Unidade? Mas qual? Como?
Põe-se uma pessoa a pensar no que se passa neste país e logo vem à cabeça esta questão: mas como é possível esta política continuar?
O governo PSD/PP e o seu projecto de liquidação do que resta dos direitos e garantias conquistados no processo de construção do regime democrático, coloca na ordem do dia a questão da unidade, para uma larga frente que se lhe oponha.
Mas que unidade? De que forças? Com que base social? Com que objectivos? Unidade de esquerda? Unidade democrática?
No plano social existe potencialmente uma base para uma alternativa democrática de esquerda. E quando se abordam estas questões surge naturalmente esta pergunta: porquê não se criou ainda uma unidade de esquerda? Por questões ideológicas?
Diferenças ideológicas existem obviamente. Mas o problema fundamental resulta da prática política praticada. Vemos surgirem concepções e práticas políticas que reclamando-se como «esquerda moderna», se traduzem em actuações de direita e generalidades verbais que não permitem distingui-la de uma direita bem pensante, capaz de debitar discursos sobre liberdade, democracia, cultura, ecologia, etc, mas cobrindo objectivos, interesses e práticas de direita.
A grande questão ideológica que se levanta hoje é quanto à caracterização da esquerda. A indefinição da distinção entre esquerda e direita pode descaracterizar a esquerda e desarmá-la, ocultando ao mesmo tempo o que é histórica e politicamente a direita, com a sua secular luta contra a democracia e as suas expressões sociais. E políticas de unidade que não clarifiquem estas questões só podem levar ao descrédito da esquerda perante as massas populares e, portanto, dar triunfos à direita.
O que está hoje em causa é a defesa do regime democrático, com os avanços, direitos e garantias constitucionalmente conquistados e assegurados.
Uma estratégia eficaz de luta contra a política de direita pode concretizar-se, essencialmente, mobilizando e dando expressão política à grande frente social de luta que abrange já as mais vastas camadas da população portuguesa.
É tendo em conta e respeitando este quadro social e político que se pode desenvolver uma política de unidade: de esquerda e democrática. É nessa base que se pode iniciar uma política de confluências, acordos e alianças num processo capaz de dar corpo à criação de uma frente política correspondendo à frente social de luta existente.
Concluindo, poderíamos dizer, como cantava o Zeca Afonso: «Vejam bem / que não há só gaivotas em terra / quando um homem se põe a pensar»…
O governo PSD/PP e o seu projecto de liquidação do que resta dos direitos e garantias conquistados no processo de construção do regime democrático, coloca na ordem do dia a questão da unidade, para uma larga frente que se lhe oponha.
Mas que unidade? De que forças? Com que base social? Com que objectivos? Unidade de esquerda? Unidade democrática?
No plano social existe potencialmente uma base para uma alternativa democrática de esquerda. E quando se abordam estas questões surge naturalmente esta pergunta: porquê não se criou ainda uma unidade de esquerda? Por questões ideológicas?
Diferenças ideológicas existem obviamente. Mas o problema fundamental resulta da prática política praticada. Vemos surgirem concepções e práticas políticas que reclamando-se como «esquerda moderna», se traduzem em actuações de direita e generalidades verbais que não permitem distingui-la de uma direita bem pensante, capaz de debitar discursos sobre liberdade, democracia, cultura, ecologia, etc, mas cobrindo objectivos, interesses e práticas de direita.
A grande questão ideológica que se levanta hoje é quanto à caracterização da esquerda. A indefinição da distinção entre esquerda e direita pode descaracterizar a esquerda e desarmá-la, ocultando ao mesmo tempo o que é histórica e politicamente a direita, com a sua secular luta contra a democracia e as suas expressões sociais. E políticas de unidade que não clarifiquem estas questões só podem levar ao descrédito da esquerda perante as massas populares e, portanto, dar triunfos à direita.
O que está hoje em causa é a defesa do regime democrático, com os avanços, direitos e garantias constitucionalmente conquistados e assegurados.
Uma estratégia eficaz de luta contra a política de direita pode concretizar-se, essencialmente, mobilizando e dando expressão política à grande frente social de luta que abrange já as mais vastas camadas da população portuguesa.
É tendo em conta e respeitando este quadro social e político que se pode desenvolver uma política de unidade: de esquerda e democrática. É nessa base que se pode iniciar uma política de confluências, acordos e alianças num processo capaz de dar corpo à criação de uma frente política correspondendo à frente social de luta existente.
Concluindo, poderíamos dizer, como cantava o Zeca Afonso: «Vejam bem / que não há só gaivotas em terra / quando um homem se põe a pensar»…