«A pobreza e a exclusão social – duas visões distintas»
Nos últimos dias, a pobreza e a exclusão social em Portugal, foram notícia em diferentes órgãos de comunicação social, trazendo à tona dados de uma dura e cruel realidade, que atinge em Portugal, 23% da sua população, mais de dois milhões de portugueses, sendo eles homens e mulheres, crianças, jovens ou idosos.
São apontadas como causas para este problema: o desemprego, os baixos salários e reformas, a toxicodependência e o alcoolismo, a que se juntam outras, como as deficientes condições de habitação, a dificuldade no acesso à saúde ou á segurança social. São causas imediatas, em que por vezes muitos coincidem, o mesmo já não sucede na identificação das causas mais profundas que as originam e menos ainda nas formas de combate para a sua erradicação.
Estamos perante visões distintas sobre a pobreza e a exclusão social!
Para alguns, em particular a direita, a pobreza e a exclusão social não são uma consequência das suas políticas, mas antes um problema social que sempre existiu e é muitas vezes atribuído a uma fatalidade da vida e não ao resultado das políticas executadas. Apontam como solução, e tudo têm feito para a concretizar, a desresponsabilização do Estado das suas funções sociais na Saúde, Educação, Segurança Social e em muitos outros áreas, remetendo para os grandes grupos económicos e outras entidades privadas, tudo aquilo que seja rentável e possa dar lucro.
Em paralelo incentivam os actos de caridade e de assistêncialismo, seja com iniciativas mediáticas por vezes com a presença de figuras «ditas colunáveis» ou incentivando campanhas pontuais de solidariedade face a casos concretos, muitas das vezes recorrendo a meios de comunicação social, com destaque para a televisão.
Procuram também criar diferentes mecanismos e programas, que iludam e serviam de amortecedores às consequências das suas políticas, cujo resultado são bem visíveis: Portugal é o país da União Europeia, onde é maior o fosso entre ricos e pobres; onde 20% da população recebe 5.0% do rendimento líquido, enquanto outros 20% recebem 44.9% desse mesmo rendimento.
Esta é a visão distinta, daqueles que continuam a considerar e a tudo fazer, no sentido de continuar a existir pessoas que não têm direito a ter direitos, e ainda menos, que lutem por ter acesso a esses direitos.
«Radiografia social»
A recente realização de vários encontros do Partido com entidades que actuam na área social no distrito de Lisboa, possibilitou uma actualização da «radiografia social» desta região e a identificação de um quadro dramático vivido por muitas centenas de pessoas.
Vários são os relatos concretos das consequências originadas pelo desemprego, a deslocalização de empresas ou os horários prolongados – aumento de mensalidades em atraso, crianças retiradas de infantários, permanência de crianças desde as 7 horas da manhã até ás 20 horas ou mesmo mais. Os muitos casos de idosos, impedidos de comprar medicamentos devido às baixa reformas, ou outros abandonados em hospitais e muitos outros sem qualquer apoios social. Ainda os relatos de violência familiar, abandono de menores ou de crianças presas em casa todo o dia. A manutenção de inúmeros casos de habitações sem qualquer tipo de condições para viver. Relatos incompletos da dura realidade social, imposta pelas políticas de direita.
Uma realidade social agravada pela ausência deliberada e quase total das estruturas governamentais que deviam intervir nesta área, mas que remetem para as várias instituições, em muitos casos as únicas respostas disponíveis, a resolução dos vários problemas. E deste modo, também afastam do governo, a luta e o protesto das populações e dos utentes, quando estes reclamam por solução para os seus problemas.
E esta é uma outra visão distinta, daqueles, nomeadamente o PCP, que considera a pobreza e a exclusão, como o resultado das políticas de direita e da distribuição da riqueza nacional a favor do capital. Que exige do Estado a assunção das suas responsabilidades sociais, nomeadamente colocando a funcionar as Casas de Acolhimento para Jovens em Risco na Amadora e Vialonga, encerradas à mais de 2 anos.
