«A juventude paga uma elevada parcela da política de direita», afirmou Carlos Carvalhas no encerramento da ENES e da CNES. O secretário-geral comunista lembrou os problemas na educação e os milhares de jovens no desemprego, nomeadamente licenciados. «O Governo apresenta como únicas perspectivas para os jovens o desemprego e a emigração», acusou.
Carlos Carvalhas sublinhou a importância de mostrar «um cartão vermelho ao Governo» nas eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para 13 de Junho, o que só se concretizará com um bom resultado da CDU. «Para isso é preciso unir esforços em torno de uma política de defesa do aparelho produtivo nacional, dos postos de trabalho e contra as reformas no ensino e na segurança social. Temos de levar ao Parlamento Odete Santos, em terceiro lugar na lista», declarou.
«Este é um Governo de mentiras. Todos têm de fazer sacrifícios, menos os banqueiros. Precisamos de uma política que responda aos problemas com que o País se defronta, nomeadamente os da juventude», afirmou.
Carvalhas referiu ainda que Colin Powell, secretário de Estado norte-americano, assumiu que não havia provas da existência de armas de destruição maciça no Iraque e que «tinha sido enganado». «Durão Barroso nem isso ainda disse. É uma vergonha que o primeiro-ministro tenha mentido à Assembleia da República e ao País», considerou o líder do PCP, defendendo a saída da GNR do Iraque.
«Ariel Sharon diz agora que Yasser Arafat é um alvo a abater por Israel. Isto é um crime premeditado. Viram as condenações da comunidade internacional? É inaceitável que o Governo não diga nada. É importante continuar a apoiar a auto-determinação da Palestina e aqueles que lutam em Israel contra a tendência de Sharon», concluiu.