Ocupação vai continuar
A resolução aprovada no Conselho de Segurança da ONU prevê a transferência de poder em Junho mas, na prática, legitima a ocupação militar do Iraque.
Bombardeamento a uma festa de casamento matou 45 iraquianos
Bush e Blair fizeram aprovar, segunda-feira, uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que prevê a transferência de poder para uma «autoridade governativa» iraquiana a 30 de Junho mas, simultaneamente, contempla a presença de tropas estrangeiras no país através de uma «força multinacional» liderada pelos norte-americanos. À ONU cabe o papel de preparar as eleições, até Janeiro de 2005, e ajudar na elaboração da constituição do país.
Mas nem a formalização da ocupação, nem o discurso de Bush, na noite do mesmo dia, apagam as consequências da invasão do Iraque que, diariamente, se avolumam e se contabilizam já em cerca de 6000 iraquianos mortos desde 1 de Maio de 2003.
Em Bagdad, Najaf ou Kufa os combates entre invasores e resistência perpetuam o cenário de guerra e aumentam o número de vítimas causadas pelos ataques norte-americanos.
Só na quarta-feira da semana passada, um bombardeamento americano a uma festa de casamento, numa localidade a 16 quilómetros da Síria, matou 45 iraquianos, entre os quais 15 crianças e uma dezena de mulheres.
O ataque foi prontamente condenado pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e pela Organização Árabe dos Direitos Humanos, mas as patentes militares dos EUA declararam tratar-se de um foco de «guerrilheiros» que dispararam sobre unidades no terreno.
A afirmação foi desmentida pelas imagens de um vídeo amador recolhido por um dos participantes na boda, o qual terá também falecido. As imagens, divulgadas domingo no noticiário televisivo da Associated Press, mostram a celebração de um casamento que, segundo testemunhos presenciais, nem sequer teve a tradicional salva de tiros para que os convives não fossem alvo de um bombardeamento.
Paralelamente, o Washington Post e a estação de televisão Al-Arabiya, divulgaram mais imagens e fotos de tortura e sevícias na prisão de Abu Ghraib.
A libertação, sexta-feira da semana passada, de 454 prisioneiros do cárcere não conteve as denúncias de maus tratos infligidos por militares americanos a presos iraquianos.
As fotos e os testemunhos recolhidos indicam que a tortura não só era motivo de «divertimento» dos soldados, como era uma prática conhecida e estimulada por altas patentes militares e dos serviços secretos.
O britânico The Business noticiou, domingo, que Donald Rumsfeld proibiu o uso de telemóveis equipados com câmaras fotográficas em instalações militares americanas, mas nem esta medida consegue conter os evidentes factos que provam o desprezo pela vida humana da parte da administração norte-americana.
Mas nem a formalização da ocupação, nem o discurso de Bush, na noite do mesmo dia, apagam as consequências da invasão do Iraque que, diariamente, se avolumam e se contabilizam já em cerca de 6000 iraquianos mortos desde 1 de Maio de 2003.
Em Bagdad, Najaf ou Kufa os combates entre invasores e resistência perpetuam o cenário de guerra e aumentam o número de vítimas causadas pelos ataques norte-americanos.
Só na quarta-feira da semana passada, um bombardeamento americano a uma festa de casamento, numa localidade a 16 quilómetros da Síria, matou 45 iraquianos, entre os quais 15 crianças e uma dezena de mulheres.
O ataque foi prontamente condenado pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e pela Organização Árabe dos Direitos Humanos, mas as patentes militares dos EUA declararam tratar-se de um foco de «guerrilheiros» que dispararam sobre unidades no terreno.
A afirmação foi desmentida pelas imagens de um vídeo amador recolhido por um dos participantes na boda, o qual terá também falecido. As imagens, divulgadas domingo no noticiário televisivo da Associated Press, mostram a celebração de um casamento que, segundo testemunhos presenciais, nem sequer teve a tradicional salva de tiros para que os convives não fossem alvo de um bombardeamento.
Paralelamente, o Washington Post e a estação de televisão Al-Arabiya, divulgaram mais imagens e fotos de tortura e sevícias na prisão de Abu Ghraib.
A libertação, sexta-feira da semana passada, de 454 prisioneiros do cárcere não conteve as denúncias de maus tratos infligidos por militares americanos a presos iraquianos.
As fotos e os testemunhos recolhidos indicam que a tortura não só era motivo de «divertimento» dos soldados, como era uma prática conhecida e estimulada por altas patentes militares e dos serviços secretos.
O britânico The Business noticiou, domingo, que Donald Rumsfeld proibiu o uso de telemóveis equipados com câmaras fotográficas em instalações militares americanas, mas nem esta medida consegue conter os evidentes factos que provam o desprezo pela vida humana da parte da administração norte-americana.