Acordo no Chipre
As negociações com vista à reunificação da ilha de Chipre deverão reiniciar-se hoje, quinta-feira, 19, com vista à realização de dois referendos antes de 1 de Maio próximo.
O projecto da ONU prevê um estatuto federal para Chipre
Dirigentes cipriotas-gregos e cipriotas-turcos aceitaram na passada sexta-feira, 13, a proposta do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, de prosseguir, em Nicósia, as negociações visando a reunificação de Chipre.
Os pontos que não puderem ser regulamentados até 22 de Março serão submetidos a novas negociações, que se prolongarão até 29 de Março, nas quais participarão os representantes da Grécia e da Turquia.
Segundo afirmou o próprio Annan, competir-lhe-á, «em último recurso e na eventualidade de um bloqueio persistente», a finalização dos textos que serão submetidos a referendo.
O projecto do secretário-geral da ONU prevê a organização simultânea de um duplo referendo, nas duas partes da ilha, em 21 de Abril, sobre a criação de um estatuto federal para o Chipre, semelhante ao da conferência helvética.
A Comissão Europeia qualificou este acordo como um «feito histórico» que «fornece uma perspectiva autêntica de ver a ilha de Chipre reunificada pronta para aderir à União Europeia».
Caso contrário, apenas a República de Chipre (sul) entraria na UE, a 1 de Maio, juntamente com nove outros países, criando-se uma situação inédita de um candidato à UE, a Turquia, manter-se como potência ocupante de parte do território de um Estado-membro.
A ilha está dividida desde a invasão do norte pelo exército turco em 1974, em resposta a um golpe de Estado de ultra-nacionalistas cipriotas gregos que, apoiados pela junta militar no poder em Atenas, pretendiam anexar a ilha à Grécia.
Os pontos que não puderem ser regulamentados até 22 de Março serão submetidos a novas negociações, que se prolongarão até 29 de Março, nas quais participarão os representantes da Grécia e da Turquia.
Segundo afirmou o próprio Annan, competir-lhe-á, «em último recurso e na eventualidade de um bloqueio persistente», a finalização dos textos que serão submetidos a referendo.
O projecto do secretário-geral da ONU prevê a organização simultânea de um duplo referendo, nas duas partes da ilha, em 21 de Abril, sobre a criação de um estatuto federal para o Chipre, semelhante ao da conferência helvética.
A Comissão Europeia qualificou este acordo como um «feito histórico» que «fornece uma perspectiva autêntica de ver a ilha de Chipre reunificada pronta para aderir à União Europeia».
Caso contrário, apenas a República de Chipre (sul) entraria na UE, a 1 de Maio, juntamente com nove outros países, criando-se uma situação inédita de um candidato à UE, a Turquia, manter-se como potência ocupante de parte do território de um Estado-membro.
A ilha está dividida desde a invasão do norte pelo exército turco em 1974, em resposta a um golpe de Estado de ultra-nacionalistas cipriotas gregos que, apoiados pela junta militar no poder em Atenas, pretendiam anexar a ilha à Grécia.