Crimes sem perdão
A guerra do Iraque e o Médio Oriente continuam no centro da actualidade e a ser uma parte muito considerável da massa noticiosa todos os dias veiculada pelos meios de comunicação social. Nem todas as notícias são, porém, sinónimo de informação. Daí a importância acrescida de debates como o que se travou, no Fórum, sábado à noite, com a participação de Albano Nunes, Rui Namorado Rosa, Ilda Figueiredo e Miguel Madeira, que se saldou por um importante contributo no sentido de não perder o fio à meada, tentar compreender a raiz da situação naquela área do planeta e qual o papel e intervenção que nela tem o imperialismo.
E a primeira ideia a reter, identificando o seu traço principal, é que a situação no Médio Oriente é extraordinariamente grave, estando-se ali a cometer crimes dos mais horrorosos (vejam-se os bombardeamentos dos EUA sobre bairros e populações indefesas) e a concretizar, como faz Israel de Sharon, uma política de terrorismo de Estado.
Sobre as razões para esta brutal repressão – e esta foi uma segunda questão apurada no debate – todos os factos mostram que os pretextos invocados pelo imperialismo e pelo sionismo assentam numa montanha de mentiras. «Não se trata de direitos humanos, nem de combate ao terrorismo, nem do problema da democracia», sublinhou Albano Nunes, esclarecendo que são outros os objectivos que «fazem correr» os EUA e que resultam da própria natureza do capitalismo e da situação criada com a derrota do socialismo no Leste europeu: apoderarem-se de regiões estratégicas, rapinar recursos energéticos como o petróleo do Cáucaso ou do Iraque, impedir que profundas contradições do capitalismo desemboquem em explosões sociais, favorecer as forças mais obscurantistas por forma a tentar travar o alargamento da influência dos comunistas e de outras forças progressistas.
Embora esteja na ofensiva e seja «brutal e perigoso», como foi caracterizado, o imperialismo não tem o caminho livre para atingir os seus objectivos. A verdade é que há motivos para pensar que é possível fazer-lhe frente e contrariar os seus desígnios. Lembrados, a propósito, como testemunhos recentes, vindos de todas as latitudes, foram Cuba e a Venezuela, as lutas na Alemanha ou no Bangladesh, a heróica luta do povo palestiniano, a acção dos comunistas gregos que impediu a ida de Colin Powel ao seu país, a própria Festa do Avante! e a intervenção do PCP.
Exemplos, todos eles, a sublinhar como questão primordial - e esta foi talvez a principal mensagem que passou no debate - que, com a luta e a resistência, é possível uma outra sociedade e um outro mundo.
JC
E a primeira ideia a reter, identificando o seu traço principal, é que a situação no Médio Oriente é extraordinariamente grave, estando-se ali a cometer crimes dos mais horrorosos (vejam-se os bombardeamentos dos EUA sobre bairros e populações indefesas) e a concretizar, como faz Israel de Sharon, uma política de terrorismo de Estado.
Sobre as razões para esta brutal repressão – e esta foi uma segunda questão apurada no debate – todos os factos mostram que os pretextos invocados pelo imperialismo e pelo sionismo assentam numa montanha de mentiras. «Não se trata de direitos humanos, nem de combate ao terrorismo, nem do problema da democracia», sublinhou Albano Nunes, esclarecendo que são outros os objectivos que «fazem correr» os EUA e que resultam da própria natureza do capitalismo e da situação criada com a derrota do socialismo no Leste europeu: apoderarem-se de regiões estratégicas, rapinar recursos energéticos como o petróleo do Cáucaso ou do Iraque, impedir que profundas contradições do capitalismo desemboquem em explosões sociais, favorecer as forças mais obscurantistas por forma a tentar travar o alargamento da influência dos comunistas e de outras forças progressistas.
Embora esteja na ofensiva e seja «brutal e perigoso», como foi caracterizado, o imperialismo não tem o caminho livre para atingir os seus objectivos. A verdade é que há motivos para pensar que é possível fazer-lhe frente e contrariar os seus desígnios. Lembrados, a propósito, como testemunhos recentes, vindos de todas as latitudes, foram Cuba e a Venezuela, as lutas na Alemanha ou no Bangladesh, a heróica luta do povo palestiniano, a acção dos comunistas gregos que impediu a ida de Colin Powel ao seu país, a própria Festa do Avante! e a intervenção do PCP.
Exemplos, todos eles, a sublinhar como questão primordial - e esta foi talvez a principal mensagem que passou no debate - que, com a luta e a resistência, é possível uma outra sociedade e um outro mundo.
JC