«Não desfazendo...»
A «crise da direita», tema recorrente na «opinião publicada» desde a esmagadora derrota eleitoral do PSD/CDS de 20 de Fevereiro, é muitas vezes mistificada, confundindo a crise real daquelas forças políticas com uma inexistente dificuldade dos interesses de classe da «direita sociológica» e do seu poder económico, político e ideológico.
A verdade é que os interesses, as políticas, os «valores» e os quadros da direita dispõem hoje de muito mais instrumentos e poder do que meramente o PSD e o CDS, mesmo no terreno partidário, onde o PS e o seu Governo tratam de ocupar o espaço político da direita, assumindo a continuidade das suas políticas mais essenciais, tratando por agora sobretudo da cosmética, para prolongar o «estado de graça» até às eleições e só depois acelerar o ritmo das contra-reformas.
Neste quadro, o Congresso PSD deste fim-de-semana, até os seus publicistas o reconhecem, pouco mais podia que resolver a crise intestina de liderança e dar espaço/tempo à «nova gerência», até que mude a conjuntura.
E foi disto que tratou. Nem sequer o arrazoado neo-liberal (setecentista) de A.Borges motivou qualquer sinal de discussão ideológica, estratégica, ou de substância – todos sabiam de cor o «pronto a vestir» das políticas de direita e todos estavam obrigados à unanimidade compulsiva em torno da «messiânica» candidatura de Cavaco - agora que nem a Santana, apesar da ameaça de que vai «andar por aí», resta espaço para a próxima «aventura presidencial».
No Congresso de Pombal ficou resolvida a luta pelo poder no PSD, e de forma menos dramática que no passado, noutras circunstâncias mais apetecíveis.
E passou-se que o «Santanismo» recauchutado de L.F.Menezes, populista, demagógico e com simpatias do «Jardinismo» trauliteiro teve ainda e apesar de tudo, mais de 43% de votos. Passou-se que os «tecnocratas» dos grandes interesses Santander, Sonae, Goldman Sachs, Bilderberg, etc., Balsemão, M.F.Leite e A.Borges, paladinos moderníssimos do «mercado», empenhados em gerir o PSD como uma qualquer SGPS dum cartel de grandes bancos, determinaram a correlação de forças do Congresso e decidiram que, «não sendo este o nosso timing», «hoje» ... «não desfazendo» «votamos» L.Marques Mendes.
Da nossa parte, não é adequada nem prudente qualquer subestimação, por isso ... «não desfazendo», registe-se apenas como vai o PSD e que assim se fazem os seus «chefes».
A verdade é que os interesses, as políticas, os «valores» e os quadros da direita dispõem hoje de muito mais instrumentos e poder do que meramente o PSD e o CDS, mesmo no terreno partidário, onde o PS e o seu Governo tratam de ocupar o espaço político da direita, assumindo a continuidade das suas políticas mais essenciais, tratando por agora sobretudo da cosmética, para prolongar o «estado de graça» até às eleições e só depois acelerar o ritmo das contra-reformas.
Neste quadro, o Congresso PSD deste fim-de-semana, até os seus publicistas o reconhecem, pouco mais podia que resolver a crise intestina de liderança e dar espaço/tempo à «nova gerência», até que mude a conjuntura.
E foi disto que tratou. Nem sequer o arrazoado neo-liberal (setecentista) de A.Borges motivou qualquer sinal de discussão ideológica, estratégica, ou de substância – todos sabiam de cor o «pronto a vestir» das políticas de direita e todos estavam obrigados à unanimidade compulsiva em torno da «messiânica» candidatura de Cavaco - agora que nem a Santana, apesar da ameaça de que vai «andar por aí», resta espaço para a próxima «aventura presidencial».
No Congresso de Pombal ficou resolvida a luta pelo poder no PSD, e de forma menos dramática que no passado, noutras circunstâncias mais apetecíveis.
E passou-se que o «Santanismo» recauchutado de L.F.Menezes, populista, demagógico e com simpatias do «Jardinismo» trauliteiro teve ainda e apesar de tudo, mais de 43% de votos. Passou-se que os «tecnocratas» dos grandes interesses Santander, Sonae, Goldman Sachs, Bilderberg, etc., Balsemão, M.F.Leite e A.Borges, paladinos moderníssimos do «mercado», empenhados em gerir o PSD como uma qualquer SGPS dum cartel de grandes bancos, determinaram a correlação de forças do Congresso e decidiram que, «não sendo este o nosso timing», «hoje» ... «não desfazendo» «votamos» L.Marques Mendes.
Da nossa parte, não é adequada nem prudente qualquer subestimação, por isso ... «não desfazendo», registe-se apenas como vai o PSD e que assim se fazem os seus «chefes».