Tirem as mãos da Venezuela!
Vale tudo na guerra não declarada que os EUA movem ao governo
Enquanto os EUA realizavam a sua enésima intervenção no Haiti, sequestrando e deportando o seu presidente, sob o pretexto farisaico de «evitar um banho de sangue», na Venezuela uma oposição minoritária mas poderosa, apoiada e instrumentalizada por Washington, fazia estalar uma onda de violência premeditada. Os elementos disponíveis indiciam que a desestabilização do Haiti pelos seus carrascos – os mesmos que agora se apresentam no papel neocolonial de missionários civilizadores –, ultrapassa a realidade deste país submetido à pobreza extrema. O desembarque de tropas estrangeiras iniciado pelos EUA – que já serviu para a França amortizar um pouco a sua «dívida» relativa ao malfazejo dossier iraquiano –, encaixa-se no puzzle da agenda agressiva de Bush para a América Latina, onde os principais inimigos estão identificados: Cuba, a Venezuela e as FARC.
Na agitação da Venezuela, país incontornável para Washington, cuja economia «depende» da importação do petróleo venezuelano, em causa está, formalmente, a realização dum referendo revogatório contra o presidente eleito Chávez. Esta é a «exigência» incondicional dos sectores afectos à oligarquia que durante décadas foi dona e senhora do país, afundando-o na corrupção e relegando cerca de 80 por cento da sua população à miséria, apesar de – tudo indica – não terem reunido a quantidade necessária de assinaturas válidas, optando pelo recurso massivo à fraude. Na prática, os acontecimentos dos últimos dias são mais um episódio da sanha golpista anti-Chávez, depois dos fracassos do golpe de Estado de 2002 e do lock-out que atingiu particularmente o vital sector petrolífero. É a «quinta coluna de Miami» em acção, funcionando como aríete da conspiração imperialista contra a revolução bolivariana na Venezuela. A oposição, que aos olhos do mundo assume a postura pungente de vítima e goza dos favores manipuladores dos media dominantes, «esquece-se» que o referendo revogatório obedece aos trâmites da Constituição bolivariana, uma das mais progressistas do mundo; Lei fundamental para si abominável, que não hesitou em eliminar durante as escassas 47 horas de 2002, em que usurpou o poder. Vale tudo na guerra não declarada que os EUA movem ao governo bolivariano, que denuncia as ingerências permanentes da Casa Branca, os casos de financiamento de organizações políticas e ONG´s opositoras, e, inclusive, a instrução pela CIA de agentes policiais de municípios dirigidos pela Coordenadora Democrática, que participam em acções de violência e subversão nas ruas. Os EUA acolheram ainda militares venezuelanos em fuga da justiça, acusados da responsabilidade em diversos actos terroristas ocorridos em 2003, incluindo atentados à bomba contra embaixadas, o que por si é mais um elemento comprovativo que é no sistema do poder imperialista dos EUA que se encontra o principal fautor do terrorismo internacional.
Apesar do papel subversivo da super-potência imperialista, da «solidariedade de classe» da OEA e da UE, 2003 fica assinalado por um reforço notável da união cívico-militar, o instrumento de defesa do processo revolucionário venezuelano, pela aplicação de vastos programas sociais que favoreceram significativas camadas da população historicamente marginalizadas, e a recuperação da economia. Formou-se o Comando Ayacucho que integra os partidos, entre os quais o PCV, círculos bolivarianos e movimentos que apoiam o processo. A revolução venezuelana e a figura do seu presidente adquiriram prestígio internacional, não só na América Latina. Juntamente com Cuba, o país de Bolívar é hoje o principal esteio de resistência à ALCA. A Venezuela é hoje uma referência para os povos que lutam pela soberania e progresso, contra o neoliberalismo. O desafio ao império e aos dogmas do pensamento único, suprema heresia, colocam-na nos limites do possível. Por isso sobre si está suspensa a espada de Dâmocles da contra-ofensiva imperialista, do plano Colômbia-Andino. A solidariedade com a revolução bolivariana é urgente e imperiosa.
Na agitação da Venezuela, país incontornável para Washington, cuja economia «depende» da importação do petróleo venezuelano, em causa está, formalmente, a realização dum referendo revogatório contra o presidente eleito Chávez. Esta é a «exigência» incondicional dos sectores afectos à oligarquia que durante décadas foi dona e senhora do país, afundando-o na corrupção e relegando cerca de 80 por cento da sua população à miséria, apesar de – tudo indica – não terem reunido a quantidade necessária de assinaturas válidas, optando pelo recurso massivo à fraude. Na prática, os acontecimentos dos últimos dias são mais um episódio da sanha golpista anti-Chávez, depois dos fracassos do golpe de Estado de 2002 e do lock-out que atingiu particularmente o vital sector petrolífero. É a «quinta coluna de Miami» em acção, funcionando como aríete da conspiração imperialista contra a revolução bolivariana na Venezuela. A oposição, que aos olhos do mundo assume a postura pungente de vítima e goza dos favores manipuladores dos media dominantes, «esquece-se» que o referendo revogatório obedece aos trâmites da Constituição bolivariana, uma das mais progressistas do mundo; Lei fundamental para si abominável, que não hesitou em eliminar durante as escassas 47 horas de 2002, em que usurpou o poder. Vale tudo na guerra não declarada que os EUA movem ao governo bolivariano, que denuncia as ingerências permanentes da Casa Branca, os casos de financiamento de organizações políticas e ONG´s opositoras, e, inclusive, a instrução pela CIA de agentes policiais de municípios dirigidos pela Coordenadora Democrática, que participam em acções de violência e subversão nas ruas. Os EUA acolheram ainda militares venezuelanos em fuga da justiça, acusados da responsabilidade em diversos actos terroristas ocorridos em 2003, incluindo atentados à bomba contra embaixadas, o que por si é mais um elemento comprovativo que é no sistema do poder imperialista dos EUA que se encontra o principal fautor do terrorismo internacional.
Apesar do papel subversivo da super-potência imperialista, da «solidariedade de classe» da OEA e da UE, 2003 fica assinalado por um reforço notável da união cívico-militar, o instrumento de defesa do processo revolucionário venezuelano, pela aplicação de vastos programas sociais que favoreceram significativas camadas da população historicamente marginalizadas, e a recuperação da economia. Formou-se o Comando Ayacucho que integra os partidos, entre os quais o PCV, círculos bolivarianos e movimentos que apoiam o processo. A revolução venezuelana e a figura do seu presidente adquiriram prestígio internacional, não só na América Latina. Juntamente com Cuba, o país de Bolívar é hoje o principal esteio de resistência à ALCA. A Venezuela é hoje uma referência para os povos que lutam pela soberania e progresso, contra o neoliberalismo. O desafio ao império e aos dogmas do pensamento único, suprema heresia, colocam-na nos limites do possível. Por isso sobre si está suspensa a espada de Dâmocles da contra-ofensiva imperialista, do plano Colômbia-Andino. A solidariedade com a revolução bolivariana é urgente e imperiosa.