Miméticos & provisórios
O CDS-PP teve este fim-de-semana o seu Congresso para alegadamente resolver a crise decorrente da demissão do «chefe» P.Portas na noite da derrota nas legislativas. E não parece que tenha feito mais que adiar a questão da liderança efectiva e de, sob a aparência de «debate ideológico», consolidar o escopo de ideias e objectivos mais estruturantes da extrema direita parlamentar.
O CDS-PP é um partido cujo «código genético» remonta a sectores do aparelho fascista e colonial, a que a Revolução de Abril impôs que se «travestissem» do «centrismo» e «democracia cristã». Os seus trinta anos são feitos de «desenvolvimentos teóricos» ultra-liberais, de populismo, xenofobia, «patriotismo» retórico e autoritarismo securitário, com laivos fascizantes. A sua base social foi mudando do campo para a cidade, mas sempre nos sectores mais reaccionários da média e grande burguesia a que se juntou uma casta de «yupies» do «vale tudo», em que os tão exaltados «valores perenes» são mero instrumento do marketing político e do «político-banditismo» da «Moderna».
P.Portas tornou-se o «chefe» incontestado e o verdadeiro «alter-ego» do CDS-PP, feito partido unipessoal, usado no bolso do colete do líder, instrumento da sua ambição de «refundar» a direita sob o seu comando. E os quadros do CDS-PP de P.Portas foram emergindo, nestes anos, como clones e «tropa de choque» do seu projecto, em que o próprio partido é, obviamente, descartável.
Por isso P.Portas se demitiu, para que a travessia do deserto dos partidos da direita - em que compete ao PS o governo ao serviço da direita dos interesses – não o impedisse de «andar por aí», a preparar as forças e apoios do seu projecto, como fez D.Barroso, numa universidade-sociedade-secreta dos USA.
E por isso, com P.Portas omnipresente, a liderança não ficou de facto resolvida no Congresso. Há dois meses que Telmo Correia foi escolhido por P.Portas e consensualizado nos «miméticos», mas foi impedido de assumir distâncias e de se fazer passar por «chefe» e por isso abandonado e trocado, por razões de «estilo pessoal» por Ribeiro e Castro, a coberto dum putativo «regresso ao CDS», que não comporta quaisquer diferenças reais – nem de ideias, nem de orientação.
Porque estava tudo decidido. Porque a «nova liderança» pode ser a «mais breve» da história do CDS-PP, como explicitamente afirmou o agora Presidente do CDS-PP. Miméticos & provisórios – à espera que volte o verdadeiro «chefe».
O CDS-PP é um partido cujo «código genético» remonta a sectores do aparelho fascista e colonial, a que a Revolução de Abril impôs que se «travestissem» do «centrismo» e «democracia cristã». Os seus trinta anos são feitos de «desenvolvimentos teóricos» ultra-liberais, de populismo, xenofobia, «patriotismo» retórico e autoritarismo securitário, com laivos fascizantes. A sua base social foi mudando do campo para a cidade, mas sempre nos sectores mais reaccionários da média e grande burguesia a que se juntou uma casta de «yupies» do «vale tudo», em que os tão exaltados «valores perenes» são mero instrumento do marketing político e do «político-banditismo» da «Moderna».
P.Portas tornou-se o «chefe» incontestado e o verdadeiro «alter-ego» do CDS-PP, feito partido unipessoal, usado no bolso do colete do líder, instrumento da sua ambição de «refundar» a direita sob o seu comando. E os quadros do CDS-PP de P.Portas foram emergindo, nestes anos, como clones e «tropa de choque» do seu projecto, em que o próprio partido é, obviamente, descartável.
Por isso P.Portas se demitiu, para que a travessia do deserto dos partidos da direita - em que compete ao PS o governo ao serviço da direita dos interesses – não o impedisse de «andar por aí», a preparar as forças e apoios do seu projecto, como fez D.Barroso, numa universidade-sociedade-secreta dos USA.
E por isso, com P.Portas omnipresente, a liderança não ficou de facto resolvida no Congresso. Há dois meses que Telmo Correia foi escolhido por P.Portas e consensualizado nos «miméticos», mas foi impedido de assumir distâncias e de se fazer passar por «chefe» e por isso abandonado e trocado, por razões de «estilo pessoal» por Ribeiro e Castro, a coberto dum putativo «regresso ao CDS», que não comporta quaisquer diferenças reais – nem de ideias, nem de orientação.
Porque estava tudo decidido. Porque a «nova liderança» pode ser a «mais breve» da história do CDS-PP, como explicitamente afirmou o agora Presidente do CDS-PP. Miméticos & provisórios – à espera que volte o verdadeiro «chefe».