Jerónimo de Sousa em Aveiro

Contra ilegalidades e compadrios

Na apresentação dos candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Aveiro, Jerónimo de Sousa reafirmou a necessidade de «dar firme combate e denunciar a pretensão do PS e do PSD de perversão de características essenciais do poder local democrático, nomeadamente a alteração proposta que impede que seja o povo a eleger directamente as câmaras municipais».

Golpe profundo na legitimação directa das populações

«Mais uma vez PS e PSD se apresentam juntos, dispostos a subverter mais uma conquista de Abril com claros propósitos de afirmarem o seu poder absoluto e a sua hegemonia e a mais sectária partidarização da gestão autárquica», afirmou - na apresentação dos candidatos da CDU à Câmara, António Salavessas, e Assembleia Municipal de Aveiro, António Regala - o secretário-geral do PCP, sublinhando que as propostas daqueles dois partido, a concretizarem-se «constituiriam um golpe profundo na legitimação directa das populações, na democraticidade do poder local, nos mecanismos de fiscalização e controlo democrático do poder».
Jerónimo de Sousa acusou ainda o PS e o PSD de tudo fazerem para colocar nas mãos dos presidentes de câmaras um ilimitado poder pessoal e um quase poder absoluto, se forem aprovadas, em definitivo, as suas propostas de alteração à lei das autarquias.
«Depois vêm com a proposta de lei dos mandatos deitar poeira para olhos das populações criando a ilusão de que com tal medida se porá fim à corrupção e aos abusos de poder. Como se a vida não mostrasse que, nesta matéria de ilegalidades, compadrios e corrupção, onde elas lá existem, o problema não estivesse tanto no presidente, como na força política que o suporta e nos grandes interesses que tantas vezes determinam a escolha das listas e, por assim ser, as opções de gestão municipal», afirmou.

Participação de todos

O secretário-geral do PCP responsabilizou também os dois partidos que se aclamam mais à esquerda, PS e BE, pela decisão do Presidente da República de não convocar o referendo ao aborto e desafiou-os a aprovarem a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez na Assembleia da República.
Na ocasião, Jerónimo de Sousa aproveitou ainda para acusar o dirigente do BE, Francisco Louçã, de «chorar lágrimas de crocodilo» por se terem gorado as negociações para uma candidatura única de esquerda à Câmara de Lisboa. Realçando o «esforço da CDU para que houvesse uma coligação aberta», Jerónimo de Sousa lembrou que foi o BE que nas anteriores eleições autárquicas, ao apresentar uma candidatura independente, combateu a coligação e permitiu a vitória da direita na Câmara de Lisboa».
Sobre a candidatura a Aveiro, o secretário-geral do PCP, saudando Anónio Salavessas e António Regala, afirmou que a CDU é «uma força que valoriza e se identifica com a inovadora e singular matriz de poder autárquico nascido da Revolução de Abril que enaltece e procura a participação de todos, eleitos e populações, na defesa dos problemas concretos das respectivas comunidades».
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