CDU regressa a Lisboa
O regresso da CDU a Lisboa dá-se num momento em que a cidade está a voltar atrás com a acção autárquica da maioria de direita. E o PS a ajudar.
Actualmente, a coligação com o PS só existe nas freguesias
A CDU está de volta a Lisboa. Esta decisão foi anunciada pelas direcções locais dos dois partidos que constituem a coligação – o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista «Os Verdes» –, no passado dia 26, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião entre os dois partidos.
O PCP esteve representado por Carlos Chaparro, responsável pela organização da cidade, e Martinho Baptista, eleito na Assembleia Municipal e líder da bancada comunista. Pelo PEV, estiveram José Luís Ferreira e João Martins, ambos da direcção nacional e membros da Assembleia Municipal de Lisboa.
Carlos Chaparro anunciou que no dia 7 de Abril será apresentada a Comissão Coordenadora da CDU de Lisboa. É a partir dela que serão constituídos grupos de trabalho «que começarão desde já a trabalhar no programa eleitoral da CDU com destino às eleições autárquicas de 2005», bem como na estruturação de um processo sistemático de análise dos problemas da cidade. Para os comunistas e os ecologistas, estas medidas são justificadas pelo actual quadro político de Lisboa, «sendo certo que a coligação anteriormente existente, que inclui o PS, só se manifesta a nível das freguesias, nas quais vai funcionando de forma relativamente satisfatória».
Para comunistas e Verdes, a cidade perdeu dois anos. Desde que a direita dirige a câmara municipal que se agravam os problemas da cidade, alguns dos quais vinham já sendo resolvidos pela anterior maioria. É de salientar ainda que, para os dois partidos, «novos perigos e novas ameaças pairam sobre a capital».
Agressões contra a cidade
As agressões contra Monsanto são umas destas ameaças. «Monsanto é um exemplo de má gestão, ameaçado como está de loteamento e destruição significativa, com o corte excessivamente rápido de árvores e com as clareiras exageradas abertas na mata», denunciam os dois partidos. PCP e PEV alertam ainda para a ameaça de instalação no parque da Feira Popular de Lisboa, do Centro Hípico e, mais recentemente, do Estoril Open. Estas medidas não passam de «acções desgarradas e sem nexo aparente, mas perigosas e significativas da falta de uma estratégia de desenvolvimento sustentado, substituído por meras acções de “marketing”, propaganda e fogacho».
Os comunistas e os ecologistas consideram lamentável a destruição do Parque da Belavista, em Marvila, para criar um «parque de diversões em torno do “Rock in Rio” de Lisboa». O Parque, «que estava novinho em folha, foi todo escavacado», afirmaram os dois partidos, que consideram que o festival podia ter outro espaço e até contribuir para requalificar outra zona da cidade.
Mas há mais. Os partidos que integram a CDU discordam também das medidas – e do método – incluídas na Revisão Simplificada do Plano Director Municipal de Lisboa. Algumas destas medidas foram mesmo inviabilizadas pela Direcção-Geral do Ordenamento do Território. À decisão do departamento governamental, o presidente da câmara, Santana Lopes, reagiu de forma violenta, a mostrar, segundo os partidos que integram a CDU, que «convive mal com a lei e com o facto de ver contrariados os seus intentos». Para José Luís Ferreira, do PEV, as propostas da direita só passaram porque o PS o permitiu.
Outra das questões levantadas pelo PCP e pelo PEV foi a proposta de construção de torres junto ao rio. Para os dois partidos, a autarquia tenta esconder esse «crime» urbanístico e paisagístico atrás de nomes sonantes da arquitectura mundial. Como afirmou Carlos Chaparro, a CDU não é contra a construção em altura noutras zonas da cidade, mas sim à beira-rio, descaracterizando a linha da paisagem urbana de Lisboa.
O PCP esteve representado por Carlos Chaparro, responsável pela organização da cidade, e Martinho Baptista, eleito na Assembleia Municipal e líder da bancada comunista. Pelo PEV, estiveram José Luís Ferreira e João Martins, ambos da direcção nacional e membros da Assembleia Municipal de Lisboa.
Carlos Chaparro anunciou que no dia 7 de Abril será apresentada a Comissão Coordenadora da CDU de Lisboa. É a partir dela que serão constituídos grupos de trabalho «que começarão desde já a trabalhar no programa eleitoral da CDU com destino às eleições autárquicas de 2005», bem como na estruturação de um processo sistemático de análise dos problemas da cidade. Para os comunistas e os ecologistas, estas medidas são justificadas pelo actual quadro político de Lisboa, «sendo certo que a coligação anteriormente existente, que inclui o PS, só se manifesta a nível das freguesias, nas quais vai funcionando de forma relativamente satisfatória».
Para comunistas e Verdes, a cidade perdeu dois anos. Desde que a direita dirige a câmara municipal que se agravam os problemas da cidade, alguns dos quais vinham já sendo resolvidos pela anterior maioria. É de salientar ainda que, para os dois partidos, «novos perigos e novas ameaças pairam sobre a capital».
Agressões contra a cidade
As agressões contra Monsanto são umas destas ameaças. «Monsanto é um exemplo de má gestão, ameaçado como está de loteamento e destruição significativa, com o corte excessivamente rápido de árvores e com as clareiras exageradas abertas na mata», denunciam os dois partidos. PCP e PEV alertam ainda para a ameaça de instalação no parque da Feira Popular de Lisboa, do Centro Hípico e, mais recentemente, do Estoril Open. Estas medidas não passam de «acções desgarradas e sem nexo aparente, mas perigosas e significativas da falta de uma estratégia de desenvolvimento sustentado, substituído por meras acções de “marketing”, propaganda e fogacho».
Os comunistas e os ecologistas consideram lamentável a destruição do Parque da Belavista, em Marvila, para criar um «parque de diversões em torno do “Rock in Rio” de Lisboa». O Parque, «que estava novinho em folha, foi todo escavacado», afirmaram os dois partidos, que consideram que o festival podia ter outro espaço e até contribuir para requalificar outra zona da cidade.
Mas há mais. Os partidos que integram a CDU discordam também das medidas – e do método – incluídas na Revisão Simplificada do Plano Director Municipal de Lisboa. Algumas destas medidas foram mesmo inviabilizadas pela Direcção-Geral do Ordenamento do Território. À decisão do departamento governamental, o presidente da câmara, Santana Lopes, reagiu de forma violenta, a mostrar, segundo os partidos que integram a CDU, que «convive mal com a lei e com o facto de ver contrariados os seus intentos». Para José Luís Ferreira, do PEV, as propostas da direita só passaram porque o PS o permitiu.
Outra das questões levantadas pelo PCP e pelo PEV foi a proposta de construção de torres junto ao rio. Para os dois partidos, a autarquia tenta esconder esse «crime» urbanístico e paisagístico atrás de nomes sonantes da arquitectura mundial. Como afirmou Carlos Chaparro, a CDU não é contra a construção em altura noutras zonas da cidade, mas sim à beira-rio, descaracterizando a linha da paisagem urbana de Lisboa.