Semana de greve na CM Amadora
Contra a intenção do presidente da Câmara Municipal da Amadora de criar uma empresa municipal de capitais mistos, que ficaria com a higiene urbana e os jardins, os trabalhadores da recolha de resíduos sólidos terminam amanhã uma greve de cinco dias.
A luta, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, incluiu ainda uma greve de solidariedade, em toda a autarquia, e uma paralisação de dos dias na segunda-feira. Como revelou a direcção regional de Lisboa do STAL, a paralisação começou com uma adesão total.
O PCP, num comunicado da Comissão Concelhia, considerou que «os objectivos desta luta são justos, pois, como bem demonstraram os trabalhadores, com a plena rentabilização dos equipamentos hoje existentes na autarquia, uma gestão mais responsável dos serviços, a melhoria das condições de trabalho no sector e a indispensável admissão de mais trabalhadores, a população terá seguramente um serviço melhor e com mais garantias, e os trabalhadores verão os seus direitos mais defendidos».
Na nota divulgada dia 21, os comunistas referem que, «na sequência do processo de luta, a CM Amadora aprovou, na passada quarta-feira, por unanimidade, um esclarecimento sobre esta situação, esclarecimento que os trabalhadores, ontem reunidos em plenário, consideraram insuficiente». Para a concelhia do Partido, é indispensável uma clarificação do presidente no sentido de abandonar a intenção de criar a empresa municipal.
A constituição da uma empresa com capitais privados para gerir os jardins e a recolha do lixo é encarada como o primeiro passo para a privatização. Ao contestar esta opção, o STAL acusa o executivo autárquico de «má gestão deliberada», uma vez que mantém sem utilização equipamentos novos que custaram milhões de euros. «Dezenas de modernas viaturas de recolha de lixo, de lavagem de ruas e de varredura ficam paradas durante semanas e meses a fio, nos estaleiros da Funcheira» e até «as baterias são substituídas sem nunca terem funcionado», denunciou o sindicato.
O STAL chamou igualmente a atenção para a escassez de pessoal, as «condições de trabalho vergonhosas» e os circuitos de recolha mal dimensionados.
A convocação da greve suscitou manobras de coacção sobre trabalhadores. Como o sindicato denunciou, as pressões vieram da parte do vereador da Higiene Urbana, José Evangelista, do encarregado dos motoristas, do chefe de divisão das Zonas Verdes, e contaram «ao que parece, com o apoio do presidente da Câmara». Iniciada a paralisação, «as atitudes de violação da lei da greve têm sido uma constante».
O próprio Ministério do Trabalho tomou a iniciativa de convocar representantes do STAL e da CMA para uma reunião, na sexta-feira, que teria o propósito de «negociar um acordo de fixação dos serviços mínimos». O sindicato fez-se representar, contestou a legitimidade do procedimento e recusou negociar qualquer alteração ao pré-aviso de greve, que contém propostas de serviços mínimos não contestadas no prazo legal pela autarquia.
A luta, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, incluiu ainda uma greve de solidariedade, em toda a autarquia, e uma paralisação de dos dias na segunda-feira. Como revelou a direcção regional de Lisboa do STAL, a paralisação começou com uma adesão total.
O PCP, num comunicado da Comissão Concelhia, considerou que «os objectivos desta luta são justos, pois, como bem demonstraram os trabalhadores, com a plena rentabilização dos equipamentos hoje existentes na autarquia, uma gestão mais responsável dos serviços, a melhoria das condições de trabalho no sector e a indispensável admissão de mais trabalhadores, a população terá seguramente um serviço melhor e com mais garantias, e os trabalhadores verão os seus direitos mais defendidos».
Na nota divulgada dia 21, os comunistas referem que, «na sequência do processo de luta, a CM Amadora aprovou, na passada quarta-feira, por unanimidade, um esclarecimento sobre esta situação, esclarecimento que os trabalhadores, ontem reunidos em plenário, consideraram insuficiente». Para a concelhia do Partido, é indispensável uma clarificação do presidente no sentido de abandonar a intenção de criar a empresa municipal.
A constituição da uma empresa com capitais privados para gerir os jardins e a recolha do lixo é encarada como o primeiro passo para a privatização. Ao contestar esta opção, o STAL acusa o executivo autárquico de «má gestão deliberada», uma vez que mantém sem utilização equipamentos novos que custaram milhões de euros. «Dezenas de modernas viaturas de recolha de lixo, de lavagem de ruas e de varredura ficam paradas durante semanas e meses a fio, nos estaleiros da Funcheira» e até «as baterias são substituídas sem nunca terem funcionado», denunciou o sindicato.
O STAL chamou igualmente a atenção para a escassez de pessoal, as «condições de trabalho vergonhosas» e os circuitos de recolha mal dimensionados.
A convocação da greve suscitou manobras de coacção sobre trabalhadores. Como o sindicato denunciou, as pressões vieram da parte do vereador da Higiene Urbana, José Evangelista, do encarregado dos motoristas, do chefe de divisão das Zonas Verdes, e contaram «ao que parece, com o apoio do presidente da Câmara». Iniciada a paralisação, «as atitudes de violação da lei da greve têm sido uma constante».
O próprio Ministério do Trabalho tomou a iniciativa de convocar representantes do STAL e da CMA para uma reunião, na sexta-feira, que teria o propósito de «negociar um acordo de fixação dos serviços mínimos». O sindicato fez-se representar, contestou a legitimidade do procedimento e recusou negociar qualquer alteração ao pré-aviso de greve, que contém propostas de serviços mínimos não contestadas no prazo legal pela autarquia.