Vale a pena!
Até dia 13 e depois de dia 13, com coerência e persistência os comunistas vão continuar a luta
Faltam dez dias para as eleições europeias!
Os comunistas não encaram os processos eleitorais como meras disputas político-partidárias em que os resultados justificam tudo. Os resultados são importantes, mas para nós são-no porque poderão dar maior expressão à luta que travamos no dia a dia, porque o voto na CDU é a única forma de fazer chegar a luta das ruas e das fábricas até às urnas de voto dando assim maior expressão à necessidade de correr com este governo e esta política o mais depressa possível.
Esta é uma luta dura, travada em difíceis condições, sem os milhões de que outros dispõem e sem o apoio dos grupos económicos que detêm a comunicação social no nosso país. Uma luta também por uma Europa de direitos sociais e igualdade, de solidariedade e desenvolvimento sustentado; uma Europa que respeite, dinamize e aprofunde a democracia, logo de cooperação entre estados soberanos e iguais; uma Europa aberta ao mundo e de paz.
Posto isto perguntarão alguns aquilo que um jornalista me perguntou numa acção da CDU no concelho de Mação: “Acha que uma Europa diferente, uma Europa social e dos povos é mesmo possível?”. É uma pergunta sensata, se olharmos o mundo e a nossa Europa quase que nos sentimos esmagados com o poder e arrogância do sistema que domina, o capitalismo. Por isso repetimos vezes sem conta que esta não é uma luta fácil, é uma “corrida de fundo”, são tempos de resistência. Mas como disse a esse jornalista digo-o também aqui. Quantos, dos que durante 48 anos combateram o fascismo, pensavam um ano antes do 25 de Abril ser possível, passado um ano, respirar a liberdade e viver a mais bonita e enriquecedora experiência de tomar nas suas mãos a construção do Portugal de Abril?
Quantos, dos timorenses que durante mais de duas décadas lutaram corajosamente pela independência de Timor, pensariam, em Maio de 2000, que seria possível passado dois anos iniciar a reconstrução do seu Timor Leste, livre e independente e comemorar quatro anos volvidos, como o fizeram no passado dia 20 de Maio, dois anos de independência?
No passado dia 10 de Maio os comunistas indianos alcançaram uma vitória histórica nas Eleições para o Parlamento Indiano. Os 61 lugares alcançados pela coligação que dirigem, a Left Front, são a maior representação de sempre dos comunistas desde a independência da Índia em 1947 e hoje, no segundo país mais populoso do mundo, o governo do Partido do Congresso, teve que ter em conta a opinião dos comunistas para redigir um programa mínimo de Governo e o porta-voz do parlamento indiano é um comunista. Quando uma delegação do nosso partido se deslocou em Janeiro deste ano à Índia, a opinião que nos chegava pela boca dos mais altos dirigentes do PCI (M) e PCI era de que o objectivo de afastar do governo o Partido de extrema direita, nacionalista hindu, o BJP, era difícil de alcançar, muito difícil, e que a repressão a que estavam sujeitos os movimentos de massas indianos, poderosos e influenciados pelos comunistas, que prosseguiam grandes lutas contra o governo, era enorme. O objectivo central era então apenas derrotar o BJP. Possivelmente também nessa altura os camaradas indianos não estavam certos que os seus partidos iriam alcançar tamanha vitória e assim colocar-se em posição de poder influenciar directamente a política do seu país.
Este último exemplo não o disse ao interessante e correcto jornalista de Mação, por falta de tempo. Ainda poderia ter dado outros mas não tinha tempo e aqui não tenho o espaço. O tempo e espaço que tive, lá e aqui, é para tentar demonstrar que a história do nosso mundo, nomeadamente a actual, nos ensina que lutar vale mesmo a pena! E é com esta certeza que até dia 13 e depois de dia 13 os comunistas não se vão render, tal como a paz justa e verdadeira, no Iraque e na Palestina, não se está a render. Até dia 13 e depois de dia 13, com coerência e persistência os comunistas vão continuar a luta por uma outra Europa, que é possível! E para isso mais deputados do PCP e da CDU no Parlamento Europeu contam mesmo!
