Eles o prometeram já. Querem lá saber das populações que os não elegeram maioritariamente. Depois de conduzidos ao colo pela comunicação social ao serviço, de espalharem (caso do PS) figuras gradas do aparelho para decorar as candidaturas, como aconteceu mais uma vez em Setúbal, com António Vitorino a alindar uma candidatura pobre – como nas anteriores eleições Jorge Coelho fora decorar o cartaz candidatando-se à Assembleia Municipal onde nunca pôs os cotos, agora amuam e voltam as costas ao trabalho. Vamos ter por aí oposição que ferve!
É que, de facto, deram uvas, das boas, com a vitória da CDU que foi a única força – não é demais repeti-lo porque não há mais ninguém que o faça – que registou aumentos significativos e importantes. Se tais comentadores arrastassem o comentário, estariam certamente a falar ainda de outros «independentes», os filhos dilectos do sistema caciquista que impera por aí fora, apadrinhado pelos partidos da política de direita, por mais de «esquerda» que se queiram apresentar. Estes «independentes», arguidos em processos com graves acusações, medraram à sombra de tais partidos que os promoveram e de que retiraram certamente benefícios até ao momento em que...
Mas, arriscando-nos a «chover no molhado», é de referir, uma vez mais, a postura que arvoraram os partidos bipolares e as suas muletas coxas. Ninguém perdeu as eleições. O PP, escondido nas coligações encabeçadas pelo PSD, não foi arrasado. O PS, que ficou muito aquém do apostado e recuou abaixo dos números que puseram Guterres em fuga, também não perdeu e Sócrates faz o favor de não se demitir e de, arrogante, apresentar um Orçamento do Estado que, se não fora a maioria absoluta que detém, veria certamente o PSD a ajudar a aprovar, com uma abstençãozinha. O PSD, que também recuou e só quase embandeira em Lisboa, beneficiando pelo menos da desastrada candidatura do PS, não ganhou para reforçar a oposição. E o inefável BE dá verdadeiros saltos mortais para justificar a sua quase ausência nas câmaras do País e esconder o recuo sofrido em Salvaterra.
Mas de uma coisa podemos estar certos, neste momento em que ainda se pode contar com a mesma lei para formar executivos e distribuir pelouros. É que a «esquerda» personificada pelo PS e pela sua muleta bloquista, não está para trabalhos. Vai fazer oposição renhida. Eles o prometeram já. Querem lá saber das populações que os não elegeram maioritariamente. Depois de conduzidos ao colo pela comunicação social ao serviço, de espalharem (caso do PS) figuras gradas do aparelho para decorar as candidaturas, como aconteceu mais uma vez em Setúbal, com António Vitorino a alindar uma candidatura pobre – como nas anteriores eleições Jorge Coelho fora decorar o cartaz candidatando-se à Assembleia Municipal onde nunca pôs os cotos, agora amuam e voltam as costas ao trabalho. Vamos ter por aí oposição que ferve!