Factos e «coincidências»
Nestes dias, os aparelhos mediáticos, as suas cúpulas e superestruturas de poder têm vivido a vertigem de novos factos e suas «coincidências».
Facto um, - em ordenação não cronológica – a demissão forçada, a semana passada, da Direcção de Informação da RTP, que se segue aos «casos» Marcelo e D.Notícias, comprovam que o Governo continua no objectivo do estrito controlo, para-censório, dos principais média.
Facto dois, a Alta Autoridade para a Comunicação Social, justamente, criticou o Governo pela responsabilidade no afastamento de M.R.Sousa e nas «mudanças» no DN e concluíu que, na PT Lusomundo, o Estado deve aplicar normas do sector público mediático, ou, em alternativa, alienar a posição na empresa – o que,dizemos nós, teria um efeito perverso.
Facto três, o Governo descredibilizou de imediato a AACS, que dias antes exaltara, e – primeira «coincidência» – tal qual o Engº Sócrates, (quanto valerá o apoio mediático a um «candidato a P.Ministro»?) veio aderir à tese da saída do Estado da PT, mas no seu «timing» e interesse.
Facto quatro, o PR vetou, e bem, a criação da Central de Comunicação por haver «excesso de presença» do Governo nos média. Mas nada muda, porque o aparelho está montado e continua a mistificação e o poder da direita e dos interesses, no sistema mediático. O Governo parece acatar a decisão, mas o «ideólogo» L.Delgado e o ministro M.Sarmento já preparam nova tentativa.
Facto cinco e segunda «coincidência», o Grupo Cofina propôs a compra da PT Lusomundo, de que aliás já detém 20%, e fala-se agora – terceira «coincidência» – de se juntar à Media Capital no negócio. Aliás quem decide na PT Lusomundo, na Media Capital, na Cofina e na Central de Comunicação, é a família política de M.Sarmento e P.Santana Lopes, cujos interesses se cruzam, nas «holding», no BES, BPI, BPP, BPN ...
Factos e «coincidências» explicitam o controlo dos média, a manipulação e a degradação crescente da qualidade e pluralismo da informação – com expressões de anti-comunismo grosseiro, como as da revista «Sábado» da Cofina, cujo Editorial dizia, há dias: «seria saudável que um partido como este (o PCP) estivesse definitivamente condenado a uma não existência».
Facto seis e conclusão, a evolução global do sistema mediático, não só com Governo «a mais», mas sobretudo com a intolerável concentração da propriedade, representam um perigo crescente e inquietante para o próprio regime democrático.
Facto um, - em ordenação não cronológica – a demissão forçada, a semana passada, da Direcção de Informação da RTP, que se segue aos «casos» Marcelo e D.Notícias, comprovam que o Governo continua no objectivo do estrito controlo, para-censório, dos principais média.
Facto dois, a Alta Autoridade para a Comunicação Social, justamente, criticou o Governo pela responsabilidade no afastamento de M.R.Sousa e nas «mudanças» no DN e concluíu que, na PT Lusomundo, o Estado deve aplicar normas do sector público mediático, ou, em alternativa, alienar a posição na empresa – o que,dizemos nós, teria um efeito perverso.
Facto três, o Governo descredibilizou de imediato a AACS, que dias antes exaltara, e – primeira «coincidência» – tal qual o Engº Sócrates, (quanto valerá o apoio mediático a um «candidato a P.Ministro»?) veio aderir à tese da saída do Estado da PT, mas no seu «timing» e interesse.
Facto quatro, o PR vetou, e bem, a criação da Central de Comunicação por haver «excesso de presença» do Governo nos média. Mas nada muda, porque o aparelho está montado e continua a mistificação e o poder da direita e dos interesses, no sistema mediático. O Governo parece acatar a decisão, mas o «ideólogo» L.Delgado e o ministro M.Sarmento já preparam nova tentativa.
Facto cinco e segunda «coincidência», o Grupo Cofina propôs a compra da PT Lusomundo, de que aliás já detém 20%, e fala-se agora – terceira «coincidência» – de se juntar à Media Capital no negócio. Aliás quem decide na PT Lusomundo, na Media Capital, na Cofina e na Central de Comunicação, é a família política de M.Sarmento e P.Santana Lopes, cujos interesses se cruzam, nas «holding», no BES, BPI, BPP, BPN ...
Factos e «coincidências» explicitam o controlo dos média, a manipulação e a degradação crescente da qualidade e pluralismo da informação – com expressões de anti-comunismo grosseiro, como as da revista «Sábado» da Cofina, cujo Editorial dizia, há dias: «seria saudável que um partido como este (o PCP) estivesse definitivamente condenado a uma não existência».
Facto seis e conclusão, a evolução global do sistema mediático, não só com Governo «a mais», mas sobretudo com a intolerável concentração da propriedade, representam um perigo crescente e inquietante para o próprio regime democrático.