Os comunistas não encaram os processos eleitorais como meras disputas político-partidárias em que os resultados justificam tudo. Os resultados são importantes, mas para nós são-no porque poderão dar maior expressão à luta que travamos no dia a dia, porque o voto na CDU é a única forma de fazer chegar a luta das ruas e das fábricas até às urnas de voto dando assim maior expressão à necessidade de correr com este governo e esta política o mais depressa possível.
Esta é uma luta dura, travada em difíceis condições, sem os milhões de que outros dispõem e sem o apoio dos grupos económicos que detêm a comunicação social no nosso país. Uma luta também por uma Europa de direitos sociais e igualdade, de solidariedade e desenvolvimento sustentado; uma Europa que respeite, dinamize e aprofunde a democracia, logo de cooperação entre estados soberanos e iguais; uma Europa aberta ao mundo e de paz.
Posto isto perguntarão alguns aquilo que um jornalista me perguntou numa acção da CDU no concelho de Mação: “Acha que uma Europa diferente, uma Europa social e dos povos é mesmo possível?”. É uma pergunta sensata, se olharmos o mundo e a nossa Europa quase que nos sentimos esmagados com o poder e arrogância do sistema que domina, o capitalismo. Por isso repetimos vezes sem conta que esta não é uma luta fácil, é uma “corrida de fundo”, são tempos de resistência. Mas como disse a esse jornalista digo-o também aqui. Quantos, dos que durante 48 anos combateram o fascismo, pensavam um ano antes do 25 de Abril ser possível, passado um ano, respirar a liberdade e viver a mais bonita e enriquecedora experiência de tomar nas suas mãos a construção do Portugal de Abril?
Quantos, dos timorenses que durante mais de duas décadas lutaram corajosamente pela independência de Timor, pensariam, em Maio de 2000, que seria possível passado dois anos iniciar a reconstrução do seu Timor Leste, livre e independente e comemorar quatro anos volvidos, como o fizeram no passado dia 20 de Maio, dois anos de independência?
No passado dia 10 de Maio os comunistas indianos alcançaram uma vitória histórica nas Eleições para o Parlamento Indiano. Os 61 lugares alcançados pela coligação que dirigem, a Left Front, são a maior representação de sempre dos comunistas desde a independência da Índia em 1947 e hoje, no segundo país mais populoso do mundo, o governo do Partido do Congresso, teve que ter em conta a opinião dos comunistas para redigir um programa mínimo de Governo e o porta-voz do parlamento indiano é um comunista. Quando uma delegação do nosso partido se deslocou em Janeiro deste ano à Índia, a opinião que nos chegava pela boca dos mais altos dirigentes do PCI (M) e PCI era de que o objectivo de afastar do governo o Partido de extrema direita, nacionalista hindu, o BJP, era difícil de alcançar, muito difícil, e que a repressão a que estavam sujeitos os movimentos de massas indianos, poderosos e influenciados pelos comunistas, que prosseguiam grandes lutas contra o governo, era enorme. O objectivo central era então apenas derrotar o BJP. Possivelmente também nessa altura os camaradas indianos não estavam certos que os seus partidos iriam alcançar tamanha vitória e assim colocar-se em posição de poder influenciar directamente a política do seu país.
Este último exemplo não o disse ao interessante e correcto jornalista de Mação, por falta de tempo. Ainda poderia ter dado outros mas não tinha tempo e aqui não tenho o espaço. O tempo e espaço que tive, lá e aqui, é para tentar demonstrar que a história do nosso mundo, nomeadamente a actual, nos ensina que lutar vale mesmo a pena! E é com esta certeza que até dia 13 e depois de dia 13 os comunistas não se vão render, tal como a paz justa e verdadeira, no Iraque e na Palestina, não se está a render. Até dia 13 e depois de dia 13, com coerência e persistência os comunistas vão continuar a luta por uma outra Europa, que é possível! E para isso mais deputados do PCP e da CDU no Parlamento Europeu contam mesmo!