Suíços recusam naturalização de estrangeiros
Os suíços rejeitaram em referendo, domingo 26, as alterações legislativas, já aprovadas pelo Parlamento, que facilitavam a naturalização de imigrantes de segunda e terceira geração.
A consulta realizou-se por pressão do Partido Popular Suíço que desenvolveu uma intensa campanha racista e xenófoba, apresentando na sua propaganda um imagem de mão pretas e castanhas-escuras a tentar agarrar um passaporte suíço. Esta formação política é ainda acusada de ser responsável por um folheto, distribuído na passada semana pelas caixas do correio, onde se afirmava que, caso a lei fosse alterada, 72 por cento da população seriam muçulmanos em 2040.
Uma maioria de 52 por cento chumbou uma primeira proposta que conferia o direito de cidadania automática aos estrangeiros de terceira geração nascidos na Suíça, enquanto 57 por cento votaram contra o segundo projecto que facilitava a naturalização de imigrantes da segunda geração.
Na parte germanófona, o «não» recolheu cerca de dois terços dos votos, enquanto na Suíça francófona o «sim» venceu claramente.
O coordenador da secção da Suíça do Conselho das Comunidades Portuguesas, Manuel Beja, manifestou-se «profundamente chocado» com o resultado do referendo, tanto mais que foi a terceira vez, em 20 anos, que os suíços foram consultados sobre a matéria.
Manuel Beja considera que tanto os portugueses como qualquer outra comunidade imigrante serão afectados, lembrando que milhares de jovens nascidos na Suíça continuam a ter dificuldades no acesso à educação e ao mercado de trabalho, pelo simples facto de não possuírem um passaporte. «A preferência é sempre dada a quem tem passaporte suíço».
A consulta realizou-se por pressão do Partido Popular Suíço que desenvolveu uma intensa campanha racista e xenófoba, apresentando na sua propaganda um imagem de mão pretas e castanhas-escuras a tentar agarrar um passaporte suíço. Esta formação política é ainda acusada de ser responsável por um folheto, distribuído na passada semana pelas caixas do correio, onde se afirmava que, caso a lei fosse alterada, 72 por cento da população seriam muçulmanos em 2040.
Uma maioria de 52 por cento chumbou uma primeira proposta que conferia o direito de cidadania automática aos estrangeiros de terceira geração nascidos na Suíça, enquanto 57 por cento votaram contra o segundo projecto que facilitava a naturalização de imigrantes da segunda geração.
Na parte germanófona, o «não» recolheu cerca de dois terços dos votos, enquanto na Suíça francófona o «sim» venceu claramente.
O coordenador da secção da Suíça do Conselho das Comunidades Portuguesas, Manuel Beja, manifestou-se «profundamente chocado» com o resultado do referendo, tanto mais que foi a terceira vez, em 20 anos, que os suíços foram consultados sobre a matéria.
Manuel Beja considera que tanto os portugueses como qualquer outra comunidade imigrante serão afectados, lembrando que milhares de jovens nascidos na Suíça continuam a ter dificuldades no acesso à educação e ao mercado de trabalho, pelo simples facto de não possuírem um passaporte. «A preferência é sempre dada a quem tem passaporte suíço».