Caso Parmalat

Condenações leves

Resultado de um acordo entre as autoridades judiciais e a defesa, dez antigos dirigentes do grupo italiano Parmalat e um advogado foram considerados culpados de vários crimes, entre os quais, de manipulação do mercado e obstrução às entidades de regulação.
O antigo director financeiro, Fausto Tonna, um dos colaboradores mais próximos do fundador do grupo, Calisto Tanzi, recebeu a pena mais pesada de dois anos e meio. Entre os outros condenados, figuram o irmão e filho do antigo patrão que foram sentenciados com penas de um ano e 11 meses cada.
Contudo, apesar do papel que tiveram num dos maiores escândalos financeiros conhecidos na Europa, nenhum dos condenados deverá cumprir pena atrás das grades já que a lei italiana prevê a suspensão condicional no caso de períodos inferiores a dois anos. Tonna, que ultrapassa este limite, poderá requerer o cumprimento de parte da pena em serviços sociais.
Com este acordo, os acusados evitaram a abertura de um processo em Milão, podendo no entanto ser acusados no âmbito do processo paralelo por falência fraudulenta que decorre em Parma, onde se situa a sede do grupo, no âmbito do qual foram constituídos 70 arguidos.
Todavia, o processo em Milão, centrado em infracções bolsistas, irá continuar já que Calisto Tanzi e 17 outros arguidos, bem como duas empresas de auditoria, não foram abrangidos pelo acordo.
A Parlamat entrou em colapso em 2003 quando foi descoberto um buraco nas suas contas de vários milhares de milhões de euros. Hoje, o grupo está sob administração judicial, devendo regressar à bolsa depois do Verão, após concluída a titularização da dívida estimada em 12 mil milhões de euros.


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