Fórum Lisboa

Um espaço dedicado aos lisboetas

O presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Modesto Navarro, defendeu, na passada quinta-feira, que o edifício Fórum Lisboa, onde decorrem as reuniões deste órgão autárquico, deve ser mais dedicado aos lisboetas e acolher menos espectáculos e festivais.
Em declarações aos jornalistas, à margem da reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), Modesto Navarro, do PCP, afirmou que o Fórum Lisboa, antigo Cinema Roma, deve ser «efectivamente um espaço de fórum da cidade, que também tenha em conta as instituições sociais, culturais e iniciativas dos cidadãos».
O presidente da AML adiantou já ter conversado com a autarquia sobre o Fórum Lisboa, administrado pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), no sentido de a exploração daquele edifício municipal passar para a Assembleia Municipal. Segundo Modesto Navarro, depois de reabilitado, o edifício foi criado «para ser sede da Assembleia Municipal, um fórum da cidade», uma função que o comunista considera estar a ser «subvertida», pretendendo «um reforço da presença da Assembleia».
Na opinião do presidente da Assembleia Municipal, «há um excesso de ocupação por espectáculos» do edifício, que colheu recentemente o Indie - Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa, além de ser frequentemente palco de concertos e ante-estreias de cinema.
Modesto Navarro defende que o Fórum Lisboa seja mais usado por instituições da cidade, afirmando que «a EGEAC pede 200 ou 300 contos por utilização, um valor que as associações não podem comportar».
O presidente adiantou ainda que as transmissões em directo das reuniões da Assembleia Municipal através do sítio oficial www.am-lisboa.pt têm, a partir de quinta-feira, da passada semana, tradução em simultâneo de linguagem gestual.
Anunciou ainda que o interior do edifício sofrerá algumas alterações. Ao invés dos dois púlpitos colocados à esquerda e à direita do palco do edifício, os deputados municipais passarão a discursar a partir de uma única tribuna, que será colocada ao centro e num patamar intermédio entre o palco e os assentos. Em breve a sala receberá um painel electrónico que permitirá controlar melhor a duração das intervenções dos deputados municipais.

Ca­minho pe­ri­goso

Dias antes, Modesto Navarro, desta vez como deputado da CDU na Assembleia Metropolitana de Lisboa, acusou a Junta Metropolitana de retirar, em 2004, do fundo de reserva 633 152 euros, iniciando assim um «caminho perigoso» até para a manutenção da hipótese de haver uma sede para a Área Metropolitana.
Denunciou ainda que a participação prevista dos municípios no orçamento era de 1 103 646 euros e só foram disponibilizados 688 973 euros, o que confirma, também de certo modo, a situação difícil das autarquias, por via da fuga do poder central às suas responsabilidades.
«Comprova-se que tínhamos razão, todos nós, quando aprovámos por unanimidade, nesta Assembleia Metropolitana, outro rumo e propostas para o funesto quadro legislativo que então o governo PSD nos impôs», declarou Modesto Navarro, sublinhando que, face ao relatório e contas, «a Junta Metropolitana e a Assembleia Metropolitana deviam ter assumido uma posição mais firme, de denúncia e combate à lei 10/2003. O governo mudou, tem como secretário de Estado um metropolitano, Eduardo Cabrita, que esteve connosco naquela tomada de posição por unanimidade, em 2003, e que conhece bem este crescendo de impossibilidades de intervenção e até de condições de funcionamento, aliás implícito noutro documento e no quadro de pessoal minimalista que nos é proposto».
Relativamente à hipótese de retoma do processo de regionalização, Modesto Navarro afirmou que o Governo e os órgãos das Grandes Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto se devem entender, «lançando as bases para que, nesta legislatura, possa realizar-se um processo de autodeterminação e afirmação destas áreas essenciais para a vida e desenvolvimento das regiões do nosso País».


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