Grupo EDP mais privado

No dia 7, data em que o Estado ficou ainda com menor peso no capital da EDP, cerca de setenta representantes dos trabalhadores do Grupo EDP, convocados pela Federação dos Sindicatos das Indústrias Eléctricas de Portugal, manifestaram o seu protesto junto ao Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, onde decorreu a Assembleia Geral de Accionistas.
Procedentes de Lisboa, Porto e Coimbra, os sindicalistas denunciaram a atitude da Assembleia de Accionistas, que fez aprovar um aumento do capital social da EDP em 1,2 mil milhões de euros, mas sem que o Estado tenha acompanhado esse acréscimo, que fica entregue aos accionistas privados. Assim, a participação pública na EDP passa de 26 para 15 por cento. A medida foi apresentada aos accionistas porque a administração a entende necessária para reforçar a participação da EDP na espanhola Hidroeléctrica de Cantábrico, de 39,5 para 95,7 por cento.
A FSTIEP faz notar que, desde 2003, o quadro de pessoal da EDP foi reduzido em 1600 efectivos, redução que foi de 16 mil postos de trabalho nos últimos dez anos, obrigando depois à contratação de serviços externos para a empresa, acusa a federação sindical.
Também o número de centros de atendimento da EDP foi reduzido em cerca de 80 por cento, além da diminuição dos piquetes, de um por concelho, para um por cada cinco concelhos.
A federação salientou ainda que a privatização vai acarretar mais encargos aos consumidores e um serviço de pior qualidade, num desprezo pela importância estratégica deste sector.
Os sindicalistas alertaram também para o Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL), que não é visto pela estrutura sindical como solução, «porque, sendo a electricidade um bem essencial, tem de ter uma componente pública», afirmou à Lusa José Luís Quinta, dirigente da FSTIEP.


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