A rapinagem do imperialismo

As regiões onde ocorrem os maiores conflitos a nível mundial são exactamente aquelas onde existem os principais recursos do planeta. Esta não é uma coincidência mas sim a tradução de uma realidade, já estudada por Marx e Lenine, que mantém toda a actualidade: é a própria natureza e essência do capitalismo que o leva a desencadear guerras de rapina.
Vários foram os exemplos trazidos à colação no decurso do debate onde este tema foi discutido, tendo como intervenientes Anabela Fino (Chefe de Redacção Ajunto do Avante!), Florival Lança (responsável pelas relações internacionais da CGTP-IN) e Jorge Cadima (colaborador da Secção Internacional do PCP). Demonstrado foi, nomeadamente, como a derrocada do sistema socialista, longe de ter aberto uma fase de paz, como ilusoriamente alguns admitiram, acentuou a agressividade do imperialismo e a sua ofensiva global, multiplicando as ameaças à paz e à soberania dos povos.
«Antes havia o chamado "equilíbrio do terror"; depois, com a queda do bloco socialista, perdeu-se o equilíbrio e ficou o terror, que se tem vindo a acentuar de forma preocupante», foi sublinhado pela nossa camarada de redacção, que, a propósito, mostrando as consequências directas da cobiça do imperialismo e da sua política de saque, lembrou a situação no Sudão, em S. Tomé e Príncipe ou nas repúblicas do Cáucaso.
Os perigos reais para a humanidade que resultam da acção do imperialismo foram igualmente postos em evidência, tendo, nomeadamente, sido denunciados os três vectores que os EUA assumem como estratégicos e que comandam a sua política externa, a saber: o poderem intervir em qualquer parte do Mundo; o controlo das fontes energéticas e respectivas rotas; o uso da capacidade militar para impedir o surgimento de qualquer potência que possa ultrapassá-los.

JC


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