Lisboa contra o desemprego
A União dos Sindicatos de Lisboa está a realizar uma semana de luta «Contra o desemprego, pelo emprego com direitos». A série de acções termina amanhã.
O coordenador da USL, Arménio Carlos, ao apresentar a iniciativa segunda-feira, no Largo de Camões, explicou que a estrutura distrital da CGTP-IN pretende desta forma denunciar o aumento do desemprego, a precariedade e a baixa qualidade das propostas de trabalho existentes.
Dados do IEFP, para os quais na ocasião chamou a atenção, revelam que no mês de Agosto no distrito estavam inscritos 90 691 desempregados, 44,7 por cento dos quais há um ano ou mais (desempregados de longa duração); 51,9 por cento são mulheres, 23,8 por cento têm mais de 55 anos e 11,4 têm menos de 25 anos.
A estes, há que somar os que estão em programas de formação profissional e em planos de ocupação temporária, bem como os milhares de professores que não foram colocados no início do ano escolar, e os que trabalham 15 ou menos horas semanais. Assim, a cifra dos cem mil desempregados é largamente ultrapassada.
A USL/CGTP-IN diz que, nos últimos três anos, a Segurança Social perdeu mil milhões de contos em receitas e pagou outros 600 milhões em subsídios de desemprego. A estes dados não é alheia a destruição do aparelho produtivo, com o encerramento de empresas como a Bombardier (produção) ou a Mec, no sector metalúrgico, a Melka e a Gi Confecções, no sector têxtil e de vestuário.
A União recorda que os salários em atraso e as indemnizações devidas a cerca de 17 mil trabalhadores, de 240 empresas do distrito, atingem os 90 milhões de euros, havendo processos que se arrastam há mais de 20 anos nos tribunais.
Outro ponto denunciado nesta acção é o forte aumento de precariedade: mais de 25 por cento dos trabalhadores portugueses são precários. No segundo semestre deste ano, segundo o INE, existiam 252 500 trabalhadores sem contrato efectivo, na maioria mulheres, jovens e imigrantes.
Portugal tem o segundo maior índice de precariedade da UE-15.
Protestos públicos
Durante esta semana, os trabalhadores vieram à rua, para sensibilizar a opinião pública: no dia 11, trabalhadoras da Fábrica de Calçado Hélio e da Fábrica de Confecções Bore concentraram-se no Largo de Camões, em Lisboa; no dia 12, os trabalhadores da Prosegur distribuíram um documento à população, no Rossio; ontem, os trabalhadores da Bombardier realizaram um plenário junto às instalações da empresa, na Amadora; amanhã reúnem os trabalhadores da José Esteves (cerâmica) e da Igatex (sector químico), na Casa da Cultura, em Mafra.
O coordenador da USL, Arménio Carlos, ao apresentar a iniciativa segunda-feira, no Largo de Camões, explicou que a estrutura distrital da CGTP-IN pretende desta forma denunciar o aumento do desemprego, a precariedade e a baixa qualidade das propostas de trabalho existentes.
Dados do IEFP, para os quais na ocasião chamou a atenção, revelam que no mês de Agosto no distrito estavam inscritos 90 691 desempregados, 44,7 por cento dos quais há um ano ou mais (desempregados de longa duração); 51,9 por cento são mulheres, 23,8 por cento têm mais de 55 anos e 11,4 têm menos de 25 anos.
A estes, há que somar os que estão em programas de formação profissional e em planos de ocupação temporária, bem como os milhares de professores que não foram colocados no início do ano escolar, e os que trabalham 15 ou menos horas semanais. Assim, a cifra dos cem mil desempregados é largamente ultrapassada.
A USL/CGTP-IN diz que, nos últimos três anos, a Segurança Social perdeu mil milhões de contos em receitas e pagou outros 600 milhões em subsídios de desemprego. A estes dados não é alheia a destruição do aparelho produtivo, com o encerramento de empresas como a Bombardier (produção) ou a Mec, no sector metalúrgico, a Melka e a Gi Confecções, no sector têxtil e de vestuário.
A União recorda que os salários em atraso e as indemnizações devidas a cerca de 17 mil trabalhadores, de 240 empresas do distrito, atingem os 90 milhões de euros, havendo processos que se arrastam há mais de 20 anos nos tribunais.
Outro ponto denunciado nesta acção é o forte aumento de precariedade: mais de 25 por cento dos trabalhadores portugueses são precários. No segundo semestre deste ano, segundo o INE, existiam 252 500 trabalhadores sem contrato efectivo, na maioria mulheres, jovens e imigrantes.
Portugal tem o segundo maior índice de precariedade da UE-15.
Protestos públicos
Durante esta semana, os trabalhadores vieram à rua, para sensibilizar a opinião pública: no dia 11, trabalhadoras da Fábrica de Calçado Hélio e da Fábrica de Confecções Bore concentraram-se no Largo de Camões, em Lisboa; no dia 12, os trabalhadores da Prosegur distribuíram um documento à população, no Rossio; ontem, os trabalhadores da Bombardier realizaram um plenário junto às instalações da empresa, na Amadora; amanhã reúnem os trabalhadores da José Esteves (cerâmica) e da Igatex (sector químico), na Casa da Cultura, em Mafra.