ASPP indisponível para negociar promoções

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) mostrou-se segunda-feira indisponível para negociar o estatuto do pessoal com o Ministério da Administração Interna (MAI), alegando que o Governo não tem legitimidade para aprovar novas medidas.
«Pela falta de timing não há disponibilidade, da nossa parte, para estarmos a negociar o estatuto do pessoal da PSP», disse aos jornalistas o dirigente sindical António Regala. «Qual a legitimidade que tem este Governo, que está em gestão, para aprovar qualquer alteração à actual lei?», questionou o sindicalista.
António Regala falava no final de uma reunião com elementos do gabinete do ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, que receberam também dois outros sindicatos da polícia para negociarem promoções na classe dos agentes.
A ASPP considera ainda que a «situação política não é a melhor para estarem apressadamente a discutir pontos importantes do estatuto do pessoal da PSP que levam o seu tempo a negociar, como a progressão na carreira e a actualização dos índices salariais».
Na «breve análise» feita ao projecto de promoção pontual dos agentes apresentado «há muito pouco tempo pelo MAI», a ASPP conclui que o documento apresenta «erros que já vêm do passado». Contudo, a ASPP mostrou-se disponível para negociar o estatuto do pessoal da PSP «no seu todo e não pontualmente» com o próximo Governo eleito.

Sindicato exige «condições»

Na passada semana, a ASPP exigiu «condições dignas» para os profissionais a exercer funções na área do Comando Metropolitano do Porto, que recebeu a visita do director nacional da corporação.
Numa nota a propósito da visita ao Porto de Branquinho Lobo, a ASPP refere casos concretos de esquadras em risco de ruir ou em degradação acentuada, alude ao mau estado de conservação de muitos carros-patrulha e dá nota de frequentes falhas nos sistemas de comunicação.
«Exigimos condições dignas» e «sugerimos que peça responsabilidade a quem de direito», diz a nota das ASPP, dirigindo-se a Branquinho Lobo. O director nacional da PSP «vai passar a acreditar» que o Comando Metropolitano «destoa dos padrões policiais dos estados-membros da União Europeia com que os nossos governantes tanto gostam de embelezar discursatas de ocasião», frisa o comunicado da ASPP.
Neste sentido, a estrutura sindical sugeriu uma visita à 15.ª esquadra, na Foz, que «já não existiria se não fossem colocados pilares de madeira no local de atendimento ao público, para sustentar o tecto que ameaça ruir». A ASPP sublinha também a degradação da esquadra do Lagarteiro, bem como o mau estado das instalações de pernoita e sanitários das esquadras da Bela Vista e Bom Pastor.
Os sindicalistas pediram ainda a Branquinho Lobo que na sua deslocação à cidade viaje em carros-patrulha para «verificar o seu estado» e que teste o sistema de comunicações. «Apesar de ter sido adquirido há menos de um ano, o sistema de comunicações simplesmente não funciona em certos dias», assegura a ASPP.
Entretanto, dois dias após a visita do director nacional da polícia, e de este ter reconhecido as deficientes condições das esquadras da cidade, o tecto de uma das salas do posto clínico da PSP/Porto caiu.


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