Uma visão distinta, daqueles que não se limitam a constatar a situação, mas lutam e exigem uma nova política e um novo modelo de sociedade, porque essa é a questão central para a erradicação da pobreza e da exclusão social.
São apontadas como causas para este problema: o desemprego, os baixos salários e reformas, a toxicodependência e o alcoolismo, a que se juntam outras, como as deficientes condições de habitação, a dificuldade no acesso à saúde ou á segurança social. São causas imediatas, em que por vezes muitos coincidem, o mesmo já não sucede na identificação das causas mais profundas que as originam e menos ainda nas formas de combate para a sua erradicação.
Estamos perante visões distintas sobre a pobreza e a exclusão social!
Para alguns, em particular a direita, a pobreza e a exclusão social não são uma consequência das suas políticas, mas antes um problema social que sempre existiu e é muitas vezes atribuído a uma fatalidade da vida e não ao resultado das políticas executadas. Apontam como solução, e tudo têm feito para a concretizar, a desresponsabilização do Estado das suas funções sociais na Saúde, Educação, Segurança Social e em muitos outros áreas, remetendo para os grandes grupos económicos e outras entidades privadas, tudo aquilo que seja rentável e possa dar lucro.
Em paralelo incentivam os actos de caridade e de assistêncialismo, seja com iniciativas mediáticas por vezes com a presença de figuras «ditas colunáveis» ou incentivando campanhas pontuais de solidariedade face a casos concretos, muitas das vezes recorrendo a meios de comunicação social, com destaque para a televisão.
Procuram também criar diferentes mecanismos e programas, que iludam e serviam de amortecedores às consequências das suas políticas, cujo resultado são bem visíveis: Portugal é o país da União Europeia, onde é maior o fosso entre ricos e pobres; onde 20% da população recebe 5.0% do rendimento líquido, enquanto outros 20% recebem 44.9% desse mesmo rendimento.
Esta é a visão distinta, daqueles que continuam a considerar e a tudo fazer, no sentido de continuar a existir pessoas que não têm direito a ter direitos, e ainda menos, que lutem por ter acesso a esses direitos.
«Radiografia social»
A recente realização de vários encontros do Partido com entidades que actuam na área social no distrito de Lisboa, possibilitou uma actualização da «radiografia social» desta região e a identificação de um quadro dramático vivido por muitas centenas de pessoas.
Vários são os relatos concretos das consequências originadas pelo desemprego, a deslocalização de empresas ou os horários prolongados – aumento de mensalidades em atraso, crianças retiradas de infantários, permanência de crianças desde as 7 horas da manhã até ás 20 horas ou mesmo mais. Os muitos casos de idosos, impedidos de comprar medicamentos devido às baixa reformas, ou outros abandonados em hospitais e muitos outros sem qualquer apoios social. Ainda os relatos de violência familiar, abandono de menores ou de crianças presas em casa todo o dia. A manutenção de inúmeros casos de habitações sem qualquer tipo de condições para viver. Relatos incompletos da dura realidade social, imposta pelas políticas de direita.
Uma realidade social agravada pela ausência deliberada e quase total das estruturas governamentais que deviam intervir nesta área, mas que remetem para as várias instituições, em muitos casos as únicas respostas disponíveis, a resolução dos vários problemas. E deste modo, também afastam do governo, a luta e o protesto das populações e dos utentes, quando estes reclamam por solução para os seus problemas.
E esta é uma outra visão distinta, daqueles, nomeadamente o PCP, que considera a pobreza e a exclusão, como o resultado das políticas de direita e da distribuição da riqueza nacional a favor do capital. Que exige do Estado a assunção das suas responsabilidades sociais, nomeadamente colocando a funcionar as Casas de Acolhimento para Jovens em Risco na Amadora e Vialonga, encerradas à mais de 2 anos.
Uma visão distinta, daqueles que não se limitam a constatar a situação, mas lutam e exigem uma nova política e um novo modelo de sociedade, porque essa é a questão central para a erradicação da pobreza e da exclusão social.