Futuro preocupa comunistas
O futuro da TAP continua incerto, devido ao prosseguimento da ofensiva tendente à sua privatização, segmentação e posterior alienação do todo ou partes das unidades segmentadas, considera a célula do PCP na TAP.
A TAP tem viabilidade e espaço para se afirmar no contexto da aviação comercial
O certo, porém, é que, apesar de vários factores negativos a nível internacional - disparo do preço dos combustíveis, degradação das tarifas, Guerra do Iraque - e a nível nacional - conflitos entre membros administração da empresa -, a TAP recuperou economicamente nos últimos anos, tendo obtido resultados positivos. Resultados para os quais o contributo dos trabalhadores foi decisivo, seja pelo seu elevado profissionalismo, seja pelos sacrifícios a que se sujeitaram.
Entretanto, os comunistas avaliam com preocupação as declarações de Fernando Pinto no jornal da TAP de Agosto/Setembro, de que «uma grande parte da reestruturação da empresa está feita, havendo neste momento melhores condições para concretizar da companhia...». Isto, apesar de já ter ficado claramente demonstrado que a TAP tem viabilidade e espaço para se afirmar no contexto da aviação comercial, sem necessidade de alienar o seu capital e património a interesses meramente lucrativos, do seu imprescindível papel de serviço público para o país e da sua importante função de ligação às comunidades lusófonas.
A célula do PCP dá o exemplo do que aconteceu no Handling, com a desnecessária privatização da SPdH, onde a maioria da empresa é já detida por capitais espanhóis, para mostrar o caminho a que a TAP está a ser conduzida e que urge interromper.
Preocupação merece também a proposta de Directiva apresentada recentemente pela Comissão Europeia, no sentido de que a semana de trabalho possa atingir as 65 horas num período de 12 meses, contra as actuais 48 horas num período de referência de 4 meses, e da alteração dos conceitos de trabalho, de forma a que as intermitências e pausas decorrentes da prestação de trabalho deixem de ser remuneradas. O propósito da Comissão Europeia é, de facto, sublinha o PCP, aumentar a taxa de exploração, de acordo com uma velha aspiração patronal, manifestada, já, de resto, em muitos grupos profissionais e áreas de actividade do sector de transportes.
Mas estas opções estão igualmente patentes noutras medidas e decisões, denunciam, por fim, os comunistas: o aumento dos preços dos transportes públicos e das taxas moderadoras, as privatizações e o aumento dos lucros e poder do capital, visível no «escandaloso» crescimento dos lucros da banca - mais 96 milhões de euros em 2003 do que no ano anterior - ou dos grandes grupos económicos, caso do grupo SONAE, que triplicou os seus lucros.
Debater e participar
No seu comunicado, a célula da TAP refere, ainda, o trabalho preparatório do 17.º Congresso do PCP, em curso desde Fevereiro passado, de que já resultou a recolha da opinião e contributos das organizações e militantes do Partido.
Nesta última fase de discussão do projecto de Teses a apresentar ao Congresso, considera, entretanto, de particular importância que os militantes da TAP leiam-no atentamente e discutam, contribuindo com as propostas de alteração e emendas que entendam necessárias para melhorar o documento. É esta a forma, dizem, como os comunistas trabalham e não orientando-se pela opinião de comentadores e órgãos de comunicação social, que deformam e denigrem a actuação do PCP.
Entretanto, os comunistas avaliam com preocupação as declarações de Fernando Pinto no jornal da TAP de Agosto/Setembro, de que «uma grande parte da reestruturação da empresa está feita, havendo neste momento melhores condições para concretizar da companhia...». Isto, apesar de já ter ficado claramente demonstrado que a TAP tem viabilidade e espaço para se afirmar no contexto da aviação comercial, sem necessidade de alienar o seu capital e património a interesses meramente lucrativos, do seu imprescindível papel de serviço público para o país e da sua importante função de ligação às comunidades lusófonas.
A célula do PCP dá o exemplo do que aconteceu no Handling, com a desnecessária privatização da SPdH, onde a maioria da empresa é já detida por capitais espanhóis, para mostrar o caminho a que a TAP está a ser conduzida e que urge interromper.
Preocupação merece também a proposta de Directiva apresentada recentemente pela Comissão Europeia, no sentido de que a semana de trabalho possa atingir as 65 horas num período de 12 meses, contra as actuais 48 horas num período de referência de 4 meses, e da alteração dos conceitos de trabalho, de forma a que as intermitências e pausas decorrentes da prestação de trabalho deixem de ser remuneradas. O propósito da Comissão Europeia é, de facto, sublinha o PCP, aumentar a taxa de exploração, de acordo com uma velha aspiração patronal, manifestada, já, de resto, em muitos grupos profissionais e áreas de actividade do sector de transportes.
Mas estas opções estão igualmente patentes noutras medidas e decisões, denunciam, por fim, os comunistas: o aumento dos preços dos transportes públicos e das taxas moderadoras, as privatizações e o aumento dos lucros e poder do capital, visível no «escandaloso» crescimento dos lucros da banca - mais 96 milhões de euros em 2003 do que no ano anterior - ou dos grandes grupos económicos, caso do grupo SONAE, que triplicou os seus lucros.
Debater e participar
No seu comunicado, a célula da TAP refere, ainda, o trabalho preparatório do 17.º Congresso do PCP, em curso desde Fevereiro passado, de que já resultou a recolha da opinião e contributos das organizações e militantes do Partido.
Nesta última fase de discussão do projecto de Teses a apresentar ao Congresso, considera, entretanto, de particular importância que os militantes da TAP leiam-no atentamente e discutam, contribuindo com as propostas de alteração e emendas que entendam necessárias para melhorar o documento. É esta a forma, dizem, como os comunistas trabalham e não orientando-se pela opinião de comentadores e órgãos de comunicação social, que deformam e denigrem a actuação do PCP.