Utentes prometem lutar
Com a presença de mais de 80 participantes, em representação de 50 comissões ou associações, teve lugar no sábado, na Cooperativa de Habitação Bem Vinda a Liberdade, no Faralhão, freguesia do Sado, o IV Encontro Nacional do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos.
Reportando-se ao período que decorreu desde o último encontro, precisamente há um ano, em Coimbra, a proposta de resolução (antes enviada às comissões e no fundamental aprovada com a tomada de atenção a outros contributos) caracterizou-o como «marcado pelo aprofundar da ofensiva privatizadora nos sectores dos transportes, electricidade, saúde, telecomunicações e gás, e pelo acelerar da ofensiva em novos sectores como sejam os correios, educação, água, notariado, entre outros, bem como, no plano da União Europeia, por novos e mais perigosos passos», ao se discutir o chamado Livro Verde sobre «serviços de interesse geral» e ter-se aprovado o Tratado de Bolonha.
As experiências de acção e luta das comissões de utentes preencheram as quase trinta intervenções que se fizeram ouvir, concluindo-se que a par da «consciência do muito trabalho realizado, o MUSP também tem a perfeita noção de que perante o agravamento da ofensiva contra os serviços públicos, tal trabalho tem de ser continuado e até mesmo melhorado, de forma a ficarmos melhor preparados para continuar a lutar pela defesa dos interesses e direitos dos utentes que representamos, e para lutar contra a política deste governo que obviamente vai dar continuidade às políticas definidas pelo anterior no que diz respeito aos serviços públicos».
Dos convidados fez-se ouvir Eduardo Travassos, em nome do Sindicato do Trabalhadores de Transportes Rodoviários do Sul, da União dos Sindicatos de Setúbal e da CGTP-IN, que não deixou de referir que «os sindicalistas estão na linha da frente da defesa dos interesses do utentes», enquanto Bruno Dias, em nome do Grupo Parlamentar do PCP, aludiu ao «efeito construtor» da acção das comissões de utentes tanto quanto elas próprias fazem chegar as suas mais justas reivindicações a quem, em sede parlamentar, efectivamente as ouve e tem em conta. «Cada vez mais as comissões de utentes fazem a diferença» – rematou.
Coube a Carlos Braga, em nome do Grupo Permanente do MUSP, abrir e encerrar os trabalhos, e foi no primeiro destes momentos que enquadrou a luta em defesa dos serviços públicos estritamente ligada à luta pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e das populações com o relato simples de uma espécie de inconfidência de um vendedor da sua área de residência, em Alverca: «Nunca vendi tantas azeitonas na minha vida!» - o que aliado ao aumento das famílias que procuram na mesma zona o Banco Alimentar (mais de 400) remete, na resistência à fome, para um último recurso: o pão.
O encontro aprovou moções repudiando a introdução de portagens nas SCUT’s e a repressão exercida no Redondo contra as populações em defesa do SAP no Centro de Saúde, e a favor dos passes sociais mais abrangentes, articulados e justos do ponto de vista do preçário. Diversificar o protesto contra o aumento dos preços dos transportes no período da discussão do Orçamento de Estado foi outra orientação a marcar o final dos trabalhos, antes de ser eleita a Comissão Dinamizadora do MUSP que, alargando a sua área de representatividade para além os sectores dos transportes e da saúde, as mais espalhadas pelo país, incluiu desta feita a Comissão de Utentes dos Correios de Ervidel (Aljustrel) e a Associação Água Pública.
As experiências de acção e luta das comissões de utentes preencheram as quase trinta intervenções que se fizeram ouvir, concluindo-se que a par da «consciência do muito trabalho realizado, o MUSP também tem a perfeita noção de que perante o agravamento da ofensiva contra os serviços públicos, tal trabalho tem de ser continuado e até mesmo melhorado, de forma a ficarmos melhor preparados para continuar a lutar pela defesa dos interesses e direitos dos utentes que representamos, e para lutar contra a política deste governo que obviamente vai dar continuidade às políticas definidas pelo anterior no que diz respeito aos serviços públicos».
Dos convidados fez-se ouvir Eduardo Travassos, em nome do Sindicato do Trabalhadores de Transportes Rodoviários do Sul, da União dos Sindicatos de Setúbal e da CGTP-IN, que não deixou de referir que «os sindicalistas estão na linha da frente da defesa dos interesses do utentes», enquanto Bruno Dias, em nome do Grupo Parlamentar do PCP, aludiu ao «efeito construtor» da acção das comissões de utentes tanto quanto elas próprias fazem chegar as suas mais justas reivindicações a quem, em sede parlamentar, efectivamente as ouve e tem em conta. «Cada vez mais as comissões de utentes fazem a diferença» – rematou.
Coube a Carlos Braga, em nome do Grupo Permanente do MUSP, abrir e encerrar os trabalhos, e foi no primeiro destes momentos que enquadrou a luta em defesa dos serviços públicos estritamente ligada à luta pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e das populações com o relato simples de uma espécie de inconfidência de um vendedor da sua área de residência, em Alverca: «Nunca vendi tantas azeitonas na minha vida!» - o que aliado ao aumento das famílias que procuram na mesma zona o Banco Alimentar (mais de 400) remete, na resistência à fome, para um último recurso: o pão.
O encontro aprovou moções repudiando a introdução de portagens nas SCUT’s e a repressão exercida no Redondo contra as populações em defesa do SAP no Centro de Saúde, e a favor dos passes sociais mais abrangentes, articulados e justos do ponto de vista do preçário. Diversificar o protesto contra o aumento dos preços dos transportes no período da discussão do Orçamento de Estado foi outra orientação a marcar o final dos trabalhos, antes de ser eleita a Comissão Dinamizadora do MUSP que, alargando a sua área de representatividade para além os sectores dos transportes e da saúde, as mais espalhadas pelo país, incluiu desta feita a Comissão de Utentes dos Correios de Ervidel (Aljustrel) e a Associação Água Pública.