O documento, promovido pela associação Balflora - Secretariado dos Baldios do Distrito de Viseu -, reuniu nos últimos três meses mais de cinco mil assinaturas, um milhar a mais das que precisava para que o assunto fosse discutido em plenário.
Ontem, uma delegação de cerca de 60 agricultores e produtores de gado entregaram a petição ao presidente da Assembleia da República e transmitiram-lhe o que consideram ser a grave situação criada com o encerramento do matadouro, em Junho passado, por este não cumprir as exigências comunitárias.
«A entrega desta petição tem como objectivo obrigar os deputados, com maior responsabilidade para os que foram eleitos pelo distrito de Viseu, a discutir em plenário da Assembleia da República aquele assento, pois um mínimo de quatro mil peticionários sobre determinado assunto assim o obriga», afirmam em comunicado, distribuído aos órgão de comunicação social.
No mesmo dia, quarta-feira, foi enviada uma cópia do documento reivindicativo a todos os grupos parlamentares, Comissão Parlamentar da Agricultura, Ministério da Agricultura e Presidência da República,
«Há criadores de gado a ficar em situação de desespero, porque os custos para abater os animais são muito elevados e não são comportáveis por uma agricultura que está em crise», afirmou, em conferência de imprensa realizada no início do ano, Manuel Rodrigues, dirigente da Balflora, frisando que «ir com o gado para os Matadouros de Aveiro ou Oliveira do Hospital (os mais próximos) fica demasiado caro».