Toda a diferença
Agora que já se percebeu que o milhão de contos que o PSD vai gastar na sua campanha chega e sobra para todos os espalhafatos tecnológicos e para excursões de apoiantes a correrem o país de lés a lés, há que contar que, na última semana, o PSD, embora sabendo que caminha para uma fragorosa derrota, invista tudo em grandes encenações que permitam aparentar uma «onda laranja» de crescente «mobilização» e «dinâmica».
O problema é que, no passado, houve sempre alguns milhares de anteriores eleitores da CDU ou seus potenciais novos eleitores que se deixaram impressionar por estas encenações e, asfixiados por anos e anos de propaganda mentirosa da «bipolarização» PS-PSD, foram votar PS para – diziam – «impedir a vitória da direita».
É por isso que, em toda a parte onde for útil, vale sempre a pena insistir em que a derrota da direita (PSD e CDS) consiste em ficarem em minoria na AR e que os votos e deputados da CDU serão sempre votos e deputados que a direita não terá e, assim sendo, contribuem sempre utilmente para a derrota eleitoral da direita.
Vale a pena insistir que, em rigor, nenhumas deslocações de votos entre os partidos que têm estado na oposição alteram seja o que for no resultado eleitoral da direita e que a única coisa que determinará essa derrota eleitoral da direita é a previsível e já muito encaminhada deslocação de centenas de milhar de eleitores, em 2002, do PSD e do CDS-PP para o voto nos partidos actualmente na oposição.
Esta é a rigorosa verdade no plano estritamente numérico e eleitoral, embora seja indispensável acrescentar que todas e quaisquer deslocações de voto para a CDU têm uma incomparável utilidade e vantagem no plano político.
Estes argumentos deviam bastar para pôr em evidência a completa falsidade da ideia de que para «derrotar a direita» seria preciso votar no PS., Mas, se não bastar, talvez valha a pena lembrar que, nas legislativas de 1995 e de 1999 e até nas europeias de 2004, houve seguramente milhares de cidadãos que até se identificavam com a CDU e, assustados com «o perigo da vitória da direita», cederam aos apelos para o equivocado «voto útil» no PS.
É agora altura de recordar que os resultados mostraram que o «susto» com a direita não tinha nenhuma razão de ser. Em 1995 e em 1999, o PS ficou respectivamente 9,6 e 11,7 pontos percentuais à frente do PSD. E, em Junho de 2004, o PS ficou 11,3 pontos à frente da coligação PSD-CDS.
É pois indispensável que, olhando para trás mas a pensar no próximo dia 20, muitos possam compreender que, com uns pontos a menos no PS e uns pontos a mais na CDU, a direita teria sido eleitoralmente derrotada na mesma mas, no plano político, o reforço da CDU teria feito – e fará agora – toda a diferença.
O problema é que, no passado, houve sempre alguns milhares de anteriores eleitores da CDU ou seus potenciais novos eleitores que se deixaram impressionar por estas encenações e, asfixiados por anos e anos de propaganda mentirosa da «bipolarização» PS-PSD, foram votar PS para – diziam – «impedir a vitória da direita».
É por isso que, em toda a parte onde for útil, vale sempre a pena insistir em que a derrota da direita (PSD e CDS) consiste em ficarem em minoria na AR e que os votos e deputados da CDU serão sempre votos e deputados que a direita não terá e, assim sendo, contribuem sempre utilmente para a derrota eleitoral da direita.
Vale a pena insistir que, em rigor, nenhumas deslocações de votos entre os partidos que têm estado na oposição alteram seja o que for no resultado eleitoral da direita e que a única coisa que determinará essa derrota eleitoral da direita é a previsível e já muito encaminhada deslocação de centenas de milhar de eleitores, em 2002, do PSD e do CDS-PP para o voto nos partidos actualmente na oposição.
Esta é a rigorosa verdade no plano estritamente numérico e eleitoral, embora seja indispensável acrescentar que todas e quaisquer deslocações de voto para a CDU têm uma incomparável utilidade e vantagem no plano político.
Estes argumentos deviam bastar para pôr em evidência a completa falsidade da ideia de que para «derrotar a direita» seria preciso votar no PS., Mas, se não bastar, talvez valha a pena lembrar que, nas legislativas de 1995 e de 1999 e até nas europeias de 2004, houve seguramente milhares de cidadãos que até se identificavam com a CDU e, assustados com «o perigo da vitória da direita», cederam aos apelos para o equivocado «voto útil» no PS.
É agora altura de recordar que os resultados mostraram que o «susto» com a direita não tinha nenhuma razão de ser. Em 1995 e em 1999, o PS ficou respectivamente 9,6 e 11,7 pontos percentuais à frente do PSD. E, em Junho de 2004, o PS ficou 11,3 pontos à frente da coligação PSD-CDS.
É pois indispensável que, olhando para trás mas a pensar no próximo dia 20, muitos possam compreender que, com uns pontos a menos no PS e uns pontos a mais na CDU, a direita teria sido eleitoralmente derrotada na mesma mas, no plano político, o reforço da CDU teria feito – e fará agora – toda a diferença.