Iminente greve ao lixo

Em Sintra, os trabalhadores consideram que a estratégia adoptada pela autarquia vai conduzir a Empresa Municipal de Higiene Pública (HPEM) ao desmembramento e à destruição de duzentos postos de trabalho.
Contra a reestruturação do sector de limpeza e resíduos sólidos, reuniram em plenário no dia 13 e aprovaram, por unanimidade, uma resolução onde afirmam «total disponibilidade» para a luta, incluindo o recurso à greve. Segundo um comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, o município pretende entregar serviços à Tratólixo - uma empresa intermunicipal responsável pelo tratamento de resíduos sólidos urbanos nos concelhos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra -, criar uma nova empresa de recolha de resíduos e alargar a actividade da SUMA a mais áreas do Concelho.
Para os trabalhadores, nada justifica a criação de mais uma empresa que vai duplicar os cargos administrativos, provocar despesas desnecessárias e gerar instabilidade laboral. Em alternativa, propõem a melhoria das condições de trabalho na HPEM e uma boa gestão de recursos humanos que denuncie a actual má gestão com a subcontratação de serviços à SUMA, Hipodec e Ecoambiente na recolha, varredura e utilização de viaturas. O plenário salientou que deve ser equacionada a possibilidade do regresso do sector à gestão directa da Câmara.


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