Uma exigência que ganha amplitude

Mudar de política e de governo

A necessidade de uma mudança de política e de Governo entrou definitivamente na ordem do dia. Só assim, na perspectiva do PCP, será possível colocar o País num rumo de progresso e justiça social.
Esta posição foi assumida pela bancada comunista, pela voz do deputado Bruno Dias, na interpelação ao Governo desencadeada pelo PS a propósito do incumprimento das promessas de Durão Barroso, dois anos passados sobre as eleições legislativas.
Às violentas críticas dos partidos da oposição, que marcaram a ordem do dia da sessão plenária realizada faz hoje uma semana, o Primeiro-Ministro respondeu com um comprometido silêncio, escudando-se, para o efeito, no Ministro dos Assuntos Parlamentares, Marques Mendes, que acabou por fazer todas as despesas do debate.
Um facto que levou o deputado do PS António Costa, no encerramento do debate, a tecer elogios «à missão de sacrifício» do governante ao longo da discussão. «Hoje, o ministro dos Assuntos Parlamentares não podia ter feito melhor, porque o que estava em causa era a credibilidade do primeiro-ministro - e essa não é susceptível de delegação», concluiu o líder da bancada socialista.
O deputado comunista Bruno Dias, indo ao fundo da questão, considerou que na base dos problemas com que o País se confronta estão as opções políticas tomadas por este Governo e pelos que o antecederam, tal como está o modelo económico adoptado e os interesses que esta política visa servir.
Por isso, sublinhou, tão importante é o combate às políticas que atacam o emprego com direitos, que conduzem às privatizações nos sectores bases da economia, à degradação e à entrega dos serviços públicos aos grupos económicos e ao capital financeiro.
Enunciadas por Bruno Dias foram ainda as linhas gerais de uma política alternativa, que, exemplificou, terá de passar pela promoção do emprego e do investimento produtivo, pela defesa de um rumo diferente para a União Europeia, pela valorização dos direitos da população, dos trabalhadores, dos jovens e dos mais idosos, pela assunção do sector público e do serviço público como factores de «progresso social e de combate às desigualdades».


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