«Fogo amigo» matou jornalistas árabes

O exército norte-americano assumiu na segunda-feira, em Bagdad, a responsabilidade pela morte, a 18 de Março, de dois jornalistas iraquianos do canal de televisão Al-Arabiya.
O repórter Ali al-Khatib, de 32 anos, e o operador de câmara, Ali Abdel Aziz, de 35 anos, foram mortos quando faziam a cobertura de um ataque com foguetes anti-tanque contra o hotel Borj al-Hayat, em Bagdad.
Em comunicado divulgado à imprensa, as forças dos EUA dizem os dois jornalistas morreram acidentalmente quando soldados norte-americanos abriram fogo contra uma viatura que se encontrava na sua frente e que forçou uma barreira, embatendo contra um jipe. O texto admite que a viatura dos jornalistas «tenha sido atingida involuntariamente por quatro ou seis balas que visavam um Volvo».
Por explicar continua a morte de outro jornalista iraquiano, o operador de câmara Burhan Mohamed Mazhour, que trabalhava como fre­e­lance para a estação de televisão norte-americana ABC. O jornalista foi morto a 26 de Março, em Fallujah, atingido com um tiro na cabeça quando acompanhava marines norte-americanos que faziam buscas casa-a-casa. A cadeia de televisão pediu um inquérito ao ocorrido, já que de acordo com a agência France Press as tropas dos EUA abriram fogo na direcção dos jornalistas que seguiam a operação.


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