O passeio do Xavier
Há dias, a CDU fez aprovar na Assembleia Municipal do Barreiro uma moção de censura ao executivo camarário PS liderado por Emídio Xavier, onde as acusações são grossas e sérias: degradação galopante da situação financeira (as dívidas a terceiros de curto prazo tiveram, entre 2001 e 2004, um aumento de 418,2%, por outro lado, do empréstimo de 9.995.000€ contraído em Maio de 2002 «sobravam», em Novembro de 2004, apenas 1.848.000€, não se percebendo que investimentos foram realizados), ao ponto de, segundo a CDU, a Câmara ter esgotado os recursos necessários ao investimento para os próximos anos, incluindo obras estratégicas como o Polis, enquanto não se cumprem nem Plano de Actividades nem objectivos definidos para cada ano, chegando-se ao extremo de, por exemplo, fazer «desaparecer» 19 Programas do Plano de 2004, enquanto se operavam 11 alterações orçamentais...
E há mais: neste executivo PS da Câmara do Barreiro, o que parece não faltar são as já conhecidas «acomodações» de correligionários e amigos nos mais diversos lugares (bem remunerados, evidentemente) da autarquia.
Alcandorado à Câmara do Barreiro a custo e à custa de uma enxurrada de promessas, o PS apresenta, um mandato depois, uma mão cheia de nada.
Em quatro anos, foram «esquecidas» as piscinas prometidas, a cobertura de todos os polidesportivos, a recuperação dos parques infantis «logo no 1.º ano de mandato» (passados quatro anos, boa parte deles... fechou), o desconto na água para os reformados, etc., etc., etc., tudo promessas descaradamente feitas e não cumpridas por este executivo PS.
A par disto, a miríade de grupos desportivos e associações cívicas que abundam no Barreiro viram os apoios e subvenções que recebiam, equitativamente, da Câmara Municipal serem drasticamente cortados e reduzidos, passando a imperar a arbitrariedade manipuladora nas subvenções, o mesmo acontecendo ao dinâmico e notável grupo teatral local, o «Arteviva», e à promissora escola de jazz do Barreiro, por sinal criada pela própria Câmara, mas pela gestão CDU, que governou o Concelho até ao presente mandato autárquico.
O descontentamento com o desastre da gestão PS no Barreiro é tão generalizado, que não apenas a CDU, mas até o PSD se manifestam publicamente, como aconteceu com a «Travessa do Mendes».
O Barreiro tem uma extensa zona ribeirinha. Uma parte dela, bordejada pela Rua Miguel Pais, a partir da estação fluvial, continua ao deus-dará, atravancada de estacionamento anárquico irradiando num descampado de terra batida onde, à beira de água, o que desponta aqui e ali são montes de entulho.
Tem-se chamado, até agora, a «Travessa do Mendes».
Há dias, o PSD deu-lhe nova toponímia.
Chamou-lhe «Passeio Emídio Xavier».
É que uma das promessas do actual presidente era, precisamente, a requalificação deste passeio ribeirinho da Travessa do Mendes.
Quatro anos volvidos, nem a ondulação do terreno foi «requalificada» e, para se circular, é aos altos e baixos como num carrocel.
Quanto ao «passeio do Xavier», é capaz de ter sido mesmo só isso que o homem foi fazer à Câmara, nestes quatro anos.
Dar um «passeio».
O mais certo, é acabá-lo já nas próximas eleições.
E há mais: neste executivo PS da Câmara do Barreiro, o que parece não faltar são as já conhecidas «acomodações» de correligionários e amigos nos mais diversos lugares (bem remunerados, evidentemente) da autarquia.
Alcandorado à Câmara do Barreiro a custo e à custa de uma enxurrada de promessas, o PS apresenta, um mandato depois, uma mão cheia de nada.
Em quatro anos, foram «esquecidas» as piscinas prometidas, a cobertura de todos os polidesportivos, a recuperação dos parques infantis «logo no 1.º ano de mandato» (passados quatro anos, boa parte deles... fechou), o desconto na água para os reformados, etc., etc., etc., tudo promessas descaradamente feitas e não cumpridas por este executivo PS.
A par disto, a miríade de grupos desportivos e associações cívicas que abundam no Barreiro viram os apoios e subvenções que recebiam, equitativamente, da Câmara Municipal serem drasticamente cortados e reduzidos, passando a imperar a arbitrariedade manipuladora nas subvenções, o mesmo acontecendo ao dinâmico e notável grupo teatral local, o «Arteviva», e à promissora escola de jazz do Barreiro, por sinal criada pela própria Câmara, mas pela gestão CDU, que governou o Concelho até ao presente mandato autárquico.
O descontentamento com o desastre da gestão PS no Barreiro é tão generalizado, que não apenas a CDU, mas até o PSD se manifestam publicamente, como aconteceu com a «Travessa do Mendes».
O Barreiro tem uma extensa zona ribeirinha. Uma parte dela, bordejada pela Rua Miguel Pais, a partir da estação fluvial, continua ao deus-dará, atravancada de estacionamento anárquico irradiando num descampado de terra batida onde, à beira de água, o que desponta aqui e ali são montes de entulho.
Tem-se chamado, até agora, a «Travessa do Mendes».
Há dias, o PSD deu-lhe nova toponímia.
Chamou-lhe «Passeio Emídio Xavier».
É que uma das promessas do actual presidente era, precisamente, a requalificação deste passeio ribeirinho da Travessa do Mendes.
Quatro anos volvidos, nem a ondulação do terreno foi «requalificada» e, para se circular, é aos altos e baixos como num carrocel.
Quanto ao «passeio do Xavier», é capaz de ter sido mesmo só isso que o homem foi fazer à Câmara, nestes quatro anos.
Dar um «passeio».
O mais certo, é acabá-lo já nas próximas eleições.