Literatura para crianças e jovens

Nos dias 24 e 25 de Fevereiro realiza-se, em Beja, o 7.º Encontro sobre Literatura para Crianças e Jovens. Com a colaboração da Editorial Caminho e da Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil, esta iniciativa - intitulada «No Branco do Sul, as Cores do Livros» - terá lugar na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico local. Para mais informações poderá visitar o site www.eseb.ipbeja.pt/encontrobrancosul/.
Entretanto, no próximo mês, Alice Vieira vai lançar um novo romance que irá abordar a indisponibilidade dos pais para os filhos na agitada vida moderna, onde o trabalho é muitas vezes prioritário. «O Casamento da Minha Mãe» conta a história de Vera, uma menina colocada pela mãe, uma manequim em início de carreira, em casa de uns parentes afastados que não param de a confrontar com o facto de estar num lar emprestado.
«Coloco sempre as minhas personagens em situações actuais e reais e é um facto que existem pais que não dão apoio aos filhos nem lhes facultam um ambiente estável, podendo essa carência de afectividade lesar mais do que a falta de bens materiais», declarou Alice Vieira à Lusa a propósito da nova obra.
O livro, «o último escrito à máquina, antes da rendição às vantagens do computador, como assinalou a escritora, vai ser editado pela Caminho e marca «o final de um período de bloqueio», tendo sido criado em apenas três semanas.
Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa, licenciou-se em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1958 iniciou a sua colaboração no suplemento Juvenil, do Diário de Lisboa, e, a partir de 1969, dedicou-se ao jornalismo profissional.
Desde 1979, quando se estreou com «Rosa, Minha Irmã Rosa», tem vindo a publicar regularmente obras literárias, com mais de três dezenas de títulos publicados actualmente, alguns dos quais também no estrangeiro.
Recebeu o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança (1979), o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil (1983) e o Grande Prémio Gulbenkian pelo conjunto da sua obra (1994), tendo sido indicada pela secção portuguesa do IBBY (International Board on Books for Young People) para o Prémio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil.


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